Um processo que ocorre coletivamente e em várias etapas. Assim tem sido a elaboração do novo Documento Curricular Referencial de Fortaleza (DCRFor), desenvolvido pela Secretaria Municipal da Educação (SME) em parceria com o Centro de Desenvolvimento da Gestão Pública e Políticas Educacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV DGPE).
Nesta semana, na segunda e terça-feira (06 e 07/11), ocorreu o Seminário de Imersão do Documento Curricular Referencial de Fortaleza, demarcando o início efetivo da participação de professores(as) no processo de elaboração curricular. O evento ocorreu no hotel Gran Mareiro, em Fortaleza, reunindo as comissões encarregadas da elaboração coletiva.
A elaboração do novo currículo segue como base documentos que já são norteadores para o atual currículo da Rede Municipal de Ensino, nos âmbitos municipal, estadual e federal. Desde agosto de 2023, o trabalho com a FGV DGPE tem sido realizado, com escutas, diagnósticos, elaboração de plano de trabalho, mapeamento de expectativas e produção de relatório sistematizado.
No começo de 2024, o trabalho continuará, com entrega da versão preliminar das diretrizes, seminário de apresentação da versão preliminar e o lançamento de uma consulta pública. A consolidação acontecerá nos meses seguintes, até o lançamento da versão final dos documentos e formação para profissionais da Rede sobre as novas bases.
Para a secretária municipal da Educação, Dalila Saldanha, a educação é um caminho importante para a redução de desigualdades sociais e educacionais. “O documento precisa ser nosso, precisa ter a marca de cada um dos que aqui representam a nossa grande Rede. Haverá outros encontros, a gente vai ter momentos de apresentação do documento, seminários, consulta pública, cumprindo todo o protocolo. O resultado será este nosso guia para que a gente possa construir uma cidade em que a educação seja realmente seu instrumento principal de redução das extremas desigualdades”, comenta.
Mirna França da Silva de Araújo, coordenadora dos Projetos de Formação da FGV DGPE, explica que a revisão do currículo precisa da contribuição da Rede, entre professores, gestores, diretores e coordenadores. Todo o processo segue uma metodologia aplicada pela FGV, junto à SME e às escolas.
“Nosso diálogo começou com as equipes que compõem a SME sobre qual a expectativa da Rede em relação à revisão do currículo. A partir disso, a gente resolveu fazer uma consulta pública às escolas, com um formulário. Tivemos mais de 900 respostas, com engajamento dos professores. A partir disso, começamos a escrever uma prévia do que teria nesse currículo. Selecionamos professores, gestores, diretores que fazem parte de comissões central, local e as subcomissões temáticas. Estas subcomissões devem colaborar, trazer diálogos e articulações com as escolas”, explica o percurso até agora.
O Documento Curricular Referencial de Fortaleza (DCRFor) será publicado em nove volumes, sendo estes: Caderno Introdutório, Educação Infantil, Matemática, Ciências, Língua portuguesa, Educação física, Educação de Jovens e Adultos, Tempo integral e Cidadania, Diversidade e Inclusão.