Outubro foi um mês movimentado para a Secretaria de Cidadania e Direitos Humanos (SCDH). O mês, que é dedicado à prevenção e ao combate ao câncer de mama, contou com palestras informativas para mulheres de todas as idades em diferentes bairros de Fortaleza promovidas pela Coordenadoria de Políticas para as Mulheres.

Nesta quarta-feira (29/10), foi realizado o último encontro na Associação dos Moradores do Parque Santana no bairro Mondubim. Crianças, adolescentes, adultas e idosas compareceram para ouvir as instruções e tirar todas as dúvidas. A palestra foi conduzida por Paula Castro, coordenadora executiva da Coordenadoria de Politicas para as Mulheres. A gestora apresentou os serviços oferecidos pela SCDH e comentou sobre o Outubro Rosa e a importância da prevenção do câncer.

Segundo dados apresentados por Paula, o câncer de mama é o que mais mata mulheres no Brasil e no mundo. A cada hora, seis novos casos são descobertos no país. O número de pacientes com menos de 50 anos chega a 25% dos casos. Para este ano, são previstos 2060 novos casos apenas no Ceará. A constatação precoce do câncer de mama aumenta em 95% as chances de cura.

As mulheres do Parque Santana também receberam a visita de profissionais da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Jacinta Colares, funcionária da área técnica da saúde da mulher, reforçou a necessidade de as mulheres estarem atentas ao seu corpo. “Todas precisam procurar se conhecer, se olhar. E se notar alguma diferença nos seios, corra para o médico e faça os exames”. As presentes fizeram perguntas e aprenderam como fazer o autoexame, que é o passo inicial para detectar algum nódulo nas mamas. Risoneide da Silva, também da SMS, contudo, alertou que “o autoexame não substitui os exames clínicos”, lembrando da necessidade do acompanhamento médico e de se submeter à mamografia.

A dona de casa Aurileide Torres, de 43 anos, cuida da saúde e está por dentro sobre as formas de se prevenir da doença. “Este ano já fiz a mamografia e não deu nada, graças a Deus!”. Ela, que é mãe de três filhos, disse que amamentou bastante e não tem casos de câncer na família, que são dois fatores positivos contra a doença, mas, mesmo assim, permanece atenta. “É como dizem: se a gente se prevenir ou descobrir no começa, tudo tem cura”.

O depoimento de Iracema Lima encerrou o encontro tocando fundo as mulheres presentes: ela é uma sobrevivente do câncer. Em 2002, descobriu um tumor em uma das mamas; em 2005, um novo câncer no outro seio. Iracema compartilhou a experiência que teve com quimioterapia e as cirurgias para retirada total das mamas. Hoje, recuperada e de bem com a vida, Iracema integra o grupo Amigas do Peito, da Rede Mama. O grupo reúne mulheres que também venceram a doença e oferecem seu tempo e seu carinho para ajudar outras que estão na batalha contra o câncer. O exemplo de Iracema reforçou nas mulheres a importância do cuidado consigo mesmas e de que é possível superar o câncer.