Até a primeira quinzena do mês de agosto, a cidade de Fortaleza já terá em funcionamento um Comitê de Prevenção aos Homicídios na Adolescência. O anúncio foi feito pelo prefeito Roberto Cláudio, nesta quarta-feira (05/07), durante audiência no Paço Municipal, em que recebeu integrantes do Comitê Estadual de Prevenção de Homicídios na Adolescência, entre os quais o deputado estadual Renato Roseno e o coordenador do Unicef, Rui Aguiar. Também participaram da reunião os secretários municipais de Cultura, Evaldo Lima; de Juventude, Julio Brizzi; e de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Combate à Fome, Elpídio Nogueira.
O trabalho do comitê vai envolver pesquisas de campo, audiências públicas e a elaboração de um relatório com propostas de intervenção por meio de políticas públicas com meta de redução no número de homicídios de adolescentes na Capital.
“Vamos elaborar um plano municipal, a partir de uma proposta de lei que será enviada à Câmara Municipal, com metas de redução de homicídios de adolescentes ao longo dos anos. É uma grande oportunidade para explorar um conjunto de medidas. Por isso, vamos fazer um projeto piloto, que será lançado em agosto, para lançar ações concretas na prevenção da violência em bairros específicos. Temos que evitar essas mortes e não tenho a presunção de pensar que isso será fácil. Mas vamos pensar em uma política que chegue junto da juventude, para que os jovens possam construir um novo projeto de vida”, explicou o prefeito Roberto Cláudio.
O deputado Renato Roseno destacou que o Comitê Municipal, que funcionará em conjunto com o da Assembleia Legislativa, terá foco na área de projetos e assistências sociais, saúde e educação. “Apesar do grande número de homicídios na cidade, Fortaleza é o Município que mais tem a capacidade de resolver esse problema. O comitê vai poder atuar, apontando onde e o motivo porque esses meninos morreram, ajudando a prevenir essa violência”, disse.
Para o coordenador do Unicef, Rui Aguiar, “a experiência em Fortaleza deverá servir para ser replicada em outras oito capitais que, como Fortaleza, vivem o drama da alta mortalidade entre jovens”. Hoje, 44% das mortes de adolescentes ocorrem em áreas muito especificas das Regionais I, V e VI, em territórios que não ultrapassam 15% da extensão territorial da Capital.