Educar para o trânsito vai além de ensinar regras de circulação para as pessoas. Este tipo de ação deve contribuir para formar cidadãos responsáveis e comprometidos com a preservação da vida. Com esse intuito, foi lançada, nessa quarta-feira (18), a campanha “Dê passagem para a vida”, cujo objetivo principal é disseminar a cultura do respeito ao pedestre, estimulando a travessia segura pela faixa.
 
A Campanha da Prefeitura de Fortaleza é alusiva ao Semana Nacional do Trânsito, que segue com programação até o próximo dia 24. Com o tema geral “Álcool, outras drogas e segurança no trânsito. Efeitos. Responsabilidades e escolhas”, o projeto é desenvolvido por meio da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC).
 
“Nosso intuito é criar condições para o pleno exercício da cidadania, englobando o respeito aos pedestres e deficientes para termos um trânsito mais seguro e inclusivo. Por isso estamos intensificando as ações socioeducativas”, informou o gerente de educação para o trânsito da AMC, Nertan Rocha.
 
Acessibilidade
A programação dessa quarta-feira também contemplou palestra sobre acessibilidade, realizada na Escola de Mobilidade Urbana (EMOB). Durante o encontro, o chefe da Divisão de Acessibilidade, Programas e Projetos da Etufor, Flávio Arruda, lembrou que Fortaleza é a 5ª maior cidade desse País e que, segundo o senso de 2010 do IBGE, a capital cearense possui 26,3% da população com algum tipo de deficiência, o que corresponde a um contingente de 650 mil pessoas.
 
Flávio Arruda, que se locomove por meio de uma cadeira de rodas, lembrou que ainda há um caminho longo a percorrer no sentido de educar melhor os cidadãos da cidade. “E um dos conceitos de acessibilidade é que seja assegurada a capacidade de ir e vir de forma segura e autônoma. O que começa, por exemplo, com o respeito às vagas reservadas nos estacionamentos”, salientou o chefe da Divisão de Acessibilidade, Programas e Projetos da Etufor.
 
Panfletagem educativa
Durante a tarde, ainda houve panfletagem educativa na Rua Solon Pinheiro (Centro) e na Avenida Alberto Craveiro (Castelão). Pedestres que passavam por essas vias receberam folders e apoiaram a iniciativa, como a enfermeira Juliana Campos, que estava acompanhada por sua mãe idosa. “Não adianta ter sinalização se não tem educação. As pessoas mudam muito de postura quando estão dirigindo e quando passam a serem pedestres. Por isso eu acho muito positiva qualquer forma de tentativa de conscientização”, comenta Juliana Campos.

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