“A Rede Cuca é a minha segunda casa”. É assim que Iuri Wesley (18), morador da Barra do Ceará e atleta do triathlon, descreve a Rede Cuca. O jovem, que frequenta o Cuca Barra há mais de quatro anos, descobriu no equipamento a paixão pelo esporte. “Eu conheci a Rede Cuca através do esporte com um amigo. Comecei no futsal, depois comecei natação e, em seguida, fui para o triathlon. Já vou fazer dois anos nesta modalidade”, conta.
No dia 21 de fevereiro, a Rede Cuca comemora sete anos de funcionamento e assim como para o Iuri, a Rede Cuca tornou-se a segunda casa de muitos jovens. Nesse período, foram registrados 760.158 jovens atendidos e mais de 2 milhões de atendimentos em geral. Mesmo em um momento delicado como a pandemia de Covid-19, em 2020, a Rede Cuca atendeu 179.165 jovens, grande parte de forma remota por questão de segurança para tentar conter a disseminação da doença.
Além de um local de mudanças e oportunidade, Iuri diz o quanto sente-se bem na Rede Cuca e deseja isso para todos. “Tenho muitos sentimentos bons pela Rede Cuca. Jamais quero esquecer que ela quem me tirou de outros mundos. É ela que me fez bem. Depois que conheci a Rede Cuca, eu mudei. Mudei meu jeito de pensar e de agir. Quero isso para todos. Quem conhece a Rede Cuca se sente bem”, afirma.
Atualmente, a Rede conta com quatro equipamentos localizados na Barra do Ceará, Mondubim, Jangurussu e José Walter, esse último inaugurado no final de 2020. A previsão é que ainda no primeiro semestre de 2021, mais um equipamento seja entregue, desta vez no bairro Pici.
Aproximadamente, 400 mil jovens de Fortaleza estão próximos à Rede Cuca e a Maria Ju (24), moradora do Jangurussu, é uma deles. Frequentadora do espaço há quase sete anos, a arte-educadora faz parte do projeto Comunidade em Pauta e participa de várias atividades.
A jovem define a Rede Cuca como um espaço de oportunidades. “Sempre digo que o espaço e as pessoas me deram um grande aprendizado. São sete anos frequentando a Rede Cuca e sempre vi avanços culturalmente na vida de vários jovens. Meu sentimento pelo espaço hoje é de carinho, mas um carinho enorme, porque reconheço tudo o que me ofereceram e tenho gratidão”, diz.
Nesses sete anos, os colaboradores que fazem a Rede Cuca são peças fundamentais para o sucesso desta política pública de juventude. A professora de informática, Leilana Lopes (43), lembra que a receptividade e o acolhimento marcaram sua vida pessoal e profissional desde sua chegada em 2016. “O que me marcou foi a receptividade e acolhimento, tanto na minha vida pessoal como profissional. Em 2018, infelizmente, fui diagnosticada com câncer, foram dias difíceis e tenho eternos agradecimentos a todos. Na minha vida profissional, a inclusão dos jovens, independente de qualquer situação, é algo incrível. O sentimento é de orgulho de fazer parte desta história”.
Isabela Melo (20) não sabia ao certo o que era a Rede Cuca até pesquisar opções para ocupar seu tempo. A jovem viu a oferta de cursos em fotografia e audiovisual no Cuca Mondubim e fez a inscrição. A partir daí, Isabela participou de outros cursos, esportes e eventos. Mas foi nos editais de comunicação como, Repórter Cuca e Monitoria de Jovens Comunicadores, que a videomaker se encontrou profissionalmente.
A jovem diz que conhecer a Rede Cuca foi um marco na sua vida pessoal e profissional. “Vários ciclos marcaram minha vida profissional e pessoal, mas o que mais me marcou foi conhecer a Rede Cuca porque realmente era uma coisa fora da minha realidade. Eu nunca imaginaria um equipamento com tantas coisas gratuitas. Saber que lá formam pessoas, tem estrutura, profissionais qualificados, apoio (...) Saber que tudo isso existe e dá certo foi incrível para mim”, celebra.
