23 de October de 2023 em Educação

Outubro docente: um festival de conhecimentos, trocas e vivências para professores da Rede Municipal de Ensino

Educadores dividem vivências e impressões do festival, que reuniu cerca de 10 mil profissionais em cinco dias de agenda


Foto de grupo de professores
O grupo de professores Francisco Anderson Ferreira Lima, Vitória Monteiro e Lucas Breno Bastos Lima participou do encerramento e acompanhou a programação juntos

Da estrutura vibrante em LED às atividades paralelas, todo o Festival Internacional Outubro Docente 2023 foi desenhado para romper fronteiras e oferecer experiências para os professores da Rede Municipal de Ensino. O evento se encerra nesta sexta-feira (20/10), após cinco dias de programação no Centro de Eventos, e deixa vivências significativas na trajetória docente de cerca de 10 mil educadores de Fortaleza.

Mais de 30 livros autorais do professor e escritor da Rede Municipal, Goldofrêdo Sólon, foram expostos durante o festival, no espaço de lançamentos de obras docentes. A maioria dos títulos é literatura de cordel, pequenos livros de histórias diversas e narrativas para aguçar a curiosidade dos leitores e estimular o gosto pelo gênero literário. O educador de Língua Portuguesa destaca um dos livros lançados no evento intitulado “Brasil Cordelizado”, com 67 produções textuais de autoria de estudantes, fruto de um projeto pessoal.

Este projeto que rendeu o livro agora é desenvolvido na Rede Municipal, na Escola Municipal Noberto Nogueira Alves, no José Walter. Goldofrêdo é um dos novos professores da Rede aprovados no último concurso da Prefeitura, realizado ano passado. Estrear na Rede este ano e participar do festival tem sido um momento importante da carreira, pontua o educador: “Tudo para mim é novidade até aqui. Apresentar meus livros e mostrar a produção dos meus alunos neste evento é algo imensurável. Foi um momento de interação entre colegas escritores e com quem veio prestigiar. Vários professores já adquiriram exemplares e saíram na ânsia de fazer o mesmo”.

Em outro espaço do festival, a professora Conceição Neres, da creche conveniada André Luís, no Jangurussu, aproveitou o ambiente literário para fazer um registro fotográfico com a autora e pesquisadora Amália Simonetti, convidada para prestigiar o evento e apresentar livros autorais de histórias infantis. A escritora é bem conhecida entre os educadores, pois foi uma das participantes da formação e do nascimento do Programa de Alfabetização na Idade Certa (Paic), adotado pelo Governo do Ceará.

Professora
A professora Conceição Neres, da creche conveniada André Luís, conta sobre a experiência no ambiente literário do festival

Conceição é professora da Educação Infantil da Rede de Ensino e compartilha que o encontro com Amália despertou um interesse antigo de também escrever um livro de contação de histórias. “Ver a Amália aqui foi legal e aproveitei para fazer uma foto com ela. Ela escreveu vários livros de contação de histórias e a gente usa vários na creche. Trabalho muito a narração de histórias com meus alunos em sala. Está sendo muito bom esse contato com escritores, muitos que estão aqui são nossos colegas. Eventos assim despertam nossa força de vontade de realizar projetos, um dos meus é escrever uma história infantil”, reflete.

A palestra magna desta sexta-feira (20/10) foi trazida pelo pesquisador convidado Daniel Backer, que trouxe como tema “Infância e adolescência contemporânea - os desafios para os educadores”. O grupo de professores Lucas Breno Bastos Lima, Francisco Anderson Ferreira Lima e Vitória Monteiro participou do encerramento do evento e acompanhou a palestra juntos. O palestrante apresentou dados atuais sobre o uso de telas pelas crianças e um panorama dos desafios dos professores nesta geração hiperconectada.

“Daniel trouxe dicas muito práticas sobre o uso de celular em sala de aula. A palestra nos fez refletir sobre a necessidade de deixar a criança livre para brincar e restringir o uso do celular. Não é proibir simplesmente, mas utilizar com orientação dos pais e dos professores. Foi um momento de troca de aprendizados e experiência”, avalia Lucas, que é professor dos anos iniciais do Ensino Fundamental, assim como os colegas Francisco e Vitória.

Área de tecnologia do festival
Espaço de tecnologia disponibilizou espaço confortável com chromebooks para quem precisava se conectar durante o evento

Pesquisas e diálogos

Um movimento de pesquisa também ocorreu na semana de festival, no decorrer do 3º Colóquio de Pesquisas em Educação e Ensino. A iniciativa apresentou trabalhos de educadores que estão no mestrado e doutorado, tanto os que ingressaram na ampla concorrência como por meio do Programa Observatório de Fortaleza. Um dos 50 professores que se apresentou foi a educadora Fátima Furtado, da Escola Municipal Eduardo Pinheiro Campos, no bairro Sabiaguaba. Cursando doutorado em Linguística, na Universidade Federal do Ceará (UFC), Fátima comenta da experiência de partilhar a pesquisa que desenvolve com os colegas da Rede de Ensino.

