Debater a proteção integral à criança, a diversidade e o enfrentamento das violências. Esses são os temas apresentados durante os dois dias de programação da VII Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Fortaleza. O evento, realizado pelo Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica), teve início nesta terça-feira (06/11) e segue até esta quarta-feira (07/11) no Auditório Murilo Aguiar, na Assembleia Legislativa.

O evento reúne conselheiros tutelares, representantes de órgãos públicos voltados para a temática, crianças, adolescentes e a sociedade civil interessada em construir políticas públicas em benefício dos menores. Dentre os objetivos estratégicos, está a proposta de ações para a garantia e a qualificação da participação e protagonismo de crianças e adolescentes nos diversos espaços: escola, família, comunidade, políticas públicas, sistema de Justiça e Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente.

“Queremos ouvir a avaliação das crianças e dos adolescentes para que eles digam o que esperam das políticas públicas voltadas a eles. Tivemos muitos avanços, mas devemos de forma constante pensar em melhorias e, sobretudo, unir as áreas da saúde, educação, assistência social, esporte, lazer, cultura, trabalho e emprego em favor das crianças e dos adolescentes”, afirmou Tânia Gurgel, presidente da Funci e do Comdica.

O Comdica é o órgão controlador das ações em todos os níveis de defesa dos direitos da criança e do adolescente. Composto por um colegiado formado por organizações representativas do poder público e da sociedade civil quanto à problemática da criança e do adolescente, propõe ações de políticas públicas municipais que visem o cumprimento ao art. 227 da Constituição Federal, ao apoio à criança e ao adolescente, no concernente aos seus direitos fundamentais.

Para quem trabalha com as crianças nos territórios, eventos que debatem políticas públicas são fundamentais para superar os desafios e romper as barreiras impostas pelas condições menos favorecidas. Alilian Gradeli trabalha no projeto comunitário Sorriso da Criança, que atende cerca de 600 famílias nos bairros Presidente Kennedy, Floresta e Álvaro Weyne. O projeto existe há 30 anos com atividades esportivas e culturais no contraturno escolar. “A gente vem não só para falar das nossas demandas. Queremos cobrar do poder público uma visão mais aprofundada das temáticas que atingem os jovens de forma mais direta, como é a questão da violência”, explica a voluntária.