O prefeito Roberto Cláudio realizou a primeira reunião de 2019 com os membros do Comitê Intersetorial de Enfrentamento às Arboviroses, na manhã desta quarta-feira (02/01), no Paço Municipal. Durante o evento, o Gestor apresentou as principais ações a serem desenvolvidas nesse ano para o combate da dengue, chikungunya e zika vírus, além dos resultados já obtidos pelos esforços em grupo.
“A gente tem esse comitê instalado já há algum tempo. A ideia é que as ações de prevenção e de combate às arboviroses não aconteçam apenas durante a estação chuvosa. Que elas sejam, na verdade, uma agenda permanente da saúde pública de Fortaleza. Essa reunião serve para organizar e reestruturar as ações fora da pasta da Saúde, junto com outros órgãos da Prefeitura, e, por outro lado, prepararmos a assistência neste período de quadra chuvosa”, declarou o Prefeito.
Roberto Cláudio aproveitou para anunciar novidades. “Neste ano, teremos parceria com a Escola de Aprendizes de Marinheiros, que formará jovens para prevenção nas ruas, nova edição do Senhora Faxina, com multiplicadores da terceira idade, além da notificação em tempo real dos casos dessas doenças, ajudando a termos uma ação mais dirigida”, completou.
Com a proximidade do início da quadra chuvosa, o Comitê vem realizando a Operação Inverno desde o dia 7 novembro de 2018, em parceria com as secretarias municipais de Educação, Conservação e Serviços Públicos, Urbanismo e Meio Ambiente, Regionais, Agência de Fiscalização de Fortaleza e entidades não governamentais.
Intensificou, também, ações em 30 bairros que apresentam maior índice do Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa), buscando reduzir a presença de focos do mosquito e de depósitos que propiciem o desenvolvimento de vetores das arboviroses.
No ano passado, os esforços promovidos pelo Comitê de Combate Municipal conseguiu reduzir em 97,7% o número de casos de arboviroses. Apesar desses dados positivos, Joana Maciel, secretária da Saúde, lembrou que os trabalhos intensificados devem continuar. “Embora os dados sejam positivos, não podemos baixar a guarda. Existem fatores epidemiológicos para os quais devemos ficar atentos. O vírus da dengue não circula da mesma forma há algum tempo, existe possibilidade de retorno do vírus chikungunya, então devemos combate o vetor”, disse.
Para 2019, entre as atividades previstas, serão revitalizadas as operações Quintais Limpos nos bairros com maior índice de infestação pelo Aedes aegypti e as brigadas, realizadas exposições educativas em locais com grande concentração de pessoas, pedágios educativos nas principais Ruas e Avenidas da Cidade, além de palestras e passeatas.
Visitas quinzenais em locais considerados pontos estratégicos, recolhimento semanal de pneus inservíveis, ampliação do Senhora Faxina, início do Projeto Onda Limpa (Escola de Aprendizes Marinheiros), fortalecimento das mídias institucionais, campanhas publicitárias e parcerias com a sociedade civil organizada serão promovidas também para fortalecer as ações de combate.
Na parte de atendimento, 23 postos serão pontos de referência para diagnóstico, primeiro atendimento e acolhimento de pacientes com risco ou diagnóstico de arboviroses. Veja aqui a relação.
Em 2018, foram realizadas 2.233.089 visitas domiciliares para controle focal que possibilitaram eliminação de 36 mil focos do vetor, inspeção em 29.869 pontos estratégicos, 789 fiscalização Sanitária com AGEFIS, 6.142 inspeções em imóveis de grande fluxo e 2.155 visita por demanda da população. Foram recolhidos, ainda, 1.265 toneladas de pneus inservíveis, entre outras atividades.
Histórico das Arboviroses em Fortaleza
Dados comparativos entre 2017 e 2018
Redução de:
90,9% dos casos de Dengue
99,1% de Chikungunya
95,9% de Zika
97,7% das Arboviroses no geral.
Dengue
315.784 casos registrados entre 1986 a 2018.
2016
21.836 casos com 10 Óbitos; Tx Inc 836,7 casos/100 mil hab.
2017
13.558 casos com 19 óbitos; Tx Inc 515,7 casos/100 mil hab.
2018
1.223 casos com 5 Óbitos; Tx Inc 46,5 casos/100 mil hab.
Chikungunya
2016
17.782 casos com 25 Óbitos; Tx Inc – 681,4 casos/100 mil hab
2017
61.710 casos com 144 Óbitos; Tx Inc - 2.348,4 casos/100 mil hab.
2018
527 casos com 1 Óbito; Tx Inc – 20,1 casos/100 mil hab.