“Quando a gente conversa sobre pesquisa com nossos colegas e pares, existe uma roda de troca. É uma forma dos professores conhecerem nossa pesquisa e ver que a produção acadêmica não é coisa de outro mundo. Muitas vezes, o objeto de pesquisa pode estar em sala de aula. Acho importante a gente desmistificar o objeto de pesquisa para o professor que está na correria do cotidiano. É um momento de diálogos”, avalia.

Na período da tarde, em todos os dias de festival ocorreram também a I Mostra de Práticas Pedagógicas e diálogos temáticos diversos. Um deles foi o “Letramento matemático: o que sabemos é o que podemos aprender”, com a professora convidada Silene Silvino, da Universidade Regional do Cariri, que ocorreu também nesta sexta-feira (20/10). A educadora Cybele Karyny Ferreira, da Escola Municipal Paulo Sarasate, no Demócrito Rocha, participou e aproveitou para aprender com a ex-professora da graduação.

“Silene foi minha professora na graduação de Língua Portuguesa. Quis participar para aprender o letramento em relação à matemática, isso não é muito falado. Gostei muito dessa temática porque é minha área e uma oportunidade de todos os professores enriquecem a prática em sala de aula”, comenta.

Conexão e serviços

A área de tecnologia no meio do festival disponibilizou espaço confortável com chromebooks para quem precisava se conectar durante o evento. Com decoração em LED, o ambiente não passava despercebido pelos professores. A professora e superintendente do Distrito 4 Aline Falcão conta que o espaço foi muito útil porque conseguiu acompanhar as urgências que apareceram durante o evento. Ela é responsável pelo monitoramento da frequência dos alunos das unidades escolares do Distrito. “Passei e vi o espaço e achei muito bem pensado. A conexão é ótima e tudo é muito bonito, além de ser um cenário bem instagramável. Consegui me manter conectada nas pausas entre as atividades”, conta.

Passeando pelo festival, a professora Germana Castro Barbosa, da Escola Municipal Maria Zélia, no Planalto Ayrton Sena, aproveitou os serviços oferecidos das coordenadorias Jurídica (Cojur) e Gestão de Pessoas (Cogep) da Secretaria Municipal da Educação. A educadora diz que precisava consultar o tempo de serviço para redução e aposentadoria e conseguiu resolver isso durante o evento. “Foi muito bom trazer os serviços até os professores. A nossa rotina é uma correria e aqui a gente ainda conseguiu esclarecer várias questões. Recebi toda orientação que precisava sem burocracias. Agora vou curtir a programação com uma pendência a menos”, brinca.

Outubro docente: um festival de conhecimentos, trocas e vivências para professores da Rede Municipal de Ensino

Educadores dividem vivências e impressões do festival, que reuniu cerca de 10 mil profissionais em cinco dias de agenda

Foto de grupo de professores
O grupo de professores Francisco Anderson Ferreira Lima, Vitória Monteiro e Lucas Breno Bastos Lima participou do encerramento e acompanhou a programação juntos

Da estrutura vibrante em LED às atividades paralelas, todo o Festival Internacional Outubro Docente 2023 foi desenhado para romper fronteiras e oferecer experiências para os professores da Rede Municipal de Ensino. O evento se encerra nesta sexta-feira (20/10), após cinco dias de programação no Centro de Eventos, e deixa vivências significativas na trajetória docente de cerca de 10 mil educadores de Fortaleza.

Mais de 30 livros autorais do professor e escritor da Rede Municipal, Goldofrêdo Sólon, foram expostos durante o festival, no espaço de lançamentos de obras docentes. A maioria dos títulos é literatura de cordel, pequenos livros de histórias diversas e narrativas para aguçar a curiosidade dos leitores e estimular o gosto pelo gênero literário. O educador de Língua Portuguesa destaca um dos livros lançados no evento intitulado “Brasil Cordelizado”, com 67 produções textuais de autoria de estudantes, fruto de um projeto pessoal.

Este projeto que rendeu o livro agora é desenvolvido na Rede Municipal, na Escola Municipal Noberto Nogueira Alves, no José Walter. Goldofrêdo é um dos novos professores da Rede aprovados no último concurso da Prefeitura, realizado ano passado. Estrear na Rede este ano e participar do festival tem sido um momento importante da carreira, pontua o educador: “Tudo para mim é novidade até aqui. Apresentar meus livros e mostrar a produção dos meus alunos neste evento é algo imensurável. Foi um momento de interação entre colegas escritores e com quem veio prestigiar. Vários professores já adquiriram exemplares e saíram na ânsia de fazer o mesmo”.

Em outro espaço do festival, a professora Conceição Neres, da creche conveniada André Luís, no Jangurussu, aproveitou o ambiente literário para fazer um registro fotográfico com a autora e pesquisadora Amália Simonetti, convidada para prestigiar o evento e apresentar livros autorais de histórias infantis. A escritora é bem conhecida entre os educadores, pois foi uma das participantes da formação e do nascimento do Programa de Alfabetização na Idade Certa (Paic), adotado pelo Governo do Ceará.

