A Secretaria Municipal da Cultura de Fortaleza (Secultfor) realiza, em parceria com o Instituto Cultural Iracema (ICI), a terceira mesa do Seminário “Ainda é moderno? O transbordamento do ontem nas artes contemporâneas”, parte da programação do 73º Salão de Abril. A mesa ocorre em formato on-line e gratuito através dos canais de YouTube da Secultfor, Instituto Iracema e da Vila das Artes nesta quarta-feira (05/10), às 19h.
A temática "O instante do olhar como tempo de compreender: evocando presenças no ensino das artes", será ministrada por Ana Raylander Mártis, artista e pesquisadora, que possui atuação em projetos no campo das artes visuais no Brasil e no exterior; e Juliana dos Santos, artista visual, pesquisadora em arte/educação e rupturas dos paradigmas hegemônicos com foco na descolonização das práticas educativas. O momento terá mediação de um dos curadores do 73º Salão, Rafael Domingos Oliveira, e terá o intuito de refletir sobre desafios no ensino das artes em diferentes contextos educativos no Brasil contemporâneo, chamando a atenção para artistas e linguagens que não couberam na visão mítica da Semana de Arte Moderna.
Serviço
Seminário 73º Salão de Abril
Mesa – O instante do olhar como tempo de compreender: evocando presenças no ensino das artes
Data: 05/10 (quarta-feira)
Hora: 19h
Mediação: Rafael Domingos Oliveira - curador da 73a edição do Salão de Abril. Historiador e educador. Doutorando em História Social pela Universidade de São Paulo, é membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas da Afro-América e coordenador do Núcleo de Acervo e Pesquisa do Theatro Municipal de São Paulo. Foi professor da educação formal, educador popular e arte-educador em instituições culturais, coordenou o Núcleo de Educação do Museu Afro Brasil.
Palestrantes
Ana Raylander Mártis - Em sua prática, procura estabelecer um diálogo entre a história coletiva e a sua própria história, o que tem chamado de prática em coralidade, envolvendo grupos de pessoas para colaborações e experiências de aquilombamento. Com formação em palhaçaria, bacharelado em Artes Visuais pela Universidade Federal de Minas Gerais (Brasil) e Arte e Multimédia pela Escola Superior Gallaecia (Portugal), entende sua atuação como um fazer interdisciplinar e transversal. Vem recorrendo com frequência aos saberes da educação, escrita, performance e brincadeira como forma de compor um maquinário verbal, corporal e ético para discutir suas urgências em projetos de longa duração. Foi contemplada com uma residência de pesquisa no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (2021), de arte contemporânea na Adelina Instituto (2019) e com o Prêmio de Residência EDP nas Artes, do Instituto Tomie Ohtake (2018). Realizou o projeto Coral de Choros, no Programa de Exposições do CCSP (2018) e o projeto tão perto, tão longe, pela Apexart de Nova York (2021). Participou de mostras coletivas na Oficina Cultural Oswald de Andrade, Galeria Aura, Centro Cultural UFMG, XIX Bienal Internacional de Cerveira e Novas Poéticas. Realizou mostras individuais no Brasil e Espanha. Em 2020 fez o primeiro levantamento de artistas transmasculinos e não-binários nas artes visuais, reunindo 90 nomes. Vem atuando também com acompanhamento de projetos e cursos de formação, como o Lab Cultural, no BDMG Cultural (2020) e o Curso de História da Arte, na Pinacoteca do Estado de São Paulo (2020).
Juliana dos Santos - Artista visual, mestre em arte/educação e doutoranda em Artes pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista UNESP. Vem realizando exposições coletivas com trabalhos em instalação, vídeo, pintura, performance, fotografia e multimídia. Tem investigado a cor Azul da flor Clitória Ternátea como possibilidade da cor como experiência sensível no processo de expansão dos sentidos. Sua pesquisa se dá na intersecção entre arte, história e educação, com interesse pela maneira como artistas negrxs se engajaram em práticas para lidar com os limites da representação. Como artista residente, ministrou aulas no departamento de Pintura Contextual na Academia de Belas Artes de Viena, Áustria (2018). Artista selecionada no 31° Programa de Exposição do Centro Cultural São Paulo (2021) e na Temporada de Projetos do Paço das Artes -São Paulo/SP (2019). Participou da 12 edição da Bienal do Mercosul sob curadoria de Fabiana Lopes e Andrea Giunta. No ano 2021 passou a ter obras integrando o acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo com a exposição “Enciclopédia Negra”, do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo - SP e do Centro Cultural São Paulo.