14 de June de 2022 em Educação

Trabalhos de pesquisa de alunos são eleitos para Feira Municipal de Ciências 2022

Etapa escolar da feira elegeu os dois melhores trabalhos de cada unidade que vão concorrer à fase distrital no segundo semestre


Imagem de alunos com professor
Equipe de alunos do trabalho “Saúde Quântica” com o professor de ciências Tibério Sávio e a diretora Aurenice Alves

A temática saúde e bem-estar foi a aposta das duas equipes vencedoras da Escola Municipal Dom Manuel da Silva Gomes, no Jardim América, na etapa escolar da XI Feira Municipal de Ciências e Cultura de Fortaleza. Com os trabalhos “Saúde Quântica” e “Saúde e Espiritualidade”, os alunos foram escolhidos por professores da unidade escolar e vão representar a instituição no evento, que está com inscrições abertas para o edital 2022 até o dia 24 de junho. Os estudantes vão disputar com pesquisas de outras unidades escolares da Rede Municipal na etapa distrital, que ocorre de 29 de agosto a 1 de setembro.

O trabalho da estudante Ana Alice Campelo, do 9º ano, desenvolvido em parceria com mais seis colegas, foi um dos escolhidos entre os 21 trabalhos apresentados na Escola Municipal Dom Manuel da Silva Gomes.“Nosso trabalho foi ‘Saúde Quântica’ e escolhemos a temática por conta do momento que vivemos pós-pandemia. Tivemos muitos aprendizados no desenvolvimento dele. Não tinha ideia do que era saúde quântica antes da pesquisa. A gente se dedicou muito e ficamos felizes por representar a escola na feira”, conta.

O professor de Ciências Tibério Sávio conduziu o andamento das pesquisas na escola desde o início deste ano letivo. Ele observa que o trabalho multidisciplinar trouxe benefícios amplos para os estudantes. "As pesquisas foram enriquecedoras para a saúde mental dos alunos. Eles se dedicaram na elaboração dos trabalhos e superaram nossa expectativa. Percebo que eles estão aprendendo a lidar melhor com suas emoções”, avalia.

Além disso, o educador considera o evento um estimulador do pensamento criativo e da imaginação dos estudantes da educação básica. A experiência de retomar os estudos elaborados em equipe também teve importância. “A física quântica é um conteúdo que os alunos só vão ver no Ensino Médio e eles já estão aprendendo no 9º ano. Isso faz com o que os estudantes saiam mais preparados do Ensino Fundamental”, defende Tibério, que conta ainda que a unidade escolar já teve trabalhos que chegaram à etapa distrital da Feira de Ciências nas edições de 2018 e 2021.

A realização deste evento proporciona muito mais do que o letramento científico dos alunos. A diretora Aurenice Alves comenta que a iniciativa impacta até no engajamento dos estudantes na escola. Um exemplo disso foi a participação deles na etapa escolar, que ocorreu na última sexta-feira (10/06), quando a escola teve 100% de frequência no turno da manhã. “Mais de 400 alunos estiveram participando do evento na escola. Achei fantástico. Os trabalhos estavam maravilhosos e toda a escola se engajou”, diz a gestora, motivada.

Alunos da Rede
A literatura de cordel foi o tema dos dois trabalhos vencedores da Escola Municipal João Saraiva Leão

Literatura e regionalismo

Outra unidade que realizou a etapa escolar na sexta-feira (10/06) foi a Escola Municipal João Saraiva Leão, na Lagoa Redonda. Patrimônio imaterial da cultura brasileira, a literatura de cordel foi o tema escolhido pelos alunos do 5º ano.

Desde 2019, quando chegou à etapa distrital do evento, a unidade escolar segue a proposta incentivada por toda a Rede Municipal: agregar esta experiência a alguma dificuldade predominante sobre os alunos. Diferente do ano anterior à pandemia, em que o maior desafio era a matemática, nesta edição os esforços se voltaram para o incentivo à leitura e escrita.

Com referências regionais nas blusas e no cenário, além de comidas típicas à mesa, duas turmas do 5º ano venceram a etapa escolar ao expor repertório didático em formato de cordel sobre os tipos textuais. Para Cláudio Freitas, um dos orientadores da sala que abordou os tipos procedimental e argumentativo, o sucesso do trabalho dos alunos é resultado de uma ação de continuidade.

“Nós sempre temos as melhores expectativas, justamente porque esse trabalho vem sendo desenvolvido há um bom tempo, com a participação da escola em diferentes feiras, congressos e na Bienal do Livro. Temos um projeto de cordel na escola desde 2019, então este tema faz parte do nosso cotidiano escolar”, diz o professor e orientador Inácio Alves que, no mesmo ano, participou do Edital de Boas Práticas com um trabalho científico ligado ao cordel.

