08 de March de 2024 em Saúde

Mulheres na gestão da Saúde: protagonismo feminino é destaque na Rede Municipal em Fortaleza

Protagonistas em todas as áreas, 70% dos cargos de gestão da Secretaria Municipal da Saúde são ocupados por mulheres


Luciana Passos posa para a foto
“Me especializar em medicina de família dentro de uma Unidade de Atenção Primária me fez compreender que o paciente está inserido dentro de um território que traz as particularidades do que ele vivencia", conta Luciana Passos (Fotos: Daniel Calvet)

No Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta sexta-feira (08/03), a Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza (SMS) destaca o protagonismo feminino que fortalece o Sistema Único de Saúde (SUS). Cerca de 70% dos cargos de gestão na pasta são ocupados por mulheres, o que evidencia a determinação e capacidade de liderança de médicas, enfermeiras, dentistas, entre várias outras trabalhadoras que cuidam da saúde de fortalezenses em postos de saúde, CAPS, hospitais e na própria sede da secretaria, nos setores administrativos.

“O SUS tem a força das mulheres na assistência, no cuidado integral da pessoa e na própria gestão”, conta Carmem Cemires, secretária adjunta da Saúde de Fortaleza. Formada em enfermagem, a gestora sempre teve interesse em trabalhar na área de gestão e planejamento, buscando contribuir com o cuidado da população.

Profissional da área há 23 anos, ela reconhece o trabalho de várias profissionais que fazem a saúde da cidade. “Como enfermeira, é inspirador ver a determinação e o comprometimento das mulheres que lideram nossas equipes. Elas são verdadeiras agentes de transformação, e estão comprometidas em oferecer cuidados de excelência e promover a equidade de gênero em todas as áreas da saúde", destaca.

Gestão feminina na Atenção Primária à Saúde

Carmen posa para a foto
“O SUS tem a força das mulheres na assistência, no cuidado integral da pessoa e na própria gestão”, conta Carmem Cemires, secretária adjunta da Saúde

Luciana Passos é médica e coordenadora da Rede de Atenção Primária e Psicossocial da SMS, sendo responsável por gerir e desenvolver políticas públicas que englobam os postos de saúde, CAPS e policlínicas. Antes de chegar ao seu atual cargo, Luciana trabalhou durante 15 anos em postos de saúde, atendendo diretamente a população. Para ela, passar por essas vivências foi essencial para sua atual função.

“Me especializar em medicina de família dentro de uma Unidade de Atenção Primária me fez compreender que o paciente está inserido dentro de um território que traz as particularidades do que ele vivencia. Nas minhas tomadas de decisões hoje, eu relembro da minha vivência e penso em como elas irão impactar no atendimento do usuário e nos profissionais que estão na ponta”, conta.

No período em que atuava nos postos, Luciana era responsável, assim como outros médicos de família, pela assistência à comunidade do território, juntamente com a equipe multiprofissional. No Brasil, falar de assistência à família também é falar sobre mulheres, que representam 48% das chefes de família no país, de acordo com dados do IBGE.

Além de serem responsáveis pela administração financeira dos lares, as mulheres, majoritariamente, são também as que mais se preocupam com a saúde da família. Nos postos, elas recebem acompanhamento ginecológico, oferta de métodos contraceptivos, acompanhamento do pré-natal, entre tantos outros serviços para elas e suas famílias.

Saiba mais sobre os serviços ofertados na Rede Municipal da Saúde para mulheres

Passando por várias fases da vida, o posto de saúde é o ambiente de acompanhamento de várias mulheres desde o seu nascimento, com a vacinação de crianças e adolescentes, até o momento em que decidem gerar uma nova vida, quando são encaminhadas para uma maternidade.

Maternidades: gestão e assistência

Quando se pensa em uma maternidade, o ambiente é majoritariamente feminino: mães, enfermeiras, doulas, assistentes, médicas, trabalhando de maneira coletiva num ciclo de apoio e cuidado. Em Fortaleza, quem gerencia estes locais tão marcantes para as mães também é uma mulher.

Luziete Santos é enfermeira e mãe de dois filhos. Depois de atuar por 13 anos na atenção básica, ela ocupa, desde 2013, cargos de gestão na atenção secundária. Atualmente, ela é coordenadora da Rede de Atenção Pré-Hospitalar e Hospitalar, gerindo todos os hospitais e maternidades da rede, além do SAMU. Ela conta que a maternidade trouxe uma visão mais empática para o seu trabalho, uma característica essencial de quem lida com a geração de novas vidas.

“Ser mulher e mãe me permite vivenciar com mais ênfase os sentimentos da maternidade, me torna mais empática com as necessidades que fazem parte dos cuidados prestados à mulher em todas as dimensões”, afirma Luziete. Para ela, estar cercada de tantas outras mulheres gestoras também é inspirador para o seu próprio trabalho, além de uma vitória justa.

“O reconhecimento de nós, mulheres, como líderes dentro de uma gestão com histórico de gerenciamento majoritariamente masculino, comprova uma mudança de atitude e, principalmente, um reconhecimento diante da nossa capacidade de gerir os serviços de saúde na esfera pública”, complementa.

