Intensificar as ações de enfrentamento à exploração sexual e o trabalho infantil na região do Vila do Mar. Essa foi a pauta debatida entre a Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor) e representantes do Projeto Ponte de Encontro, da Secretaria de Cidadania e Direitos Humanos de Fortaleza (SCDH), na última segunda-feira (29/7).

De acordo com o educador social do Projeto, Rafael Agostinho, o diálogo com a Habitafor é importante para criar parceria, com vistas à melhoria no trabalho já realizado pelas equipes que acompanham as crianças e adolescentes no local. O educador afirmou que desde que foi criada a escola de surf e também as ações esportivas, muitos meninos retornaram às atividades escolares. “Queremos dar continuidade ao que já vem sendo desenvolvido, porque ainda existe conflito territorial”, enfatizou.

A presidenta da Habitafor, Eliana Gomes, relatou os fatos apurados durante a existência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investigou a  exploração sexual e constatou que a Barra do Ceará é um dos focos principais da extensão da rede criminosa. Segundo a gestora, embora a CPI tenha demonstrado de que forma a atividade era praticada no local, a ideia de revitalização da área e também os trabalhos sociais são imprescindíveis para possibilitar novas condições de vida para a população no local. “As iniciativas de educação e lazer são fundamentais porque elas vão contribuir para a eliminação da rede que atua no crime de exploração sexual”, afirmou a presidenta, reiterando o apoio para a continuidade das ações dos educadores na região.

Como encaminhamento da reunião, ficou acertado que as equipes de surf e de futebol terão como ponto de apoio o Centro Dom Aluísio Loschaider, nas Goiabeiras, até ser construído o Centro de Artesanato do Projeto Vila do Mar II.