27 de May de 2024 em Saúde

Contra paralisia infantil, Fortaleza inicia Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite

Estratégia busca reduzir o risco de reintrodução do poliovírus no Brasil, doença erradicada no País desde 1994


criança recebendo gotinha contra a poliomielite
Cerca de 149 mil crianças de 15 meses (1 ano e 3 meses) a menores de 5 anos estão aptas a receber a dose da Campanha de forma indiscriminada. (Foto: Tainá Cavalcante)

A partir desta segunda-feira (27/05) até o dia 14 de junho, pais e responsáveis têm a oportunidade de reforçar a proteção das crianças com até 4 anos, 11 meses e 29 dias contra a Poliomielite. O período marca a realização da Campanha Nacional de Vacinação contra a doença. Os imunizantes das vacinas oral poliomielite (VOP) e inativada poliomielite (VIP) estarão disponíveis nos 119 postos de saúde da Capital, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 18h30.

Cerca de 75 mil crianças de 15 meses (1 ano e 3 meses) a menores de 5 anos estão aptas a receber a dose da Campanha de forma indiscriminada. Crianças menores de 1 ano que não tenham iniciado ou completado sua vacinação devem aproveitar a campanha para atualizar seu esquema vacinal. Atualmente, 4.223 fazem parte deste grupo.

Por essa razão, o Posto de saúde Célio Brasil Girão estava lotado de pais e filhos com o cartão de vacinação em mãos, na manhã desta segunda-feira (27/05). Erlane de Souza é moradora do bairro Cais do Porto e levou a pequena Maria Ester, de 4 meses, para completar o esquema de vacinação com a 2° dose da vacina contra Poliomielite. “Mesmo que a gente sofra vendo eles chorarem é muito importante e para o bem deles né, eles ficam seguros e a gente tranquila com a saúde deles.”

Já a dona de casa Nayana Maria aproveitou o período de campanha para garantir a imunização extra do filho. Murilo de 1 ano e três meses está exatamente na faixa etária adequada para a 1° dose de reforço (VOP) contra a doença. Nayana trata a cobertura vacinal do filho com muita seriedade e já preencheu todas as vacinas obrigatórias de rotina. Ela afirmou considerar primordial tomar todos os imunizantes necessários e disponíveis para a idade dele e apesar de sofrer com o choro do filho a imunização extra vale o esforço e faz o que está a seu alcance para assegurar a saúde de Murilo.

Sem pólio

Os esforços buscam reduzir o risco de reintrodução da poliomielite no País, oportunizar o acesso às vacinas diminuindo os bolsões de não vacinados e aumentar as coberturas vacinais. No Brasil, o último caso registrado foi em 1989 e a doença foi erradicada desde 1994. Em Fortaleza, o último diagnóstico ocorreu em 1987. No cenário global da doença, existem dois países endêmicos atualmente: Paquistão e Afeganistão.

Nos últimos anos, com as quedas de coberturas vacinais, o retorno da pólio é uma preocupação. “O fato de não haver registro de casos causa a falsa sensação de segurança, mas é justamente quando baixamos a guarda em relação à vacina que a doença pode voltar a circular e acometer principalmente nossas crianças, sendo a única forma de prevenção é a vacina”, afirma a coordenadora de Imunização de Fortaleza, Vanessa Soldatelli.

Cobertura vacinal

A meta de imunização preconizada pelo Ministério da Saúde é de 95% para o público-alvo formado por crianças abaixo de 1 ano de idade. De acordo com dados do Programa Nacional de Imunização (PNI), em 2023, a cobertura vacinal da pólio em Fortaleza foi de 73,20% (menores de 1 ano). Até maio de 2024, a Capital está com 78% de cobertura.

A doença

A poliomielite é uma doença grave caracterizada por um quadro de paralisia flácida causada pelo poliovírus selvagem (PVS) tipo 1, 2 ou 3, que, em geral, acomete os membros inferiores, de forma assimétrica e irreversível. A infecção pode ocorrer via fecal-oral (através do contato direto com as fezes ou com secreções expelidas pela boca das pessoas infectadas) e provocar, ou não, a paralisia.

Esquema vacinal de rotina contra a Poliomielite

Além do período de campanha, quando são aplicadas doses de reforço, a imunização contra a Poliomielite ocorre de forma rotineira, nas unidades de saúde. Conforme esquema abaixo:

1ª dose: aos 2 meses através de vacina injetável (VIP);
2ª dose: aos 4 meses através de vacina injetável ( (VIP);
3ª dose: aos 6 meses através de vacina injetável ( (VIP);
1º reforço: 15 meses (1 ano e 3 meses) por meio da vacina oral (VOP)
2º reforço: menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias), por meio da vacina oral (VOP)

Clique aqui e confira o esquema vacinal para este público

**Além do esquema vacinal descrito acima, doses de reforço são aplicadas durante o período de Campanha

Novas estratégias

A partir do segundo semestre de 2024, por orientação do Ministério da Saúde (MS), haverá a substituição das duas doses de reforço da vacina oral poliomielite (VOP) para um reforço com vacina inativada poliomielite (VIP). O esquema vacinal e a dose de reforço serão feitos exclusivamente com a VIP, visando aumentar a proteção do público-alvo.

