Pelo terceiro ano consecutivo, Fortaleza registra queda no número de mortes no trânsito e, pela primeira vez em 15 anos, o número de mortos no trânsito da Capital ficou abaixo de 300. De janeiro a dezembro de 2016, foram registradas 278 mortes contra 381 óbitos em 2011, o que representa uma diminuição de 27,03% no número de mortes, segundo dados preliminares da edição de 2016 Relatório Anual de Acidentes de Trânsito.
Segundo o estudo, a maior variação percebida foi em relação a pedestres e ciclistas, considerados os usuários mais vulneráveis a acidentes. O número de mortes entre pedestres caiu 50,3%, enquanto o número de vítimas entre os ciclistas diminuiu 39,5%, considerando o mesmo período.
A redução é reflexo das ações de mobilidade e segurança viária desenvolvida pela Prefeitura de Fortaleza, com apoio da Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária. Medidas como a ampliação da rede cicloviária, que hoje já dispõe de 209 Km de ciclofaixas e ciclovias, Programa de Apoio à Circulação de Pedestres que contempla área de trânsito calmo, travessias elevadas e faixas em diagonal, binários para reorganização do trânsito, além de campanhas educativas, intervenções de engenharia de tráfego e fiscalização efetiva, contribuem para um ir e vir mais seguro.
“Esse é, sem dúvida, um marco para Fortaleza, mas o desafio ainda é muito grande. A redução é importante, porque nos mostra que estamos no caminho certo, porém com um longo caminho a percorrer”, explica o secretário executivo de Conservação e Serviços Públicos, Luiz Alberto Saboia.
Já o prefeito Roberto Cláudio destaca que “os investimentos em segurança viária não só vão continuar, como serão ampliados. Alguns exemplos são as novas áreas de trânsito calmo, na Cidade 2000 e no entorno do Hospital Infantil Albert Sabin, novas faixas elevadas para pedestres, além de campanhas educativas para alertar sobre comportamentos de risco que podem facilitar a ocorrência de acidentes no trânsito”.
De acordo com o indicador utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera o número de mortes a cada dez mil veículos, a redução é ainda mais acentuada, como mostra o gráfico com a evolução histórica desde 2011. Ainda segundo o levantamento preliminar, a redução chega a 44,8% nos últimos cinco anos.
Para o superintendente da AMC, Arcelino Lima, Fortaleza está no caminho certo. “Desde 2001, quando concluímos o primeiro Relatório Anual de Acidentes de Trânsito, não se tinha essa redução. Embora ainda não seja o ideal, os dados mostram que as políticas públicas estão surtindo efeito, e as pessoas estão cada vez mais conscientes do seu papel, compartilhando espaço com outros modais que vêm sendo priorizados na atual gestão”, defende.
Desde o início do ano, a Prefeitura de Fortaleza iniciou uma nova abordagem com campanhas educativas, apoiada pela Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária, para alertar condutores, pedestres e ciclistas para os fatores de risco no trânsito, como o uso correto do capacete e da observação aos limites de velocidade. Outras campanhas educativas serão implementadas ainda em 2017 como, por exemplo, as campanhas que buscam alertar para o risco de beber e dirigir.
