A Prefeitura de Fortaleza apresentou, nesta terça-feira (05/12), no Paço Municipal, o terceiro Levantamento de Índice Rápido Amostral ao Aedes aegypti (LIRAa) de 2017. A metodologia do estudo, promovido pelo Ministério da Saúde, objetiva fortalecer o controle de ações contra o mosquito vetor de arboviroses, como dengue, zika vírus e febre chikungunya. A partir da intersetorialidade de ações promovidas pela Prefeitura, o relatório final registrou em 0,6% o Índice de Infestação na Capital, classificando-a entre as cidades de menor risco epidêmico do Brasil.
As diretrizes do Levantamento, realizado durante o período de 23 de outubro a 1º de novembro de 2017, analisaram, nos 119 bairros de Fortaleza, cerca de 43.810 imóveis. Diante do cenário avaliado, no relatório apresentado, constam informações acerca do Índice de Infestação Predial (IPP), dos tipos de recipientes predominantes e dos tipos de imóveis com criadouros relativos ao mosquito Aedes aegypti.
Confira aqui a íntegra do relatório.
O Ministério da Saúde estratifica o Índice de Infestação Predial (IIP), que classifica o número de imóveis com focos de Aedes aegypti no estágio de larvas e/ou pupas, em três patamares distintos. “Há uma escala de três níveis capaz de determinar o Índice de Infestação Predial. O percentual abaixo de 1% sugere, de acordo com o Ministério, níveis de estabilidade no tocante ao controle do vetor das arboviroses predominantes em Fortaleza, sobretudo. Aqueles municípios cujos índices estão entre 1 e 3,9% já demonstram sinais de alerta. E, acima de 4%, apresentam cenário de risco e de vulnerabilidade para a ocorrência de epidemias. Portanto, Fortaleza, ao registrar índice de 0,6%, classificou-se de forma mais segura. Porém, sabemos que, neste período do ano, normalmente, há um declínio do índice de infestação por questões climáticas e ambientais. A diminuição da chuva, os processos de umidade da Cidade não favorecem a proliferação do vetor. Precisamos intensificar nossos esforços para estarmos preparados para enfrentar a próxima quadra chuvosa”, esclareceu o coordenador de Vigilância em Saúde da Secretaria da Saúde de Fortaleza, Nélio Morais.
Em 2017, cerca de 56 mil casos de arboviroses foram confirmados. Os esforços preventivos e remediativos, desprendidos pela Prefeitura de Fortaleza, visam à minimização de riscos à população, sobretudo a distribuída pelas áreas mais vulneráveis da Cidade. As iniciativas promovidas, fortalecidas pelo Comitê Municipal de Enfrentamento às Arboviroses, são intersetoriais e envolvem aspectos educacionais e fiscalizadores.
“Temos que continuar trabalhando intensamente o comitê intersetorial. A educação, por exemplo, nunca foi tão envolvida com essa questão como agora. As escolas estão participando, recebendo selos e cartilhas contra o Aedes. A Agência de Fiscalização de Fortaleza, que assume a responsabilidade pelo comércio, que é uma área estratégica, está atenta diante dos processos que envolvem alvarás sanitários e licenças”, destacou Nélio Morais, enfatizando a importância das ações coordenadas pela Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma) e pela Secretaria de Conservação e Serviços Públicos, que, a partir da gestão inteligente de resíduos sólidos, vem minimizando os impactos causados pelo descarte irregular de lixo.