Mulheres na gestão da Saúde: protagonismo feminino é destaque na Rede Municipal em Fortaleza

Protagonistas em todas as áreas, 70% dos cargos de gestão da Secretaria Municipal da Saúde são ocupados por mulheres

Luciana Passos posa para a foto
“Me especializar em medicina de família dentro de uma Unidade de Atenção Primária me fez compreender que o paciente está inserido dentro de um território que traz as particularidades do que ele vivencia", conta Luciana Passos (Fotos: Daniel Calvet)

No Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta sexta-feira (08/03), a Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza (SMS) destaca o protagonismo feminino que fortalece o Sistema Único de Saúde (SUS). Cerca de 70% dos cargos de gestão na pasta são ocupados por mulheres, o que evidencia a determinação e capacidade de liderança de médicas, enfermeiras, dentistas, entre várias outras trabalhadoras que cuidam da saúde de fortalezenses em postos de saúde, CAPS, hospitais e na própria sede da secretaria, nos setores administrativos.

“O SUS tem a força das mulheres na assistência, no cuidado integral da pessoa e na própria gestão”, conta Carmem Cemires, secretária adjunta da Saúde de Fortaleza. Formada em enfermagem, a gestora sempre teve interesse em trabalhar na área de gestão e planejamento, buscando contribuir com o cuidado da população.

Profissional da área há 23 anos, ela reconhece o trabalho de várias profissionais que fazem a saúde da cidade. “Como enfermeira, é inspirador ver a determinação e o comprometimento das mulheres que lideram nossas equipes. Elas são verdadeiras agentes de transformação, e estão comprometidas em oferecer cuidados de excelência e promover a equidade de gênero em todas as áreas da saúde", destaca.

Gestão feminina na Atenção Primária à Saúde

Carmen posa para a foto
“O SUS tem a força das mulheres na assistência, no cuidado integral da pessoa e na própria gestão”, conta Carmem Cemires, secretária adjunta da Saúde

Luciana Passos é médica e coordenadora da Rede de Atenção Primária e Psicossocial da SMS, sendo responsável por gerir e desenvolver políticas públicas que englobam os postos de saúde, CAPS e policlínicas. Antes de chegar ao seu atual cargo, Luciana trabalhou durante 15 anos em postos de saúde, atendendo diretamente a população. Para ela, passar por essas vivências foi essencial para sua atual função.

“Me especializar em medicina de família dentro de uma Unidade de Atenção Primária me fez compreender que o paciente está inserido dentro de um território que traz as particularidades do que ele vivencia. Nas minhas tomadas de decisões hoje, eu relembro da minha vivência e penso em como elas irão impactar no atendimento do usuário e nos profissionais que estão na ponta”, conta.

No período em que atuava nos postos, Luciana era responsável, assim como outros médicos de família, pela assistência à comunidade do território, juntamente com a equipe multiprofissional. No Brasil, falar de assistência à família também é falar sobre mulheres, que representam 48% das chefes de família no país, de acordo com dados do IBGE.

Além de serem responsáveis pela administração financeira dos lares, as mulheres, majoritariamente, são também as que mais se preocupam com a saúde da família. Nos postos, elas recebem acompanhamento ginecológico, oferta de métodos contraceptivos, acompanhamento do pré-natal, entre tantos outros serviços para elas e suas famílias.

Saiba mais sobre os serviços ofertados na Rede Municipal da Saúde para mulheres

Passando por várias fases da vida, o posto de saúde é o ambiente de acompanhamento de várias mulheres desde o seu nascimento, com a vacinação de crianças e adolescentes, até o momento em que decidem gerar uma nova vida, quando são encaminhadas para uma maternidade.

Maternidades: gestão e assistência

Quando se pensa em uma maternidade, o ambiente é majoritariamente feminino: mães, enfermeiras, doulas, assistentes, médicas, trabalhando de maneira coletiva num ciclo de apoio e cuidado. Em Fortaleza, quem gerencia estes locais tão marcantes para as mães também é uma mulher.

Luziete Santos é enfermeira e mãe de dois filhos. Depois de atuar por 13 anos na atenção básica, ela ocupa, desde 2013, cargos de gestão na atenção secundária. Atualmente, ela é coordenadora da Rede de Atenção Pré-Hospitalar e Hospitalar, gerindo todos os hospitais e maternidades da rede, além do SAMU. Ela conta que a maternidade trouxe uma visão mais empática para o seu trabalho, uma característica essencial de quem lida com a geração de novas vidas.

“Ser mulher e mãe me permite vivenciar com mais ênfase os sentimentos da maternidade, me torna mais empática com as necessidades que fazem parte dos cuidados prestados à mulher em todas as dimensões”, afirma Luziete. Para ela, estar cercada de tantas outras mulheres gestoras também é inspirador para o seu próprio trabalho, além de uma vitória justa.

“O reconhecimento de nós, mulheres, como líderes dentro de uma gestão com histórico de gerenciamento majoritariamente masculino, comprova uma mudança de atitude e, principalmente, um reconhecimento diante da nossa capacidade de gerir os serviços de saúde na esfera pública”, complementa.