31 de December de 2023 em Fortaleza

Réveillon de Fortaleza contou com estruturas diversas para garantir a acessibilidade

O plano de acessibilidade para pessoas com deficiência (PCDs) elaborado para o Réveillon 2024 proporcionou mais conforto e segurança a este público durante os três dias de festa


Rochely na área para pessoas com deficiência no réveillon
Rochely Nobre é cadeirante e, pelo segundo ano, está no Réveillon de Fortaleza. Enquanto esperava ansiosa pelo show do DJ Alok, ela comentou as melhorias na estrutura de acessibilidade (Foto: Tainá Cavalcante)

O plano de acessibilidade para pessoas com deficiência (PCDs) elaborado para o Réveillon 2024 proporcionou mais conforto e segurança a este público durante os três dias de festa.

A área para pessoas com deficiência (PCD), adaptada às normas da Lei Brasileira de Inclusão (LBI) e da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), foi montada na lateral direita do palco, ao lado da Avenida Beira-Mar, a 15 metros de distância da área frontal do palco. A entrada da área conta com sinalização adequada para identificação do espaço, além de rampa com controle de acesso e passarela até o elevado.

O acesso das pessoas ao aterro também foi garantido pela Autarquia Municipal de Trânsito (AMC), com desembarque mais próximo da entrada. O espaço, com capacidade para 100 pessoas, incluiu acompanhantes. Também foram disponibilizados dois banheiros adaptados localizados ao lado da área PCD (um masculino e um feminino).

Rochely Nobre é cadeirante e, pelo segundo ano, está no Réveillon de Fortaleza. Enquanto esperava ansiosa pelo show do DJ Alok, ela comentou as melhorias na estrutura de acessibilidade.

“Está maravilhoso. Dá para ir ao banheiro, consegui trazer acompanhante, o acesso ficou muito bom, melhor que o ano passado. O espaço também está mais amplo, gostei muito”, afirmou.

Também foram disponibilizados fones de ouvido para pessoas cegas ou com baixa visão. Os fones contavam com audiodescrição em tempo real dos shows, traduzindo imagens em palavras, proporcionando uma ideia tridimensional do evento.

Além disso, o show da virada contou com fogos silenciosos, por uma questão de cuidado com as pessoas autistas, pessoas com hipersensibilidade sensorial, além de outros grupos afetados pelo barulho como crianças, idosos e animais.

João Paulo é dançarino e cadeirante e aproveitou dois dos três dias de festa. Ele destacou a importância de entender a acessibilidade e o direito ao lazer de pessoas com deficiência: “A deficiência não é uma coisa só, é uma diversidade, e é algo que pode acontecer com qualquer pessoa. Elas querem ter o direito de usufruir, de participar da vida da cidade”, destacou.

Tradução em Libras

Os telões de LED ao lado do palco trouxeram profissionais intérpretes de Libras com tradução em tempo real durante o evento. De acordo com José Bezerra, intérprete e responsável pela acessibilidade do evento, houve uma preocupação em trazer uma experiência completa para surdos.

“Nós começamos a desenvolver o que chamamos de intérprete artístico. A equipe vê roupa, figurinos, vê as músicas antes, fazendo toda a adaptação. Até pouco tempo atrás não havia essa oportunidade dessas pessoas estarem curtindo os seus cantores, e hoje com o intérprete de Libras através de um telão eles conseguem sentir e se emocionar”, detalha.

Ao todo, 12 intérpretes trabalharam durante os três dias. Nailda Ferreira, que é surda, esperou ansiosa a chegada de Wesley Safadão no palco. Ela mora em Fortaleza e veio pela segunda vez ao Réveillon. “A gente se sente muito confortável ao estar presente nesse momento. Ter a presença dos intérpretes é muito importante porque é a única maneira que a gente consegue compreender o que está sendo cantado. A gente vê, se emociona e participa da festa”, celebrou.

Réveillon de Fortaleza contou com estruturas diversas para garantir a acessibilidade

O plano de acessibilidade para pessoas com deficiência (PCDs) elaborado para o Réveillon 2024 proporcionou mais conforto e segurança a este público durante os três dias de festa

Rochely na área para pessoas com deficiência no réveillon
Rochely Nobre é cadeirante e, pelo segundo ano, está no Réveillon de Fortaleza. Enquanto esperava ansiosa pelo show do DJ Alok, ela comentou as melhorias na estrutura de acessibilidade (Foto: Tainá Cavalcante)

O plano de acessibilidade para pessoas com deficiência (PCDs) elaborado para o Réveillon 2024 proporcionou mais conforto e segurança a este público durante os três dias de festa.

A área para pessoas com deficiência (PCD), adaptada às normas da Lei Brasileira de Inclusão (LBI) e da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), foi montada na lateral direita do palco, ao lado da Avenida Beira-Mar, a 15 metros de distância da área frontal do palco. A entrada da área conta com sinalização adequada para identificação do espaço, além de rampa com controle de acesso e passarela até o elevado.

O acesso das pessoas ao aterro também foi garantido pela Autarquia Municipal de Trânsito (AMC), com desembarque mais próximo da entrada. O espaço, com capacidade para 100 pessoas, incluiu acompanhantes. Também foram disponibilizados dois banheiros adaptados localizados ao lado da área PCD (um masculino e um feminino).

Rochely Nobre é cadeirante e, pelo segundo ano, está no Réveillon de Fortaleza. Enquanto esperava ansiosa pelo show do DJ Alok, ela comentou as melhorias na estrutura de acessibilidade.

“Está maravilhoso. Dá para ir ao banheiro, consegui trazer acompanhante, o acesso ficou muito bom, melhor que o ano passado. O espaço também está mais amplo, gostei muito”, afirmou.

Também foram disponibilizados fones de ouvido para pessoas cegas ou com baixa visão. Os fones contavam com audiodescrição em tempo real dos shows, traduzindo imagens em palavras, proporcionando uma ideia tridimensional do evento.

Além disso, o show da virada contou com fogos silenciosos, por uma questão de cuidado com as pessoas autistas, pessoas com hipersensibilidade sensorial, além de outros grupos afetados pelo barulho como crianças, idosos e animais.

João Paulo é dançarino e cadeirante e aproveitou dois dos três dias de festa. Ele destacou a importância de entender a acessibilidade e o direito ao lazer de pessoas com deficiência: “A deficiência não é uma coisa só, é uma diversidade, e é algo que pode acontecer com qualquer pessoa. Elas querem ter o direito de usufruir, de participar da vida da cidade”, destacou.

Tradução em Libras

Os telões de LED ao lado do palco trouxeram profissionais intérpretes de Libras com tradução em tempo real durante o evento. De acordo com José Bezerra, intérprete e responsável pela acessibilidade do evento, houve uma preocupação em trazer uma experiência completa para surdos.

“Nós começamos a desenvolver o que chamamos de intérprete artístico. A equipe vê roupa, figurinos, vê as músicas antes, fazendo toda a adaptação. Até pouco tempo atrás não havia essa oportunidade dessas pessoas estarem curtindo os seus cantores, e hoje com o intérprete de Libras através de um telão eles conseguem sentir e se emocionar”, detalha.

Ao todo, 12 intérpretes trabalharam durante os três dias. Nailda Ferreira, que é surda, esperou ansiosa a chegada de Wesley Safadão no palco. Ela mora em Fortaleza e veio pela segunda vez ao Réveillon. “A gente se sente muito confortável ao estar presente nesse momento. Ter a presença dos intérpretes é muito importante porque é a única maneira que a gente consegue compreender o que está sendo cantado. A gente vê, se emociona e participa da festa”, celebrou.