26 de July de 2023 em Saúde

Novo Gonzaguinha do José Walter completa um ano e tem Unidade de Transição de Cuidados (UTC) como referência em reabilitação funcional

Durante o primeiro ano de atividades, o hospital realizou mais de 20 mil atendimentos e mais de 70 mil exames de diferentes especialidades


médica atendendo uma gestante
Desde a data de inauguração do Gonzaguinha José Walter, foram realizados mais de 20 mil atendimentos, sendo 3.822 partos (Fotos: Marcos Moura)

Inaugurado em julho de 2022, o novo Hospital Distrital Gonzaga Mota José Walter (Gonzaguinha do José Walter) completa seu primeiro ano de funcionamento. A unidade teve sua capacidade de atendimento ampliada em 185%, e passou de 54 leitos para os atuais 154 leitos. Desde a data de sua inauguração, foram realizados mais de 20 mil atendimentos, sendo 3.822 partos, e mais de 70 mil exames de especialidades laboratoriais, cardiotocografia, eletrocardiograma, ultrassonografia e raio X.

UTC - referência municipal em reabilitação funcional

O equipamento hospitalar passou a contar com uma Unidade de Transição de Cuidados (UTC), que atende pacientes estáveis clinicamente e que apresentam fatores que podem levar a uma nova internação, como sequelas neurológicas, motoras e outras morbidades já existentes. A unidade dispõe de 12 leitos, já atendeu mais de 70 pacientes e, por ter uma abordagem humanizada, leva em consideração o desejo do paciente e da família em receber essa assistência.

O serviço foi idealizado para cuidar de pessoas que passam por internações prolongadas após a condição aguda de uma enfermidade. Entre os principais objetivos, estão evitar reinternações, dar ao paciente condições para uma vida funcional ou cuidados paliativos de maneira confortável.

A participação da família é um dos pilares da UTC. Por ter uma abordagem humanizada e focada na individualidade de cada caso, é essencial que o acompanhante da pessoa internada receba o treinamento adequado para a condução de situações cotidianas, como a mastigação de alimentos e locomoção física em casa.

Maurício Correia, de 67 anos, foi paciente da UTC em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Durante a internação, ele foi acompanhado pela esposa, Kalina Vasconcelos, de 58 anos, que falou do aprendizado recebido da equipe. “Eu não sabia o que era a UTC, mas lá aprendi a ser um pouco médica, fisioterapeuta, enfermeira. Eles nos preparam para que, quando formos para casa, tenhamos a certeza de como cuidar do paciente. Na locomoção, nos ensinaram a como fazê-lo sentar para o banho, por exemplo.’’, explicou.

Ainda sobre a equipe, a acompanhante também reconhece a diversidade de profissionais da saúde envolvidos na recuperação funcional de Maurício, que teve prejuízos na mastigação de alimentos e na locomoção. “Essas sequelas continuam, mas, para evitar engasgos durante a alimentação, por exemplo, me ensinaram a deixá-lo bem sentado, elevado, a dar a comida com a colher posicionada de forma bem reta e a não insistir caso eu perceba alguma dificuldade dele em engolir. Ele foi atendido por fisioterapeutas, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e psicólogo’’, concluiu Kalina.

Maria Ivone Silva, de 93 anos, foi hospitalizada após o diagnóstico de pneumonia. Devido a fatores de risco, que poderiam levar a uma nova internação, a família dela seguiu as orientações médicas de continuar com o tratamento na UTC. De acordo com a neta e acompanhante da paciente, Débora Viana, acatar pela continuação do tratamento na unidade de transição foi um consenso na família. “Não temos conhecimento no caso de uma emergência com ela, não somos médicos ou enfermeiros. No atendimento das meninas aos pacientes, elas passam para a gente como cuidar e ajudar também’’, explicou a acompanhante. No caso de Maria Ivone, as instruções à família para os cuidados continuados envolvem a alimentação, medicação e maneiras de higienização no leito.

A multidisciplinaridade dos profissionais envolvidos é uma característica da UTC. De acordo com Suylane Saraiva e Darc Julião, integrantes do corpo de enfermagem da UTC, o trabalho é feito em conjunto e em prol da necessidade individual de cada paciente. “É a partir do relacionamento entre a equipe com o paciente que conseguimos proporcionar uma assistência humanizada. Não fazemos apenas a parte técnica, mecanicista de só olhar para a doença, mas abranger também a parte física, emocional e social do paciente”, detalha Suylane.

