23 de February de 2016 em Meio ambiente

Fórum das Capitais Brasileiras abre II Jornada sobre Cidades e Mudanças Climáticas em Fortaleza

É o 14º encontro regional do Fórum, que reúne os 27 secretários de Meio Ambiente das capitais brasileiras


Durante a reunião, foram discutidas as repercussões da Conferência Mundial sobre o Clima (COP21), realizada em Paris (Foto: Kiko Silva)

A Prefeitura de Fortaleza recebeu pela primeira vez, nesta terça-feira (23/02), o Fórum das Capitais Brasileiras (CB27), reunindo os 27 secretários de meio Ambiente das capitais do País. É a 14ª reunião regional do Fórum, que abre a II Jornada sobre Cidades e Mudanças Climáticas em Fortaleza. Ao fim do evento, será lida a Carta de Fortaleza pela Sustentabilidade, redigida ao longo do encontro.

De acordo com a titular da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), Águeda Muniz, o encontro discutiu as repercussões da Conferência Mundial sobre o Clima (COP21), realizada em Paris. “É um momento de troca de ideias, de experiências entre os secretários. Aqui, nós debatemos os resultados da COP21 e o que nós, enquanto Municípios, estamos fazendo para atingir as metas que foram propostas na Conferência. Cada cidade vai apresentar o seu caso, com foco nas cidades do Nordeste”, afirmou.

O ponto central do Acordo de Paris, que valerá a partir de 2020, é a obrigação de participação de todas as nações no combate às mudanças climáticas. Ao todo, 195 países membros da Convenção do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU) e a União Europeia assinaram o documento. O objetivo do acordo é manter o aquecimento global muito abaixo de 2ºC.

“Nós temos o desafio de reduzir em até dois graus celsius a temperatura do planeta nos próximos 100 anos. A nossa meta é a qualidade de vida do cidadão fortalezense. Para isso, a gestão já vem trabalhando os corredores de transporte público, da introdução do modal bicicleta como cotidiano, o Plano de Arborização com mais de 25 mil árvores plantadas, os projeto 'Árvore na Minha Calçada' e 'Reciclando Atitudes', o Programa de Gestão de Resíduos, o Plano de Saneamento, a ampliação de área verde em nossa cidade. Fortaleza vem se destacando no Brasil no sentido de atingir metas e enfrentar o tema das mudanças climáticas”, reforçou Águeda.

Conforme Nelson Moreira Franco, secretário executivo do CB27, é necessário conscientizar a sociedade sobre a importância da sustentabilidade e das mudanças do modelo econômico atual. “Maceió aproveitou um caso bem-sucedido de Curitiba. O Rio de Janeiro ajudou Porto Alegre com relação à sua política climática. Belo Horizonte trocou experiências com Teresina sobre a questão das áreas verdes. Esse envolvimento, essa integração, essa vontade de conhecimento é o que une cada vez mais. A rede do CB27 reflete a dinâmica que as próprias Nações Unidas está estabelecendo, pois a ONU vem incentivando os países a criarem um novo modelo de desenvolvimento, de cidades mais compactas, articuladas e integradas social, econômica e ambientalmente”, declarou.

A II Jornada sobre Cidades e Mudanças Climáticas em Fortaleza prossegue nesta quarta e quinta-feira (24 e 25/02). Durante o evento, acontecerá o encerramento do projeto Urban LEDS, um programa de quatro anos financiado pela União Europeia e desenvolvido pelo Governos Locais pela Sustentabilidade (Iclei) e ONU Habitat e em 37 cidades do Brasil, Índia, Indonésia e África do Sul para demonstrar estratégias de desenvolvimento urbano inclusivo de baixa emissão de carbono em condições de crescimento e transição acelerados.

A Embaixada Britânica, por meio dos recursos do Prosperity Fund, também apoia a realização do encontro. Desde 2010 trabalhando em parceria com o Iclei em projetos relacionados à agenda climática e de infraestrutura de cidades, o fundo viabilizará a participação de especialistas britânicos para compartilharem experiências com cidades brasileiras.

“É um evento que marca a retomada de um diálogo com as instâncias governamentais e tem um outro significado importante para a gente, que é o fim de alguns projetos grandes que nós tivemos no Brasil sobre esse tema. O principal é o Urban LEDS, um projeto que conseguiu demonstrar na prática, no contexto de um País em desenvolvimento, como pode se dar a transição para um modelo de desenvolvimento urbano com essa visão de baixo carbono, de enfrentamento à mudança do clima”, explicou Bruna Cerqueira, gerente de Estratégia e Desenvolvimento do Iclei.

O evento contará, entre palestrantes, debatedores e plateia, com a participação de prefeitos do Brasil, além de representantes de Governos Estaduais, do Governo Federal e de cidades de outros países da América do Sul. Também estão previstos representantes de instituições ligadas ao tema, como Associação Brasileira de Entidades de Meio Ambiente (Abema), Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma), Fundação Avina, Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bid), Banco de Desenvolvimento da América Latina (Caf), Future Cities Catapult, Organização Internacional CDP, Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Fórum Nacional de Secretários(as) e Gestores(as) Municipais de Relações Internacionais (Fonari), Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Fundação Grupo Boticário, Fundação Konrad Adenauer, Sociedade Alemã para a Cooperação Internacional (Giz), Instituito de Políticas de Transporte & Desenvolvimento (ITDP), Estratégias de Desenvolvimento Resilientes e Baixas emissões (Leds Lac), Mercado Comum das Cidades (MercoCiudades), Organização das Nações Unidas (ONU Habitat), SOS Mata Atlântica, World Resources Institute (WRI), World Wide Found for Nature (WWF), entre outras.

