O prefeito de Fortaleza, Roberto Claudio, o representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, Gary Stahl, e o coordenador da Unicef para os Estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí, Rui Aguiar, assinaram nesta terça-feira (22/10), no CUCA Barra, o termo de parceria para a implementação da Plataforma dos Centros Urbanos na cidade. A iniciativa será gerenciada em Fortaleza pelo titular da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas da Juventude, Élcio Batista, com o apoio da Primeira Dama de Fortaleza, Carol Bezerra.

Após a assinatura do termo, serão três meses para construir a metodologia e estruturar o projeto, que iniciará em março de 2014 e seguirá até o fim da gestão. O trabalho começará com a análise de dez indicadores na área da infância, com recortes por regiões da cidade, que permitirão diagnosticar as desigualdades existentes e as áreas mais vulneráveis. A partir desta análise, serão planejadas melhorias nas políticas públicas e ações que precisam ser realizadas nas diferentes regiões, para que as desigualdades diminuam mais rapidamente.

“Hoje assinamos um compromisso diferente que se expande para a Juventude. Nós precisamos criar uma base de dados, de indicadores. Não podemos lidar só com obras físicas, nós lidamos com vidas. Precisamos conhecer os jovens que estão nos CUCAs. O que vai fazer a diferença é esse projeto de Juventude para proporcionar mudanças individuais”, ressaltou Roberto Cláudio.

Segundo o coordenador da Juventude, um conjunto de indicadores serão acompanhados por jovens voluntários, qualificados para atender as famílias beneficiadas pelo Bolsa Família e que estão nas áreas de maior vulnerabilidade social. Além disso, haverá um banco de dados com todas as informações dessas famílias, que serão acompanhadas pela Prefeitura durante o programa. “Com o Unicef e a Prefeitura, através do protagonismo dos jovens, vamos conseguir transformar a realidade do indivíduo, da família e da comunidade. Você cobre todas as dimensões”, explicou Élcio.

Durante o projeto, os parceiros trabalharão juntos para melhorar as condições de vida das crianças e dos adolescentes, especialmente daquelas que têm seus direitos mais violados, reduzindo as desigualdades na cidade. Organizações da sociedade civil, empresas, igrejas, mídia, associações comunitárias e os próprios adolescentes serão mobilizados para participar da iniciativa. Os dados serão monitorados até 2016, quando o Unicef divulgará nacional e internacionalmente os resultados alcançados e os desafios que ainda persistirem.

“Vamos fazer uma linha de base e vamos acompanhar todo o processo com todos os parceiros, principalmente a Prefeitura, mas todos os parceiros da cidade de Fortaleza. E ao final dos quatro anos, vamos analisar essa linha de base para ver o que melhorou e o que não melhorou. É mais analisar o rumo que tem a cidade de Fortaleza”, explicou o representante do Unicef no Brasil, Gary Stahl.

A primeira dama de Fortaleza, Carol Bezerra, voltou a ressaltar que a crianças e adolescentes estão sendo priorizados pela gestão e destacou a importância do trabalho. “A implementação da Plataforma dos Centros Urbanos em Fortaleza já faz parte dessas ações que têm o intuito de melhorar as condições de vida das crianças e dos adolescentes. É muito importante para Fortaleza ser uma das cidades que vai participar da Plataforma. Importante para a cidade, importante para as nossas crianças e adolescentes", afirmou Carol.

Também estão convidadas a participar da Plataforma dos Centros Urbanos outras sete cidades: Belém,  Maceió, Manaus, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís e São Paulo. Fortaleza é a primeira capital a aderir ao programa em 2013.

Sobre a Plataforma dos Centros Urbanos

O primeiro ciclo da Plataforma dos Centros Urbanos foi realizado entre 2008 e 2012, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Neste período, foram observados avanços como a ampliação nos serviços de atendimento à saúde das famílias, no número de crianças em creches e pré-escolas e na quantidade de crianças com deficiência matriculadas, por exemplo. A iniciativa foi fundamental para promover a mobilização das comunidades populares na construção de iniciativas voltadas à melhoria das condições de vida de seus meninos e meninas.