08 de January de 2015 em Cultura
Comphic aprova tombamento do Colégio Cearense
Instrução de tombamento foi apresentada em reunião do Comphic desta quinta-feira (8)
O Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Fortaleza (Comphic) aprovou por unanimidade nesta quinta-feira, 8 de janeiro de 2015, a instrução de tombamento da edificação onde funcionou o Colégio Cearense do Sagrado Coração, recentemente adquirida pelo Centro Universitário Estácio/FIC. A instrução de tombamento foi elaborada pela Coordenação de Patrimônio Histórico e Cultural da Secretaria de Cultura de Fortaleza e apresentada aos conselheiros pelo seu coordenador, o arquiteto Jober Pinto.
Estiveram presentes na reunião o presidente do Comphic, o Secretário de Cultura de Fortaleza, Magela Lima, os conselheiros, entre eles a Secretária de Urbanismo e Meio Ambiente do Município, Águeda Muniz, e a reitora do Centro Universitário Estácio/FIC, Ana Flávia Chaves. Em total acordo com o tombamento, Ana Flávia parabenizou os conselheiros pela decisão e ressaltou o compromisso da instituição de ensino com a preservação dos bens materiais e imateriais da cidade.
“Fico muito feliz com o tombamento. Nós temos total interesse em manter a história daquele local e de estimular ao máximo o seu uso cultural para toda a cidade, por isso esperamos em breve reabrir as atividades do teatro, que deverá contar com atividades diversas, como shows musicais de vários estilos e espetáculos”, antecipou Chaves.
“A aprovação da Instrução de Tombamento do Colégio Marista foi um passo muito importante para a proteção definitiva deste complexo arquitetônico, que possui um papel relevante na conformação da memória de Fortaleza. Além de se tratar de um bem de inegável valor para a cidade, esse tombamento merece especial destaque por outros dois aspectos: o primeiro deles pelo fato de que, além de restaurado, o edifício vai manter sua função original, ou seja, continua abrigando uma instituição de ensino o que é muito importante para a preservação dessa memória. Por outro lado, a instrução define como objeto do tombamento o complexo edificado mais antigo, incluindo o edifício vertical de linhas modernistas. Esse fato, além da importância evidente de salvaguardar o registro da evolução arquitetônica do complexo, serve como uma provocação que pode contribuir para impulsar em nossa cidade um debate acerca das formas e critérios de preservação da arquitetura moderna, um tema extremamente atual no âmbito do debate contemporâneo em torno ao patrimônio edificado”, esclarece o coordenador de Patrimônio Histórico e Cultural da Secultfor, Jober Pinto.
Após a aprovação pelo Comphic, a instrução de tombamento segue para a assinatura do Prefeito de Fortaleza, Roberto Claudio.
Obra educativa católica do início do século XX, o “Colégio Marista” foi uma das primeiras instituições de educação assentadas em Fortaleza. Nos fins do século XIX, aproximadamente em 1897, os Irmãos Maristas, religiosos católicos, chegaram ao Brasil e iniciaram sua obra educativa e em 1916, o bispo de Fortaleza, Dom Manoel da Silva Gomes, “consegue os Maristas para o Colégio Cearense”2.
Fundado em 1914 pelos Padres José Quinderé, Climerio Chaves, Misael Gomes e Otávio de Castro, o colégio passa por profundas transformações de ordem e sentidos, a partir das mudanças na ordem política, econômica, social e educacional que estão acontecendo em Fortaleza das décadas de 1920.
Ainda durante os anos 1920, acontece a Semana de Arte Moderna e a fundação da Associação Brasileira de Educação, advertia a emergência de uma nação mais democrática e participativa.
Diante desse cenário, a educação era também uma das mais importantes ferramentas para a constituição da população da época, sobretudo do “novo trabalhador brasileiro”, laborioso e civilizado.
Fieis aos princípios do Padre Marcelino Champagnat em “formar bons cristãos e virtuosos cristãos”, o Colégio Cearense integrava aos princípios da educação que percorria o cenário de Fortaleza a partir da década de 1920.
O Colégio Cearense encerrou suas atividades em 2007, dando lugar apenas à Faculdade Católica do Ceará, hoje também extinta. Em 2013 comemorou o centenário de sua fundação. Em dezembro de 2014, a edificação foi adquirida pelo Grupo Estácio.
