Por meio das modalidades esportivas disponibilizadas na Rede Cuca, a Prefeitura de Fortaleza tem buscado aprimorar a inserção de jovens com algum tipo de deficiência física, contribuindo para promover para a prática esportiva, mas também a inclusão social, a saúde integral e a autoestima dos paratletas.
Os quatro equipamentos municipais, localizados na Barra do Ceará, Jangurussu, Mondubim e José Walter, contam com estrutura física direcionada para inclusão e acessibilidade dos jovens.
Sheldon Breno, de 29 anos, é paratleta de natação há oito anos. O esporte entrou na sua vida por indicação médica, após ter sido diagnosticado, ainda criança, com displasia óssea, uma inflamação nas articulações que causam atrofia muscular. Aos 13 anos, Sheldon manifestou sintomas mais graves da doença, perdendo grande parte da mobilidade do corpo.
Há dois anos, ele conheceu a Rede Cuca. Primeiro, começou treinando no Cuca Barra, e atualmente, frequenta o Cuca José Walter, duas vezes por semana, equipamentos onde pode atestar a acessibilidade e conferir o apoio dos professores.
"Sempre treinei em vários lugares, mas sempre desejei treinar no Cuca, pois sei que temos muitas oportunidades. Gosto muito da estrutura dos Cucas, pela acessibilidade. E o que preciso, os professores me auxiliam", ressalta.
Atualmente, o jovem é campeão brasileiro universitário. Em São Paulo, nas Paralimpíadas Universitárias, ficou entre os três melhores colocados, além de ter disputado várias regionais em Maceió, Recife, entre outros.
Modalidades paralímpicas
Atualmente, a Rede Cuca disponibiliza oito modalidades esportivas paralímpicas: basquete, vôlei, tênis de mesa, triatlo, natação, judô, badminton e taekwondo. O acesso é gratuito. Todo mês, a rede Cuca disponibiliza mais de seis mil oportunidades para cursos e práticas esportivas.
Falando em oportunidades, Sheldon foi bolsista do programa Bolsa Jovem em 2020. "O Bolsa Jovem foi um divisor de águas pra mim. Foi muito melhor do que eu poderia imaginar, pois consegui comprar materiais, já que não tinha nenhum, e realizar meus treinos em casa, uma vez que foi tudo fechado por conta da pandemia. Também consegui investir na alimentação e suplementação. Essa com certeza foi a melhor bolsa que recebi até hoje", avalia.
Estudante de marketing e gerente de uma pequena empresa de gráfica rápida, Sheldon costura seus sonhos para o futuro visando às Paralimpíadas. "O ápice da minha vida seria, com toda certeza, participar de uma Paralimpíada. Quero construir uma carreira de sucesso no esporte", diz.
Sobre o Bolsa Jovem
Neste ano, o Bolsa Jovem beneficia três mil jovens em situação de vulnerabilidade na Capital, com idade entre 15 e 29 anos, para desenvolverem suas habilidades em diferentes áreas de interesse, por meio da concessão de bolsa durante um ano.