Novo Gonzaguinha do José Walter completa um ano e tem Unidade de Transição de Cuidados (UTC) como referência em reabilitação funcional

Durante o primeiro ano de atividades, o hospital realizou mais de 20 mil atendimentos e mais de 70 mil exames de diferentes especialidades

médica atendendo uma gestante
Desde a data de inauguração do Gonzaguinha José Walter, foram realizados mais de 20 mil atendimentos, sendo 3.822 partos (Fotos: Marcos Moura)

Inaugurado em julho de 2022, o novo Hospital Distrital Gonzaga Mota José Walter (Gonzaguinha do José Walter) completa seu primeiro ano de funcionamento. A unidade teve sua capacidade de atendimento ampliada em 185%, e passou de 54 leitos para os atuais 154 leitos. Desde a data de sua inauguração, foram realizados mais de 20 mil atendimentos, sendo 3.822 partos, e mais de 70 mil exames de especialidades laboratoriais, cardiotocografia, eletrocardiograma, ultrassonografia e raio X.

UTC - referência municipal em reabilitação funcional

O equipamento hospitalar passou a contar com uma Unidade de Transição de Cuidados (UTC), que atende pacientes estáveis clinicamente e que apresentam fatores que podem levar a uma nova internação, como sequelas neurológicas, motoras e outras morbidades já existentes. A unidade dispõe de 12 leitos, já atendeu mais de 70 pacientes e, por ter uma abordagem humanizada, leva em consideração o desejo do paciente e da família em receber essa assistência.

O serviço foi idealizado para cuidar de pessoas que passam por internações prolongadas após a condição aguda de uma enfermidade. Entre os principais objetivos, estão evitar reinternações, dar ao paciente condições para uma vida funcional ou cuidados paliativos de maneira confortável.

A participação da família é um dos pilares da UTC. Por ter uma abordagem humanizada e focada na individualidade de cada caso, é essencial que o acompanhante da pessoa internada receba o treinamento adequado para a condução de situações cotidianas, como a mastigação de alimentos e locomoção física em casa.

Maurício Correia, de 67 anos, foi paciente da UTC em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Durante a internação, ele foi acompanhado pela esposa, Kalina Vasconcelos, de 58 anos, que falou do aprendizado recebido da equipe. “Eu não sabia o que era a UTC, mas lá aprendi a ser um pouco médica, fisioterapeuta, enfermeira. Eles nos preparam para que, quando formos para casa, tenhamos a certeza de como cuidar do paciente. Na locomoção, nos ensinaram a como fazê-lo sentar para o banho, por exemplo.’’, explicou.

Ainda sobre a equipe, a acompanhante também reconhece a diversidade de profissionais da saúde envolvidos na recuperação funcional de Maurício, que teve prejuízos na mastigação de alimentos e na locomoção. “Essas sequelas continuam, mas, para evitar engasgos durante a alimentação, por exemplo, me ensinaram a deixá-lo bem sentado, elevado, a dar a comida com a colher posicionada de forma bem reta e a não insistir caso eu perceba alguma dificuldade dele em engolir. Ele foi atendido por fisioterapeutas, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e psicólogo’’, concluiu Kalina.

Maria Ivone Silva, de 93 anos, foi hospitalizada após o diagnóstico de pneumonia. Devido a fatores de risco, que poderiam levar a uma nova internação, a família dela seguiu as orientações médicas de continuar com o tratamento na UTC. De acordo com a neta e acompanhante da paciente, Débora Viana, acatar pela continuação do tratamento na unidade de transição foi um consenso na família. “Não temos conhecimento no caso de uma emergência com ela, não somos médicos ou enfermeiros. No atendimento das meninas aos pacientes, elas passam para a gente como cuidar e ajudar também’’, explicou a acompanhante. No caso de Maria Ivone, as instruções à família para os cuidados continuados envolvem a alimentação, medicação e maneiras de higienização no leito.

A multidisciplinaridade dos profissionais envolvidos é uma característica da UTC. De acordo com Suylane Saraiva e Darc Julião, integrantes do corpo de enfermagem da UTC, o trabalho é feito em conjunto e em prol da necessidade individual de cada paciente. “É a partir do relacionamento entre a equipe com o paciente que conseguimos proporcionar uma assistência humanizada. Não fazemos apenas a parte técnica, mecanicista de só olhar para a doença, mas abranger também a parte física, emocional e social do paciente”, detalha Suylane.