Comphic aprova tombamento do Colégio Cearense
Instrução de tombamento foi apresentada em reunião do Comphic desta quinta-feira (8)
O Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Fortaleza (Comphic) aprovou por unanimidade nesta quinta-feira, 8 de janeiro de 2015, a instrução de tombamento da edificação onde funcionou o Colégio Cearense do Sagrado Coração, recentemente adquirida pelo Centro Universitário Estácio/FIC. A instrução de tombamento foi elaborada pela Coordenação de Patrimônio Histórico e Cultural da Secretaria de Cultura de Fortaleza e apresentada aos conselheiros pelo seu coordenador, o arquiteto Jober Pinto.
Estiveram presentes na reunião o presidente do Comphic, o Secretário de Cultura de Fortaleza, Magela Lima, os conselheiros, entre eles a Secretária de Urbanismo e Meio Ambiente do Município, Águeda Muniz, e a reitora do Centro Universitário Estácio/FIC, Ana Flávia Chaves. Em total acordo com o tombamento, Ana Flávia parabenizou os conselheiros pela decisão e ressaltou o compromisso da instituição de ensino com a preservação dos bens materiais e imateriais da cidade.
“Fico muito feliz com o tombamento. Nós temos total interesse em manter a história daquele local e de estimular ao máximo o seu uso cultural para toda a cidade, por isso esperamos em breve reabrir as atividades do teatro, que deverá contar com atividades diversas, como shows musicais de vários estilos e espetáculos”, antecipou Chaves.
“A aprovação da Instrução de Tombamento do Colégio Marista foi um passo muito importante para a proteção definitiva deste complexo arquitetônico, que possui um papel relevante na conformação da memória de Fortaleza. Além de se tratar de um bem de inegável valor para a cidade, esse tombamento merece especial destaque por outros dois aspectos: o primeiro deles pelo fato de que, além de restaurado, o edifício vai manter sua função original, ou seja, continua abrigando uma instituição de ensino o que é muito importante para a preservação dessa memória. Por outro lado, a instrução define como objeto do tombamento o complexo edificado mais antigo, incluindo o edifício vertical de linhas modernistas. Esse fato, além da importância evidente de salvaguardar o registro da evolução arquitetônica do complexo, serve como uma provocação que pode contribuir para impulsar em nossa cidade um debate acerca das formas e critérios de preservação da arquitetura moderna, um tema extremamente atual no âmbito do debate contemporâneo em torno ao patrimônio edificado”, esclarece o coordenador de Patrimônio Histórico e Cultural da Secultfor, Jober Pinto.
Após a aprovação pelo Comphic, a instrução de tombamento segue para a assinatura do Prefeito de Fortaleza, Roberto Claudio.
Obra educativa católica do início do século XX, o “Colégio Marista” foi uma das primeiras instituições de educação assentadas em Fortaleza. Nos fins do século XIX, aproximadamente em 1897, os Irmãos Maristas, religiosos católicos, chegaram ao Brasil e iniciaram sua obra educativa e em 1916, o bispo de Fortaleza, Dom Manoel da Silva Gomes, “consegue os Maristas para o Colégio Cearense”2.
Fundado em 1914 pelos Padres José Quinderé, Climerio Chaves, Misael Gomes e Otávio de Castro, o colégio passa por profundas transformações de ordem e sentidos, a partir das mudanças na ordem política, econômica, social e educacional que estão acontecendo em Fortaleza das décadas de 1920.
Ainda durante os anos 1920, acontece a Semana de Arte Moderna e a fundação da Associação Brasileira de Educação, advertia a emergência de uma nação mais democrática e participativa.
Diante desse cenário, a educação era também uma das mais importantes ferramentas para a constituição da população da época, sobretudo do “novo trabalhador brasileiro”, laborioso e civilizado.
Fieis aos princípios do Padre Marcelino Champagnat em “formar bons cristãos e virtuosos cristãos”, o Colégio Cearense integrava aos princípios da educação que percorria o cenário de Fortaleza a partir da década de 1920.
O Colégio Cearense encerrou suas atividades em 2007, dando lugar apenas à Faculdade Católica do Ceará, hoje também extinta. Em 2013 comemorou o centenário de sua fundação. Em dezembro de 2014, a edificação foi adquirida pelo Grupo Estácio.