Durante os dias 19 a 27 de fevereiro, será ofertada uma programação especial on-line para celebrar o aniversário da Rede Cuca.
Confira a programação completa
Sobre a Rede Cuca
É uma rede de proteção social e oportunidades, criada em 21 de fevereiro de 2014 e formada por quatro Centros Urbanos de Cultura, Arte, Ciência e Esporte (Cucas), mantidos pela Prefeitura de Fortaleza, por meio da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas de Juventude.
Os equipamentos ofertam cursos, práticas esportivas e produções na área de comunicação e atividades que fortalecem o protagonismo juvenil e realizam a promoção e garantia de direitos humanos.
Prioritariamente, a Rede Cuca atende jovens entre 15 e 29 anos, mas também oferta atividades e serviços para o público em geral.
Nos últimos anos, já são ofertadas turmas em cursos, oficinas e práticas esportivas voltadas para pessoas fora da faixa etária prioritária. Os Cucas também são pontos de apoio e referência para serviços básicos de outros setores da cidade, como vacinação, complemento nas atividades escolares, assistência social e postos para busca de empregos.
Além disso, a Rede Cuca visa trazer para a periferia de Fortaleza possibilidades, e alternativas de fruição cultural por meio da realização de eventos, festivais, mostras, exposições, espetáculos e sessões de cinema, espetáculos de dança, e apresentação de bandas.
Acesso à cultura
Nestes setes anos, a Rede Cuca consolidou diversas atividades culturais na grade da programação, dentre elas, sessões de cinemas, espetáculos de dança, teatro, circo e apresentação de bandas nos palcos na Rede Cuca Barra, Jangurussu e Mondubim, ajudando a democratizar, desta maneira, a cultura e ampliando o acesso para todos.
Os projetos culturais realizados na Rede Cuca também oferecem espaços para artistas e grupos locais que estão no início da carreira, fomentando o conhecimento aliado à prática, como é o caso do Festival de Música da Juventude, Festival de Dança e projeto Ensaios Abertos.
Durante esses anos, a Rede Cuca também estabeleceu a maior virada cultural da periferia da Cidade, o Viradão da Juventude, e o maior arraiá de Fortaleza.
Rede de campeões
Hoje, a Rede Cuca oferta 30 modalidades esportivas. São elas: Triathlon, handebol, futebol de areia, futsal, voleibol, vôlei de praia, MMA, muay thai, capoeira, judô, karatê, jiu-jitsu, pilates, treinamento funcional, massagem desportiva, jogos coletivos, basquete, natação, hidroginástica, nado sincronizado, surf, beach hand, badminton, skate, tênis de mesa, Cross Cuca, polo aquático, stand up, zumba e taekwondo
Durante esses sete anos, atletas foram destaque e representaram Fortaleza em campeonatos regionais, nacionais e internacionais, trazendo resultados importantes para a cidade.
A Rede Cuca é o primeiro equipamento público de Cross Training do Brasil. As Olimpíadas da Juventude de Fortaleza e as SuperCopas também são projetos de destaque realizados no equipamento.
Juventude ativa e saudável
A Diretoria de Promoção de Direitos Humanos e Cultura (DPDHC) atua na orientação preventiva, visando a proteção à saúde dos jovens.
Dentre as ações, estão o atendimento psicossocial e encaminhamento a Rede de Proteção Social; atendimento inicial para demandas relacionadas à saúde, o “Cuca Saudável”, espaço de referência na Rede Cuca para as ações de promoção de saúde, que inclui testagens de HIV/Aids, por meio de fluido oral e punção digital, sífilis, Hepatite B e Hepatite C, aconselhamento, educação em saúde e direitos humanos, e orientações sobre os riscos e agravos decorrentes do uso de drogas.
Inovação e empregabilidade
A inserção de jovens no mercado de trabalho também é um compromisso da Rede Cuca. A Coordenação de Trabalho e Empregabilidade atua diretamente como instrumento de políticas públicas de combate ao desemprego e na intermediação de mão de obra.
O objetivo do setor é a inclusão e reinserção de jovens no mercado por meio do acesso à qualificação profissional, educação e informação sobre o mercado de trabalho e apoio a iniciativas de geração de emprego e renda.