Em uma das salas de acolhimento do Posto de Saúde Flávio Marcílio, no Mucuripe, a técnica de enfermagem Socorro Bezerra recepciona os visitantes com toda a alegria. Segundo ela, os fins de semana e feriados têm sido intensos e gratificantes, pois toda a equipe se envolve na vacinação contra a Covid-19. A cada uma das pessoas que recebe a dose por suas mãos, Socorro repete, emendando um sorriso: “Vacina feita com amor, sem dor”.

O Plano de Imunização contra a Covid-19 foi muito aguardado por Socorro. Há 30 anos atuando como técnica de enfermagem, ela atravessa um dos maiores desafios profissionais diante da pandemia do novo coronavírus. E agradece por não ter se infectado mesmo atuando na linha de frente, na rotina do posto de saúde. Agora, já vacinada, ela destaca que este é um novo momento, pois tem a chance de levar proteção e esperança às pessoas.

“Há muito tempo, eu esperava este momento. Tem pessoas que chegam aqui e choram de emoção, de felicidade, tanto os acompanhantes, quanto os idosos. Eles dizem que a gente está protegendo, salvando a vida deles. É muito gratificante pra gente, porque a gente faz o nosso trabalho com amor mesmo. Eu, pelo menos, faço com amor, porque adoro trabalhar com vacinação”, declara.

Ao atender os pacientes que entravam na sala de imunização, nesta sexta-feira (02/04), Socorro fazia questão de mostrar a seringa ainda lacrada, o frasco contendo o líquido imunizante, a dose a ser aplicada, as informações sobre o fabricante. Ela adota o procedimento com o intuito de preservar a confiança neste importante trabalho, que é vacinar as pessoas.

Moradora do Vicente Pinzon, Zuíla da Silva, de 66 anos, foi atendida por ela. “A senhora está tomando hoje a primeira dose da vacina contra Covid, do laboratório Butantã, essa é a vacina Coronavac, certo? Vacina feita com amor, sem dor”, reiterou Socorro. Dona Zuíla logo confirmou: “Realmente, não senti não, você tem a mão muito leve, viu?”, comemorou e agradeceu.