Contra paralisia infantil, Fortaleza inicia Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite

Estratégia busca reduzir o risco de reintrodução do poliovírus no Brasil, doença erradicada no País desde 1994

criança recebendo gotinha contra a poliomielite
Cerca de 149 mil crianças de 15 meses (1 ano e 3 meses) a menores de 5 anos estão aptas a receber a dose da Campanha de forma indiscriminada. (Foto: Tainá Cavalcante)

A partir desta segunda-feira (27/05) até o dia 14 de junho, pais e responsáveis têm a oportunidade de reforçar a proteção das crianças com até 4 anos, 11 meses e 29 dias contra a Poliomielite. O período marca a realização da Campanha Nacional de Vacinação contra a doença. Os imunizantes das vacinas oral poliomielite (VOP) e inativada poliomielite (VIP) estarão disponíveis nos 119 postos de saúde da Capital, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 18h30.

Cerca de 75 mil crianças de 15 meses (1 ano e 3 meses) a menores de 5 anos estão aptas a receber a dose da Campanha de forma indiscriminada. Crianças menores de 1 ano que não tenham iniciado ou completado sua vacinação devem aproveitar a campanha para atualizar seu esquema vacinal. Atualmente, 4.223 fazem parte deste grupo.

Por essa razão, o Posto de saúde Célio Brasil Girão estava lotado de pais e filhos com o cartão de vacinação em mãos, na manhã desta segunda-feira (27/05). Erlane de Souza é moradora do bairro Cais do Porto e levou a pequena Maria Ester, de 4 meses, para completar o esquema de vacinação com a 2° dose da vacina contra Poliomielite. “Mesmo que a gente sofra vendo eles chorarem é muito importante e para o bem deles né, eles ficam seguros e a gente tranquila com a saúde deles.”

Já a dona de casa Nayana Maria aproveitou o período de campanha para garantir a imunização extra do filho. Murilo de 1 ano e três meses está exatamente na faixa etária adequada para a 1° dose de reforço (VOP) contra a doença. Nayana trata a cobertura vacinal do filho com muita seriedade e já preencheu todas as vacinas obrigatórias de rotina. Ela afirmou considerar primordial tomar todos os imunizantes necessários e disponíveis para a idade dele e apesar de sofrer com o choro do filho a imunização extra vale o esforço e faz o que está a seu alcance para assegurar a saúde de Murilo.

Sem pólio

Os esforços buscam reduzir o risco de reintrodução da poliomielite no País, oportunizar o acesso às vacinas diminuindo os bolsões de não vacinados e aumentar as coberturas vacinais. No Brasil, o último caso registrado foi em 1989 e a doença foi erradicada desde 1994. Em Fortaleza, o último diagnóstico ocorreu em 1987. No cenário global da doença, existem dois países endêmicos atualmente: Paquistão e Afeganistão.

Nos últimos anos, com as quedas de coberturas vacinais, o retorno da pólio é uma preocupação. “O fato de não haver registro de casos causa a falsa sensação de segurança, mas é justamente quando baixamos a guarda em relação à vacina que a doença pode voltar a circular e acometer principalmente nossas crianças, sendo a única forma de prevenção é a vacina”, afirma a coordenadora de Imunização de Fortaleza, Vanessa Soldatelli.

Cobertura vacinal

A meta de imunização preconizada pelo Ministério da Saúde é de 95% para o público-alvo formado por crianças abaixo de 1 ano de idade. De acordo com dados do Programa Nacional de Imunização (PNI), em 2023, a cobertura vacinal da pólio em Fortaleza foi de 73,20% (menores de 1 ano). Até maio de 2024, a Capital está com 78% de cobertura.

A doença

A poliomielite é uma doença grave caracterizada por um quadro de paralisia flácida causada pelo poliovírus selvagem (PVS) tipo 1, 2 ou 3, que, em geral, acomete os membros inferiores, de forma assimétrica e irreversível. A infecção pode ocorrer via fecal-oral (através do contato direto com as fezes ou com secreções expelidas pela boca das pessoas infectadas) e provocar, ou não, a paralisia.

Esquema vacinal de rotina contra a Poliomielite

Além do período de campanha, quando são aplicadas doses de reforço, a imunização contra a Poliomielite ocorre de forma rotineira, nas unidades de saúde. Conforme esquema abaixo:

1ª dose: aos 2 meses através de vacina injetável (VIP);
2ª dose: aos 4 meses através de vacina injetável ( (VIP);
3ª dose: aos 6 meses através de vacina injetável ( (VIP);
1º reforço: 15 meses (1 ano e 3 meses) por meio da vacina oral (VOP)
2º reforço: menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias), por meio da vacina oral (VOP)

Clique aqui e confira o esquema vacinal para este público

**Além do esquema vacinal descrito acima, doses de reforço são aplicadas durante o período de Campanha

Novas estratégias

A partir do segundo semestre de 2024, por orientação do Ministério da Saúde (MS), haverá a substituição das duas doses de reforço da vacina oral poliomielite (VOP) para um reforço com vacina inativada poliomielite (VIP). O esquema vacinal e a dose de reforço serão feitos exclusivamente com a VIP, visando aumentar a proteção do público-alvo.