Aprendizados como as estruturas linguísticas e as funções da linguagem também estiveram entre os ganhos obtidos pela Feira Municipal de Ciências e Cultura na unidade escolar. Segundo a estudante Yasmim Dantas, do 5º ano, a satisfação de desenvolver a pesquisa é acompanhada pela busca por reconhecimento. “Gostei muito de participar. No começo pensei que seria mais difícil, mas foi muito legal. Estou orgulhosa! A turma quer ser reconhecida por este trabalho!”, revela.

Para finalizar o passeio por uma poesia popular “mais rica e divertida do que pensávamos”, a estudante, ao lado da colega Lívia Medeiros, encerrou o show com um verso de gratidão: “E assim vai terminando nosso trabalho/Que foi um cordel sobre tipos textuais/Agradeço a todos vocês e nossos pais/Pois foi feito com amor e dedicação/Muito obrigada pela sua atenção”.

Incentivo à pesquisa estudantil

A Feira Municipal de Ciências e Cultura de Fortaleza faz parte do calendário escolar anual e é composta de três etapas: escolar, distrital e municipal. Participam alunos do 3º ao 9º ano do Ensino Fundamental e da modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Na edição deste ano, os projetos serão distribuídos em três categorias, de acordo com a série/ano dos estudantes participantes dos projetos: Mercúrio (3º e 4º anos), Saturno (5º, 6º e 7º anos) e Júpiter (8º e 9º anos e da Educação de Jovens e Adultos). Os trabalhos podem ser de cinco áreas do conhecimento: ciências da natureza, humanas e ambientais e matemática e linguagens.

A etapa distrital ocorre de 29 de agosto a 1 de setembro e a municipal de 12 a 16 de setembro. Todos os trabalhos finalistas na etapa municipal das categorias Saturno e Júpiter vão receber bolsas de monitoria do programa Bolsa Nota Dez.

Além disso, os trabalhos vencedores dos alunos do 6º ao 9º ano vão disputar o Ceará Científico 2022, projeto da Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc), que faz parte da política de popularização das ciências, cultura e tecnologia do Governo do Ceará.

Trabalhos de pesquisa de alunos são eleitos para Feira Municipal de Ciências 2022

Etapa escolar da feira elegeu os dois melhores trabalhos de cada unidade que vão concorrer à fase distrital no segundo semestre

Imagem de alunos com professor
Equipe de alunos do trabalho “Saúde Quântica” com o professor de ciências Tibério Sávio e a diretora Aurenice Alves

A temática saúde e bem-estar foi a aposta das duas equipes vencedoras da Escola Municipal Dom Manuel da Silva Gomes, no Jardim América, na etapa escolar da XI Feira Municipal de Ciências e Cultura de Fortaleza. Com os trabalhos “Saúde Quântica” e “Saúde e Espiritualidade”, os alunos foram escolhidos por professores da unidade escolar e vão representar a instituição no evento, que está com inscrições abertas para o edital 2022 até o dia 24 de junho. Os estudantes vão disputar com pesquisas de outras unidades escolares da Rede Municipal na etapa distrital, que ocorre de 29 de agosto a 1 de setembro.

O trabalho da estudante Ana Alice Campelo, do 9º ano, desenvolvido em parceria com mais seis colegas, foi um dos escolhidos entre os 21 trabalhos apresentados na Escola Municipal Dom Manuel da Silva Gomes.“Nosso trabalho foi ‘Saúde Quântica’ e escolhemos a temática por conta do momento que vivemos pós-pandemia. Tivemos muitos aprendizados no desenvolvimento dele. Não tinha ideia do que era saúde quântica antes da pesquisa. A gente se dedicou muito e ficamos felizes por representar a escola na feira”, conta.

O professor de Ciências Tibério Sávio conduziu o andamento das pesquisas na escola desde o início deste ano letivo. Ele observa que o trabalho multidisciplinar trouxe benefícios amplos para os estudantes. "As pesquisas foram enriquecedoras para a saúde mental dos alunos. Eles se dedicaram na elaboração dos trabalhos e superaram nossa expectativa. Percebo que eles estão aprendendo a lidar melhor com suas emoções”, avalia.

Além disso, o educador considera o evento um estimulador do pensamento criativo e da imaginação dos estudantes da educação básica. A experiência de retomar os estudos elaborados em equipe também teve importância. “A física quântica é um conteúdo que os alunos só vão ver no Ensino Médio e eles já estão aprendendo no 9º ano. Isso faz com o que os estudantes saiam mais preparados do Ensino Fundamental”, defende Tibério, que conta ainda que a unidade escolar já teve trabalhos que chegaram à etapa distrital da Feira de Ciências nas edições de 2018 e 2021.

A realização deste evento proporciona muito mais do que o letramento científico dos alunos. A diretora Aurenice Alves comenta que a iniciativa impacta até no engajamento dos estudantes na escola. Um exemplo disso foi a participação deles na etapa escolar, que ocorreu na última sexta-feira (10/06), quando a escola teve 100% de frequência no turno da manhã. “Mais de 400 alunos estiveram participando do evento na escola. Achei fantástico. Os trabalhos estavam maravilhosos e toda a escola se engajou”, diz a gestora, motivada.

Alunos da Rede
A literatura de cordel foi o tema dos dois trabalhos vencedores da Escola Municipal João Saraiva Leão

Literatura e regionalismo

Outra unidade que realizou a etapa escolar na sexta-feira (10/06) foi a Escola Municipal João Saraiva Leão, na Lagoa Redonda. Patrimônio imaterial da cultura brasileira, a literatura de cordel foi o tema escolhido pelos alunos do 5º ano.

Desde 2019, quando chegou à etapa distrital do evento, a unidade escolar segue a proposta incentivada por toda a Rede Municipal: agregar esta experiência a alguma dificuldade predominante sobre os alunos. Diferente do ano anterior à pandemia, em que o maior desafio era a matemática, nesta edição os esforços se voltaram para o incentivo à leitura e escrita.

Com referências regionais nas blusas e no cenário, além de comidas típicas à mesa, duas turmas do 5º ano venceram a etapa escolar ao expor repertório didático em formato de cordel sobre os tipos textuais. Para Cláudio Freitas, um dos orientadores da sala que abordou os tipos procedimental e argumentativo, o sucesso do trabalho dos alunos é resultado de uma ação de continuidade.

“Nós sempre temos as melhores expectativas, justamente porque esse trabalho vem sendo desenvolvido há um bom tempo, com a participação da escola em diferentes feiras, congressos e na Bienal do Livro. Temos um projeto de cordel na escola desde 2019, então este tema faz parte do nosso cotidiano escolar”, diz o professor e orientador Inácio Alves que, no mesmo ano, participou do Edital de Boas Práticas com um trabalho científico ligado ao cordel.

Aprendizados como as estruturas linguísticas e as funções da linguagem também estiveram entre os ganhos obtidos pela Feira Municipal de Ciências e Cultura na unidade escolar. Segundo a estudante Yasmim Dantas, do 5º ano, a satisfação de desenvolver a pesquisa é acompanhada pela busca por reconhecimento. “Gostei muito de participar. No começo pensei que seria mais difícil, mas foi muito legal. Estou orgulhosa! A turma quer ser reconhecida por este trabalho!”, revela.

Para finalizar o passeio por uma poesia popular “mais rica e divertida do que pensávamos”, a estudante, ao lado da colega Lívia Medeiros, encerrou o show com um verso de gratidão: “E assim vai terminando nosso trabalho/Que foi um cordel sobre tipos textuais/Agradeço a todos vocês e nossos pais/Pois foi feito com amor e dedicação/Muito obrigada pela sua atenção”.

Incentivo à pesquisa estudantil

A Feira Municipal de Ciências e Cultura de Fortaleza faz parte do calendário escolar anual e é composta de três etapas: escolar, distrital e municipal. Participam alunos do 3º ao 9º ano do Ensino Fundamental e da modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Na edição deste ano, os projetos serão distribuídos em três categorias, de acordo com a série/ano dos estudantes participantes dos projetos: Mercúrio (3º e 4º anos), Saturno (5º, 6º e 7º anos) e Júpiter (8º e 9º anos e da Educação de Jovens e Adultos). Os trabalhos podem ser de cinco áreas do conhecimento: ciências da natureza, humanas e ambientais e matemática e linguagens.

A etapa distrital ocorre de 29 de agosto a 1 de setembro e a municipal de 12 a 16 de setembro. Todos os trabalhos finalistas na etapa municipal das categorias Saturno e Júpiter vão receber bolsas de monitoria do programa Bolsa Nota Dez.

Além disso, os trabalhos vencedores dos alunos do 6º ao 9º ano vão disputar o Ceará Científico 2022, projeto da Secretaria da Educação do Estado do Ceará (Seduc), que faz parte da política de popularização das ciências, cultura e tecnologia do Governo do Ceará.