As Cidades estão em posição privilegiada para propor medidas que reduzam o impacto da ação humana nas mudanças climáticas. Com base nisso, o prefeito Roberto Cláudio assinou o Compacto de Prefeitos, uma aliança mundial de gestores e autoridades locais comprometidos em reduzir as emissões de gases do efeito estufa.

A adesão vai ao encontro da proposta de gerenciamento de Fortaleza pela gestão municipal, que tem investido em controle da poluição, transporte coletivo, modais não poluentes de locomoção, como as bicicletas, e plantios de árvores para mitigar os Gases do Efeito Estufa (GEE).

O Compacto dos Prefeitos tem por objetivo empoderar e engajar cidades de todos os tipos e tamanhos, visando acelerar as ações climáticas locais. Assim, os governos locais, ao se comprometerem com a mobilização, devem continuar cumprindo os critérios presentes no documento assinado por eles e divulgando seu progresso, que já foi debatido na Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21), encontro mundial que ocorreu no início de dezembro, em Paris.

Para balizar seus esforços, Fortaleza elaborou e apresentou em 2014, referente ao ano de 2012, o 1º Inventário de Gases do Efeito Estufa (GEE). O documento levantou que 61% das emissões na Capital cearense são provenientes de emissões veiculares. O estudo foi realizado por incentivo e com o apoio do ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade. No mundo, as emissões estão sobretudo ligadas à geração de energia.

Ao assinar o Compacto de Prefeitos, o governo local se compromete a:

- Consignar o compromisso em cumprir os critérios do Compacto no Registro Climático carbonn ou CDP Cities, duas plataformas de relatoria conhecidas.
- Em um ano, a partir da assinatura, a Cidade deve contabilizar suas emissões e os impactos das mudanças climáticas locais.
- Dentro de dois anos, a cidade deve atualizar seu inventário para incluir emissões detalhadas por fontes e setores; estabelecer uma meta de redução de GEE de acordo com o Padrão do Compacto; identificar seus riscos climáticos; reportar os dados por meio das plataformas reconhecidas.
- Em três anos, publicar um Plano de Ação Climático evidenciando como irá reduzir suas emissões de GEE e aumentar a resiliência às mudanças climáticas.
- Registrar seu progresso nas plataformas reconhecidas.

A iniciativa de congregar governos locais ao redor do mundo partiu do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, seu Enviado Especial, Michael Bloomberg, e das redes de cidades ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade, Grupo C40 de Liderança Climática das Cidades (C40) e Cidades e Governos Locais Unidos, com o apoio da ONU-Habitat.