Professora
A professora Conceição Neres, da creche conveniada André Luís, conta sobre a experiência no ambiente literário do festival

Conceição é professora da Educação Infantil da Rede de Ensino e compartilha que o encontro com Amália despertou um interesse antigo de também escrever um livro de contação de histórias. “Ver a Amália aqui foi legal e aproveitei para fazer uma foto com ela. Ela escreveu vários livros de contação de histórias e a gente usa vários na creche. Trabalho muito a narração de histórias com meus alunos em sala. Está sendo muito bom esse contato com escritores, muitos que estão aqui são nossos colegas. Eventos assim despertam nossa força de vontade de realizar projetos, um dos meus é escrever uma história infantil”, reflete.

A palestra magna desta sexta-feira (20/10) foi trazida pelo pesquisador convidado Daniel Backer, que trouxe como tema “Infância e adolescência contemporânea - os desafios para os educadores”. O grupo de professores Lucas Breno Bastos Lima, Francisco Anderson Ferreira Lima e Vitória Monteiro participou do encerramento do evento e acompanhou a palestra juntos. O palestrante apresentou dados atuais sobre o uso de telas pelas crianças e um panorama dos desafios dos professores nesta geração hiperconectada.

“Daniel trouxe dicas muito práticas sobre o uso de celular em sala de aula. A palestra nos fez refletir sobre a necessidade de deixar a criança livre para brincar e restringir o uso do celular. Não é proibir simplesmente, mas utilizar com orientação dos pais e dos professores. Foi um momento de troca de aprendizados e experiência”, avalia Lucas, que é professor dos anos iniciais do Ensino Fundamental, assim como os colegas Francisco e Vitória.

Área de tecnologia do festival
Espaço de tecnologia disponibilizou espaço confortável com chromebooks para quem precisava se conectar durante o evento

Pesquisas e diálogos

Um movimento de pesquisa também ocorreu na semana de festival, no decorrer do 3º Colóquio de Pesquisas em Educação e Ensino. A iniciativa apresentou trabalhos de educadores que estão no mestrado e doutorado, tanto os que ingressaram na ampla concorrência como por meio do Programa Observatório de Fortaleza. Um dos 50 professores que se apresentou foi a educadora Fátima Furtado, da Escola Municipal Eduardo Pinheiro Campos, no bairro Sabiaguaba. Cursando doutorado em Linguística, na Universidade Federal do Ceará (UFC), Fátima comenta da experiência de partilhar a pesquisa que desenvolve com os colegas da Rede de Ensino.

“Quando a gente conversa sobre pesquisa com nossos colegas e pares, existe uma roda de troca. É uma forma dos professores conhecerem nossa pesquisa e ver que a produção acadêmica não é coisa de outro mundo. Muitas vezes, o objeto de pesquisa pode estar em sala de aula. Acho importante a gente desmistificar o objeto de pesquisa para o professor que está na correria do cotidiano. É um momento de diálogos”, avalia.

Na período da tarde, em todos os dias de festival ocorreram também a I Mostra de Práticas Pedagógicas e diálogos temáticos diversos. Um deles foi o “Letramento matemático: o que sabemos é o que podemos aprender”, com a professora convidada Silene Silvino, da Universidade Regional do Cariri, que ocorreu também nesta sexta-feira (20/10). A educadora Cybele Karyny Ferreira, da Escola Municipal Paulo Sarasate, no Demócrito Rocha, participou e aproveitou para aprender com a ex-professora da graduação.

“Silene foi minha professora na graduação de Língua Portuguesa. Quis participar para aprender o letramento em relação à matemática, isso não é muito falado. Gostei muito dessa temática porque é minha área e uma oportunidade de todos os professores enriquecem a prática em sala de aula”, comenta.

Conexão e serviços

A área de tecnologia no meio do festival disponibilizou espaço confortável com chromebooks para quem precisava se conectar durante o evento. Com decoração em LED, o ambiente não passava despercebido pelos professores. A professora e superintendente do Distrito 4 Aline Falcão conta que o espaço foi muito útil porque conseguiu acompanhar as urgências que apareceram durante o evento. Ela é responsável pelo monitoramento da frequência dos alunos das unidades escolares do Distrito. “Passei e vi o espaço e achei muito bem pensado. A conexão é ótima e tudo é muito bonito, além de ser um cenário bem instagramável. Consegui me manter conectada nas pausas entre as atividades”, conta.

Passeando pelo festival, a professora Germana Castro Barbosa, da Escola Municipal Maria Zélia, no Planalto Ayrton Sena, aproveitou os serviços oferecidos das coordenadorias Jurídica (Cojur) e Gestão de Pessoas (Cogep) da Secretaria Municipal da Educação. A educadora diz que precisava consultar o tempo de serviço para redução e aposentadoria e conseguiu resolver isso durante o evento. “Foi muito bom trazer os serviços até os professores. A nossa rotina é uma correria e aqui a gente ainda conseguiu esclarecer várias questões. Recebi toda orientação que precisava sem burocracias. Agora vou curtir a programação com uma pendência a menos”, brinca.