O prefeito Roberto Cláudio apresentou o Relatório Anual de Acidentes de Trânsito (2015), nesta terça-feira (20/12), no Paço Municipal. O documento é referência para o diagnóstico, planejamento e execução da política municipal de segurança viária e serve como uma orientação para melhorar a eficiência de novos investimentos e ações. A publicação, feita com apoio da Bloomberg Philanthropies, é fruto de um esforço conjunto de diversas instituições municipais, estaduais e federais para identificar quem são as vítimas, em que circunstâncias e onde elas sofrem acidentes na Cidade.
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De acordo com o Relatório, no ano de 2015, foram registrados 315 mortos e outros 11.124 feridos em decorrência de acidentes de trânsito. Os pedestres são as vítimas que mais morrem, com 37,8% do total de ocorrências; seguidos pelos motociclistas, com 34,9% dos registros; passageiros (15,6%), ciclistas (5,1%) e condutores (6,7%).
Em comparação com 2011, quando foi realizado o último levantamento de acidentes em Fortaleza, houve uma queda de 35,7% na taxa de mortalidade no trânsito. O estudo ainda observou que o homem, pedestre e com idade entre 30 a 59 anos é quem mais sofre com a violência no trânsito.
Além de levantar os dados sobre acidentes decorrentes do trânsito, o objetivo do relatório é apontar ações de prevenção. “Com o Relatório, nós percebemos a quantidade de acidentes fatais e acidentes com sequelas decorrentes da falta de sinalização, de uma pobre engenharia de trânsito e da falta de educação e comunicação. Desde o ano passado, iniciamos uma ação para prevenir acidentes. Isso envolve uma série de medidas, como a implantação de ciclovias, ciclofaixas, faixas exclusivas, novas faixas de pedestres e um novo modelo de fiscalização. Tudo isso é feito para que possamos salvar vidas. Queremos transformar Fortaleza em uma cidade modelo, que tenha a prevenção de acidente de trânsito como uma grande prioridade”, explicou o prefeito Roberto Cláudio.
Reduzir o número de acidentes tem custo social e econômico. Segundo o Prefeito, os custos estimados com acidentes de trânsito em Fortaleza chegaram a R$ 500 milhões em 2015. “Este é um problema real de saúde pública que superlota nossos hospitais e que precisa ser combatido. Iremos aumentar a fiscalização, principalmente com o uso correto do capacete, e evitar que dirija sob efeito do álcool”, destacou.
De acordo com o secretário executivo de Conservação e Serviços Públicos, Luiz Alberto Saboia, os resultados apontados no estudo são resultados dos investimentos na mobilidade urbana e segurança viária em Fortaleza nos últimos quatro anos. “Houve uma mudança de cultura na Cidade, com mais investimentos na educação e fiscalização no trânsito. O Relatório é também importante para que a gente conheça quem são as vítimas, quais os padrões da ocorrência, os dias da semana, as regiões que mais ocorrem. A partir destes resultados, vamos orientar nossas políticas de educação para que a gente tenha muito mais chance de sucesso”, explicou.
Projeto
A política de segurança viária desenvolvida pela Prefeitura de Fortaleza é apoiada pela Bloomberg Philanthropies. Em 2015, a capital cearense foi uma das dez cidades do mundo contempladas com o projeto e conta com uma equipe que dá suporte nas ações de gerenciamento de dados, infraestrutura, fiscalização, educação e comunicação.
“Dentre as dez cidades do projeto, Fortaleza já é uma referência por conseguir implantar vários elementos e boas práticas para a promoção da segurança viária. A expectativa é que estas ações continuem refletindo para diminuir os números de acidentes”, comentou Dante Rosado, coordenador da Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária.