Os dois dias de festa do Réveillon de Fortaleza, o maior do Norte e Nordeste, foram concluídos com o recolhimento de mais de oito toneladas de resíduos recicláveis. A iniciativa é uma realização do Projeto Re-ciclo, da Prefeitura de Fortaleza, da startup Solos, do iFood e da Ecofor e recolheu plástico, alumínio, papel e papelão.
Além da reciclagem, o projeto Re-ciclo e seus apoiadores irão realizar o plantio de oito mil árvores, sendo mil para cada tonelada de resíduo coletada. A proposta busca contribuir com a sustentabilidade, além de aumentar a cobertura vegetal de Fortaleza.
"É uma questão de responsabilidade social, caminhando para o lixo zero e também avançando no plantio e na inclusão social", destacou Rennys Frota, secretário da Regional 2.
Durante o Réveillon de Fortaleza, 350 catadores das associações Raio de Sol, Ascabonja, Mulheres de Luta em Cena, Viva a Vida, Machado de Assis e Asca-Rosa, além de trabalhadores autônomos, colaboraram com o recolhimento dos resíduos.
"Nós já temos autuado, juntamente a Prefeitura, na limpeza da cidade com o projeto Re-ciclo. Então a ideia foi transformar esse evento, maior festa do Norte e Nordeste, na sustentabilidade. Trouxemos catadores não trabalham com a gente no dia-a-dia, mas que tem a oportunidade de conhecer o programa, saber as oportunidades e ter uma remuneração mais digna", defendeu Saville Alves, cofundadora da Solos.
Para Maria Marta Gomes da Costa, presidente do coletivo Mulheres em Cena da Serrinha, o ano novo foi uma oportunidade de ter visibilidade social.
"Estou muito feliz com essa parceria. A gente deu o gás nesses dois dias. E esperamos ter o reconhecimento do nosso trabalho, não só pelo poder público, mas pelo cidadão que vai encontrar a praia limpa no próximo dia", defendeu.
Ao longo da área do evento, também foram instalados 40 pontos de descarte de materiais com sinalização sobre o manejo adequado de cada tipo de resíduos. A inciativa busca conscientizar a população sobre a destinação correta do lixo.
Todo o material coletado nos dois dias de festa foi levado para as duas centrais de reciclagem montadas no Aterro da Praia de Iracema.
Os resíduos foram separados, pesados, armazenados e, por fim, encaminhados para o galpão das associações de reciclagem.
Ao todo, das oito toneladas de material coletado, 15% foi de plásticos, 17% de alumínio, 64% de vidro e 4% de papelão. Os dois dias de trabalho geraram uma renda média de R$ 660 para cada catador, o dobro do valor que eles tiram por mês.