Fórum das Capitais Brasileiras abre II Jornada sobre Cidades e Mudanças Climáticas em Fortaleza

É o 14º encontro regional do Fórum, que reúne os 27 secretários de Meio Ambiente das capitais brasileiras

Durante a reunião, foram discutidas as repercussões da Conferência Mundial sobre o Clima (COP21), realizada em Paris (Foto: Kiko Silva)

A Prefeitura de Fortaleza recebeu pela primeira vez, nesta terça-feira (23/02), o Fórum das Capitais Brasileiras (CB27), reunindo os 27 secretários de meio Ambiente das capitais do País. É a 14ª reunião regional do Fórum, que abre a II Jornada sobre Cidades e Mudanças Climáticas em Fortaleza. Ao fim do evento, será lida a Carta de Fortaleza pela Sustentabilidade, redigida ao longo do encontro.

De acordo com a titular da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), Águeda Muniz, o encontro discutiu as repercussões da Conferência Mundial sobre o Clima (COP21), realizada em Paris. “É um momento de troca de ideias, de experiências entre os secretários. Aqui, nós debatemos os resultados da COP21 e o que nós, enquanto Municípios, estamos fazendo para atingir as metas que foram propostas na Conferência. Cada cidade vai apresentar o seu caso, com foco nas cidades do Nordeste”, afirmou.

O ponto central do Acordo de Paris, que valerá a partir de 2020, é a obrigação de participação de todas as nações no combate às mudanças climáticas. Ao todo, 195 países membros da Convenção do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU) e a União Europeia assinaram o documento. O objetivo do acordo é manter o aquecimento global muito abaixo de 2ºC.

“Nós temos o desafio de reduzir em até dois graus celsius a temperatura do planeta nos próximos 100 anos. A nossa meta é a qualidade de vida do cidadão fortalezense. Para isso, a gestão já vem trabalhando os corredores de transporte público, da introdução do modal bicicleta como cotidiano, o Plano de Arborização com mais de 25 mil árvores plantadas, os projeto 'Árvore na Minha Calçada' e 'Reciclando Atitudes', o Programa de Gestão de Resíduos, o Plano de Saneamento, a ampliação de área verde em nossa cidade. Fortaleza vem se destacando no Brasil no sentido de atingir metas e enfrentar o tema das mudanças climáticas”, reforçou Águeda.

Conforme Nelson Moreira Franco, secretário executivo do CB27, é necessário conscientizar a sociedade sobre a importância da sustentabilidade e das mudanças do modelo econômico atual. “Maceió aproveitou um caso bem-sucedido de Curitiba. O Rio de Janeiro ajudou Porto Alegre com relação à sua política climática. Belo Horizonte trocou experiências com Teresina sobre a questão das áreas verdes. Esse envolvimento, essa integração, essa vontade de conhecimento é o que une cada vez mais. A rede do CB27 reflete a dinâmica que as próprias Nações Unidas está estabelecendo, pois a ONU vem incentivando os países a criarem um novo modelo de desenvolvimento, de cidades mais compactas, articuladas e integradas social, econômica e ambientalmente”, declarou.

A II Jornada sobre Cidades e Mudanças Climáticas em Fortaleza prossegue nesta quarta e quinta-feira (24 e 25/02). Durante o evento, acontecerá o encerramento do projeto Urban LEDS, um programa de quatro anos financiado pela União Europeia e desenvolvido pelo Governos Locais pela Sustentabilidade (Iclei) e ONU Habitat e em 37 cidades do Brasil, Índia, Indonésia e África do Sul para demonstrar estratégias de desenvolvimento urbano inclusivo de baixa emissão de carbono em condições de crescimento e transição acelerados.

A Embaixada Britânica, por meio dos recursos do Prosperity Fund, também apoia a realização do encontro. Desde 2010 trabalhando em parceria com o Iclei em projetos relacionados à agenda climática e de infraestrutura de cidades, o fundo viabilizará a participação de especialistas britânicos para compartilharem experiências com cidades brasileiras.

“É um evento que marca a retomada de um diálogo com as instâncias governamentais e tem um outro significado importante para a gente, que é o fim de alguns projetos grandes que nós tivemos no Brasil sobre esse tema. O principal é o Urban LEDS, um projeto que conseguiu demonstrar na prática, no contexto de um País em desenvolvimento, como pode se dar a transição para um modelo de desenvolvimento urbano com essa visão de baixo carbono, de enfrentamento à mudança do clima”, explicou Bruna Cerqueira, gerente de Estratégia e Desenvolvimento do Iclei.

O evento contará, entre palestrantes, debatedores e plateia, com a participação de prefeitos do Brasil, além de representantes de Governos Estaduais, do Governo Federal e de cidades de outros países da América do Sul. Também estão previstos representantes de instituições ligadas ao tema, como Associação Brasileira de Entidades de Meio Ambiente (Abema), Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma), Fundação Avina, Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bid), Banco de Desenvolvimento da América Latina (Caf), Future Cities Catapult, Organização Internacional CDP, Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Fórum Nacional de Secretários(as) e Gestores(as) Municipais de Relações Internacionais (Fonari), Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Fundação Grupo Boticário, Fundação Konrad Adenauer, Sociedade Alemã para a Cooperação Internacional (Giz), Instituito de Políticas de Transporte & Desenvolvimento (ITDP), Estratégias de Desenvolvimento Resilientes e Baixas emissões (Leds Lac), Mercado Comum das Cidades (MercoCiudades), Organização das Nações Unidas (ONU Habitat), SOS Mata Atlântica, World Resources Institute (WRI), World Wide Found for Nature (WWF), entre outras.