07 de March de 2023 em Saúde

Prefeitura de Fortaleza recebe visita de organização internacional de combate à hanseníase

A organização irá conhecer o trabalho de diagnóstico da hanseníase em Fortaleza


Nesta quarta-feira (08/03), o Posto Osmar Viana, no bairro Jangurussu, recebe a visita de pesquisadores de diferentes países ligados à Netherlands Hanseniases Relief (NHR – Brasil) e NLR Internacional, que irão conhecer o trabalho de diagnóstico e tratamento de hanseníase na Rede Municipal de Saúde de Fortaleza.

Durante a ocasião, além de apresentar o desenvolvimento das atividades do Programa PEP++, realizadas pela NHR em parceria com a Prefeitura de Fortaleza, também serão visitadas pessoas acometidas pela doença e seus contatos (pessoas que convivem/conviveram com alguém diagnóstico pela hanseníase).

A unidade Osmar Viana foi escolhida pelos critérios epidemiológicos. Em 2022, o bairro Jangurussu foi o terceiro com o maior número de casos de hanseníase em Fortaleza, com 11 pessoas confirmadas com a doença.

A ação integra o Workshop Zero Transmissão, promovido pela NHR Brasil e liderado pela NLR Internacional, reunindo pesquisadores do Brasil, Índia, Indonésia, Moçambique, Nepal e Holanda para discutir estratégias voltadas à interrupção da transmissão da bactéria em países endêmicos que integram a Aliança NLR.

Programa PEP++

O Programa PEP++ é uma pesquisa multicêntrica que acontece no Brasil, Índia Indonésia, Nepal e Bangladesh, países que concentram mais de 80% dos casos de hanseníase no mundo.
O estudo traz uma profilaxia pós-exposição para aqueles que convivem/convieram com pessoas diagnosticadas com hanseníase entre 2015 a 2022, apoiando na vigilância ativa de casos e contatos.

Atualmente, no Brasil, é utilizada apenas a imunoprofilaxia, que é uma segunda dose da vacina BCG. Em alguns países, se utiliza a rifampcina de dose única. O estudo, portanto, traz um regime de profilaxia aprimorado, com rifampcina e claritromicina em três doses.

Hanseníase

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa que atinge a pele e os nervos, podendo causar deformidades físicas. A partir do contágio, o aparecimento dos sinais e sintomas pode demorar, chegando a variar de dois até mais de 10 anos. O tratamento da doença deve ser iniciado imediatamente após a confirmação do diagnóstico. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores serão as chances de evitar qualquer deformação.

“A hanseníase é uma doença negligenciada. O Brasil ser o segundo país com maior número de casos no mundo e o primeiro das américas é um problema de saúde muito sério, que merece nossa atenção”, explica Juliana Ramos, médica dermatologista referência no tratamento de hanseníase na Rede Municipal.

A transmissão ocorre de uma pessoa para outra por meio próximo e prolongado, através de tosse e espirro. Uma pessoa que está infectada, mas não está recebendo o tratamento, é a principal fonte de contaminação. Assim que o tratamento é iniciado, ela deixa de transmitir a doença, não havendo necessidade de afastamento do convívio social.

Em Fortaleza, no ano passado, foram confirmados 281 casos da doença, uma taxa de detecção de 10,4 por 100 mil habitantes. A diminuição da taxa nos últimos nove anos tem sido constante, chegando a 63% se comparada à de 2013. Na Capital, a doença atinge homens, em sua maioria, com uma média de 55% dos diagnosticados. Em 2022, apenas um caso evoluiu para óbito.

Prefeitura de Fortaleza recebe visita de organização internacional de combate à hanseníase

A organização irá conhecer o trabalho de diagnóstico da hanseníase em Fortaleza

Nesta quarta-feira (08/03), o Posto Osmar Viana, no bairro Jangurussu, recebe a visita de pesquisadores de diferentes países ligados à Netherlands Hanseniases Relief (NHR – Brasil) e NLR Internacional, que irão conhecer o trabalho de diagnóstico e tratamento de hanseníase na Rede Municipal de Saúde de Fortaleza.

Durante a ocasião, além de apresentar o desenvolvimento das atividades do Programa PEP++, realizadas pela NHR em parceria com a Prefeitura de Fortaleza, também serão visitadas pessoas acometidas pela doença e seus contatos (pessoas que convivem/conviveram com alguém diagnóstico pela hanseníase).

A unidade Osmar Viana foi escolhida pelos critérios epidemiológicos. Em 2022, o bairro Jangurussu foi o terceiro com o maior número de casos de hanseníase em Fortaleza, com 11 pessoas confirmadas com a doença.

A ação integra o Workshop Zero Transmissão, promovido pela NHR Brasil e liderado pela NLR Internacional, reunindo pesquisadores do Brasil, Índia, Indonésia, Moçambique, Nepal e Holanda para discutir estratégias voltadas à interrupção da transmissão da bactéria em países endêmicos que integram a Aliança NLR.

Programa PEP++

O Programa PEP++ é uma pesquisa multicêntrica que acontece no Brasil, Índia Indonésia, Nepal e Bangladesh, países que concentram mais de 80% dos casos de hanseníase no mundo.
O estudo traz uma profilaxia pós-exposição para aqueles que convivem/convieram com pessoas diagnosticadas com hanseníase entre 2015 a 2022, apoiando na vigilância ativa de casos e contatos.

Atualmente, no Brasil, é utilizada apenas a imunoprofilaxia, que é uma segunda dose da vacina BCG. Em alguns países, se utiliza a rifampcina de dose única. O estudo, portanto, traz um regime de profilaxia aprimorado, com rifampcina e claritromicina em três doses.

Hanseníase

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa que atinge a pele e os nervos, podendo causar deformidades físicas. A partir do contágio, o aparecimento dos sinais e sintomas pode demorar, chegando a variar de dois até mais de 10 anos. O tratamento da doença deve ser iniciado imediatamente após a confirmação do diagnóstico. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores serão as chances de evitar qualquer deformação.

“A hanseníase é uma doença negligenciada. O Brasil ser o segundo país com maior número de casos no mundo e o primeiro das américas é um problema de saúde muito sério, que merece nossa atenção”, explica Juliana Ramos, médica dermatologista referência no tratamento de hanseníase na Rede Municipal.

A transmissão ocorre de uma pessoa para outra por meio próximo e prolongado, através de tosse e espirro. Uma pessoa que está infectada, mas não está recebendo o tratamento, é a principal fonte de contaminação. Assim que o tratamento é iniciado, ela deixa de transmitir a doença, não havendo necessidade de afastamento do convívio social.

Em Fortaleza, no ano passado, foram confirmados 281 casos da doença, uma taxa de detecção de 10,4 por 100 mil habitantes. A diminuição da taxa nos últimos nove anos tem sido constante, chegando a 63% se comparada à de 2013. Na Capital, a doença atinge homens, em sua maioria, com uma média de 55% dos diagnosticados. Em 2022, apenas um caso evoluiu para óbito.