A Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec) dispõe, agora, de uma Célula de Apoio à Vulnerabilidade Social, instituída com o objetivo de acompanhar as famílias atendidas pelo órgão acometidas por situações de desastre ou de risco. O serviço atende, especialmente, às famílias que estão em condição de abrigamento - seja nos abrigos solidários, públicos ou aluguel social.

De acordo com a assistente social e gerente da Célula, Elisângela Medeiros, o atendimento é feito in loco. “Realizamos a fase de assistência, que se dá através do acompanhamento periódico das famílias em situação de abrigamento”, disse Elisângela Medeiros. Segundo ela, o objetivo é identificar as necessidades das famílias, no tocante à questão material, assistencial e à violação de direitos, a exemplo da falta de moradia.

A atuação da célula garante o acesso desse público aos direitos sociais, viabilizando a inclusão dos beneficiários na rede de proteção social do Município. Outro foco é a articulação com outras políticas públicas (habitação, educação e saúde) para a consolidação do atendimento. Para isso, a Defesa Civil faz parcerias com a Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor), Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), Secretaria Municipal de Trabalho, Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Setra),  Secretaria da Cidadania e Direitos Humanos (SCDH) e Secretaria de Saúde do Município (SMS).

Segundo o coordenador da Compdec, Cristiano Ferrer, a Célula de Apoio à Vulnerabilidade Social vai fomentar o apoio e a dinâmica das ações. “O objetivo não é só localizar os problemas, mas atingir níveis favoráveis na busca de soluções, resgatar os direitos das famílias e a própria questão da conquista pela unidade habitacional”. Para a gerente Elisângela Medeiros, com o serviço oferecido pela célula, as famílias vão se sentir melhor amparadas e mais seguras.

Dona Maria Evangelista é uma das beneficiárias assistidas pela Célula de Apoio à Vulnerabilidade Social. Ela, o marido e uma filha de três anos estão há mais de um mês no abrigo solidário do Salão Paroquial da Igreja Santa Cecília no Bom Jardim. “Louvo a Deus por estar aqui e ter saído do lugar onde morava antes de ver as casas serem destruídas”, disse. Durante a visita que recebeu dos agentes de Defesa Civil, agradeceu o apoio. “Eu só tenho a agradecer o que eles estão fazendo por minha família”, afirmou.

As famílias dos abrigos solidários recebem acompanhamento sistemático da Defesa Civil, que também os assiste com entrega de cestas básicas. É concedido, ainda, material assistencial, como rede, filtro, mantas e outros, conforme a necessidade. Atualmente, nessas condições, são 12 famílias. Em aluguel social estão 434, contempladas pela Defesa Civil. As demais são assistidas por meio da Habitafor, Setra e SDH.