As Prefeituras de Fortaleza e de Caucaia irão realizar a 16ª Operação Fronteira em Combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya. As estratégias foram definidas nesta sexta-feira (14/06), durante reunião do Comitê Intersetorial de Combate às Arboviroses, instituído desde 2017 pela Prefeitura de Fortaleza. A Operação Fronteira nos bairros limítrofes entre Fortaleza e Caucaia ocorrerá de 2 a 5 de julho. A ação conjunta envolverá 13 bairros, atingindo uma população de 17 mil pessoas. 7 mil prédios devem ser visitados.
A reunião foi conduzida pela secretária municipal da Saúde de Fortaleza em exercício, Ana Estela Fernandes, e contou com a participação de representantes das Secretarias de Urbanismo e Meio Ambiente, da Educação e das Regionais, que acompanharam a apresentação do segundo Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) de 2019. A Prefeitura de Caucaia foi representada pelo secretário da saúde, Moacir Soares
De acordo com o coordenador da Vigilância Ambiental da SMS, Nélio Moraes, a Capital apresenta uma situação confortável em relação as arboviroses, diferente de várias outras cidades brasileiras onde se registra aumento de 500% no número de casos. A situação de infestação do mosquito preocupa em 10 dos 119 bairros, que puxaram um ligeiro aumento de 0,3% no índice de infestação do mosquito em relação ao primeiro levantamento realizado em 2019.
Ana Estela Fernandes destacou a importância de mobilização dos profissionais de saúde para que fiquem alertas para possibilidade de dengue nos casos de febre. “Como temos poucos casos de dengue registrados, acaba-se esquecendo que o vírus está em circulação. A notificação das suspeitas é importante para que possamos acompanhar a situação epidemiológica e realizar rapidamente o bloqueio dos casos”, ressaltou.
Moacir Soares, anunciou que Caucaia, entendendo que o combate ao Aedes aegypti não é um problema de vigilância sanitária, mas de gestão municipal, seguiu o exemplo de Fortaleza e também criou um Comitê Intersetorial de Combate às Arboviroses, que envolve as Secretarias de Saúde, Educação, Comunicação, Meio Ambiente e Assistência Social. Segundo ele, os resultados também têm se mostrado significativos na redução dos casos. Para o Secretário, a Operação Fronteira será uma oportunidade também de troca de conhecimentos, destacando que o combate ao mosquito tem que se dar não só nos bairros, mas entre municípios adjacentes, fronteiras interestaduais e no âmbito nacional para que o sucesso seja obtido.