A Prefeitura de Fortaleza apresentou o balanço de ações e plano 2018 do Comitê de Enfrentamento às Arboviroses, na manhã desta quinta-feira (18/01), no Paço Municipal. A atividade busca fortalecer e ampliar ações de combate de doenças como chikungunya, dengue e zika, no período de maior incidência dessas enfermidades.
“Essa é uma guerra de todos nós. Se fiscalizarmos nossas casas por dez minutos por semana, sendo o ciclo de oito dias para a larva se tornar madura, evitamos ter chikungunya, dengue e zika. É um preço muito pequeno a se pagar para não ter doenças tão graves. Para além de todas as ações da Prefeitura, temos que contar com todos em casa. Todos juntos fazemos a diferença”, afirmou o prefeito em exercício, Moroni Torgan.
Entre as atividades prioritárias para 2018 apresentadas em coletiva de imprensa, estão o fortalecimento das ações de educação em saúde e mobilização social, fortalecimento e implantação de brigadas em equipamentos públicos e privados, aumentos das atividades das operações Quintal Limpo, Senhora Faxina, Dia do Combate ao Mosquito e Detetive Contra o Aedes, conclusão de pesquisa científica da Prefeitura sobre Chikungunya, além de manutenção das ações porta a porta e de conscientização, entre outras.
Joana Maciel, secretaria da Saúde, lembrou, ainda, da ampliação dos centros de referência para cuidados e diagnósticos de Arboviroses. “Neste ano de 2018, iremos passar de 19 para 25 unidades de referência em postos de saúde, aumentando uma unidade em cada Regional, para que possamos trazer esse atendimento mais próximo da população”, contou. A gestora completou informando que as atividades que foram bem-sucedidas em 2017 serão mantidas, sendo fortalecidas, além da ampliação de outras a serem implementadas ainda este ano.
Coordenador de Vigilância em Saúde da capital, Nélio Morais, enfatizou a importância do engajamento de fortalezenses para a diminuição do número de casos neste ano. “Tivemos forte impacto da febre chikungunya no Estado e Capital em 2017. Aprendemos bastante, a doença é nova, mas o vetor não. Todas ações têm que ser concentradas no impedimento de criadouros e focos desse mosquito, pois quando se diminui a densidade vetorial, se diminui a carga desses mosquitos nas residências e diminui o impacto de transmissão. Por isso, precisamos de trabalho de parceria entre serviço público, com ações em campo, com visita casa nas casas, aplicação de larvicida, dando orientação, além da participação popular para ter atenção aos cenários de riscos dentro de casa”, declarou.
Só em 2017, foram 56.788 casos confirmados de chikungunya, 13.439 de dengue e 260 de zika. Somados, alcançam o número de 70.487 pessoas enfermas por essas doenças. Ao todo, foram notificados 107.711 casos, entre confirmados, descartados, inconclusivos e em investigação no mesmo período.
Ainda durante o ano passado, foram realizadas pela Prefeitura mais de 2 milhões de visitas domiciliares, vistoriados mais de 800 equipamentos públicos, realizado o redesenho do manejo clínico dessas doenças, implantado 19 salas de observação e referência em postos de saúde, capacitados 3.058 profissionais da saúde para o combate das enfermidades, além de ações como Senhora Faxina, Selo Escola Amiga da Saúde, Programa Detetives Contra o Aedes, entre diversos outros.
Neste ano, buscando fomentar e compartilhar informações científicas sobre a chikungunya, a Prefeitura realizará o I Seminário sobre Febre Chikungunya e Outras Arboviroses do Nordeste, em Fortaleza, com objetivo de trocar experiências e práticas para o enfrentamento das arboviroses entre a região.