O município de Fortaleza completa, nesta terça-feira (18/01), um ano desde o início da campanha de vacinação contra a Covid-19 por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Em meio ao maior enfrentamento da história da saúde da Capital, o avanço da imunização tem fortalecido a luta contra o coronavírus, contribuindo para reduzir o número de casos mais graves e também de óbitos.
No total, a Capital contabilizou, até o último dia 16 de janeiro, 4.738.790 doses aplicadas, das quais 2.172.711 foram de primeira dose, 1.962.251 de segunda e 603.828 da dose de reforço. No sábado (15/01), teve início mais ume etapa da campanha: vacinação de crianças de 5 a 11 anos
De acordo com o prefeito José Sarto, a vacinação tem sido a maior prioridade da gestão. “Com muito trabalho e dedicação, avançamos na imunização, contornando dificuldades e renovando nossas esperanças e fé em dias melhores. Ainda temos desafios a serem superados, mas seguiremos firmes contra o negacionismo, trabalhando ao lado da ciência e sensibilizando cada cidadão e cidadã sobre a importância da vacina, sobre sua eficácia na proteção individual e coletiva, que tem reduzido o número de casos graves e de óbitos”, afirmou o prefeito.
Sarto destacou ainda que a campanha envolve esforços de gestores e trabalhadores da área da Saúde, mas também de outras secretarias que têm dado suporte tanto no atendimento durante a vacinação, quanto no cadastramento dos fortalezenses em mutirões. “Agradeço a todos os gestores e trabalhadores da Saúde envolvidos na campanha de imunização e também a todos os órgãos que estão empenhados nessa causa. Juntos, vamos vencer essa luta”, ressaltou.
Para a secretária da saúde, Ana Estela Leite, este está sendo o maior enfrentamento da história da saúde de Fortaleza, o que demanda dedicação de domingo a domingo tanto por parte da gestão como dos trabalhadores da saúde. “É graças ao trabalho comprometido e dedicado das nossas equipes, além das diversas estratégias adotadas ao longo da campanha, que Fortaleza alcançou um grande número de vacinados e se destaca dentre as capitais brasileiras, com mais de 4,7 milhões doses aplicadas”, pontuou.
A secretária detalha que a estratégia de vacinação inclui o acolhimento da população em locais de maior porte e capacidade como os postos de saúde, o Centro de Eventos do Ceará (CEC), shoppings e Cucas, por exemplo, permitiu um maior alcance e distribuição capilarizada dos imunobiológicos.
“Além disso, realizamos vacinação itinerante, em domicílio, e agendamentos para as pessoas em instituições de longa permanência, de privação de liberdade e em situação de rua, adentrando também nos territórios de maior vulnerabilidade”, afirmou.
A campanha iniciou em Fortaleza com a chegada de 218 doses da CoronaVac ao Ceará. O cronograma destinou as vacinas para grupos prioritários, iniciando pelos profissionais da saúde que atuam na linha de frente do combate à pandemia. No Instituto Dr. José Frota (IJF), a técnica de enfermagem Rosemeiry Menezes, de 51 anos, foi a primeira a ser vacinada. Ela atua no Hospital desde 2018, nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs).
“Para mim, foi muito gratificante ter sido a primeira a tomar a vacina. Posso dizer que estou ótima e desde então não tive nenhuma gripe e, o principal, não peguei covid. Vem sendo um processo muito difícil, pois no início não sabíamos de nada sobre a doença, e hoje já temos maior noção de como nos proteger no dia a dia. E depois da vacina, me senti mais segura”, disse Rosemeiry.
Celeridade
As vacinas são destinadas aos fortalezenses logo após serem recebidas pelo Governo do Estado, o que garante maior agilidade na aplicação. “Isso possibilitou uma grande cobertura da população com o esquema completo de vacinação e possibilidade de terceira dose para quem já completou quatro meses da segunda. Hoje, com o início de uma terceira onda, percebemos casos leves, com poucos sintomas e baixa demanda de internação”, afirmou Ana Estela.
Maria do Socorro é a mãe do primeiro adolescente vacinado contra a Covid-19 em Fortaleza, Pedro Henrique, que também está restrito ao leito. Ela contou que já tomou a terceira dose e o filho, as duas primeiras. “Agradeço por cada um que trabalha na saúde, principalmente aqueles que nos vacinaram. São pessoas especiais, que deixaram suas famílias para cuidar dos outros como se estivessem cuidando dos seus. É por conta da vacina que estamos aqui, hoje”, disse.