15 de December de 2014 em Cultura

Xico Sá fala sobre futebol, literatura, jornalismo e cinema no Cearenses pelo Mundo

A primeira edição do evento lotou o Estoril no fim de tarde do último domingo, dia 14


A conversa foi mediada pelo cineasta Hálder Gomes, diretor de Cine Holliúdy, e abordou a vida e carreira de Xico (Foto: Kaio Machado)

O público lotou o Estoril, no fim da tarde do último domingo (14/12), para ver e ouvir o bate-papo com o jornalista e escritor cearense Xico Sá, que participou da edição de estreia do Cearenses pelo Mundo. A conversa foi mediada pelo cineasta Hálder Gomes, diretor de Cine Holliúdy, e abordou a vida e carreira de Xico. Famoso por suas crônicas repletas de humor, Xico Sá falou de diversos assuntos, entre eles, alguns de seus prediletos: futebol, literatura, jornalismo, cinema e mulheres.

Durante a prosa, que durou cerca de 1h30min, Xico, um fanático por futebol, comentou sobre seus times, o Santos e o Icasa, e revelou ter jogado no time juvenil de Juazeiro do Norte. Xico dividiu com o público de onde veio sua paixão pela escrita e o desejo de se tornar escritor.

“Foi Graciliano Ramos. Quando eu li Vidas Secas, eu tive um susto. Quando eu li Graciliano Ramos, eu disse, 'que diabo é isso?', porque tratava da minha vida, tratava da nossa existência. Uma narrativa que era riquíssima e eu tive o susto da percepção. (…) O jeito de escrever, de pontuar, aquela forma seca de escrever. Com Graciliano eu disse 'isso é outra coisa', além do que eu tinha lido. Aí foi quando eu comecei a pensar em ser escritor”, revelou.

O autor de “O Livro das Mulheres Extraordinárias” também conversou sobre sua saída do Ceará, influenciada, principalmente, por um tio. Falou sobre jornalismo e o seu ingresso na profissão; um pouco sobre cinema e o seu vício pela leitura de roteiros; e de suas influências cinematográficas como os filmes de Faroeste. Mas, principalmente, Xico falou sobre o arte de contar bem histórias e no fato de acreditar, ainda, no poder das narrativas.

“Eu tenho muita crença na narrativa. Acho que quando você faz uma coisa forte, você é lido, você é visto. Se vai ser por um milhão de pessoas ou por cem leitores arrombados de bom, tanto faz. Vai ser lido de todo jeito. Eu acho que o que importa é a gente ter crença de que vai contar uma boa história, fazer um bom filme, um bom livro, uma boa foto. Então, não tem jeito, estamos condenados a contar uma história”, acredita.

A coordenadora de Ação Cultural da Secultfor, Germana Vitoriano, comemorou a estreia do Cearenses pelo Mundo: “sucesso absoluto. Assim avalio essa primeira edição, uma sintonia mais que perfeita entre o Xico Sá, Hálder Gomes e o público. De fato, o Cearenses pelo Mundo promete deixar marcas em muitas mentes e corações”.

A primeira edição do Cearenses pelo Mundo foi uma realização da Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, com produção do Instituto Teatro Público e apoio cultural da XI Bienal Internacional do Livro do Ceará.


Sobre Xico SáFrancisco Reginaldo de Sá Menezes, o Xico Sá, nasceu no Crato, na região do Cariri, no dia 6 de outubro de 1962. É jornalista e escritor, transitando por diversos assuntos e temas, que vão desde futebol, política até mulheres, sempre com muita liberdade e irreverência, algumas de suas principais marcas. Começou sua carreira no Recife e foi colunista da Folha de São Paulo por diversos anos, até sair em meados deste ano por discordar publicamente do posicionamento político do jornal.

Fez parte da bancada do programa Cartão Verde, da TV Cultura; participou do programa Saia Justa, exibido pelo canal a cabo GNT; e, atualmente, participa do programa Amor e Sexo, da Rede Globo, e do Extra Ordinários, do SporTV. Uma curiosidade é que o Reginaldo no nome de batismo de Xico é uma homenagem ao cantor Reginaldo Rossi, de quem sua mãe era fã.

Xico Sá fala sobre futebol, literatura, jornalismo e cinema no Cearenses pelo Mundo

A primeira edição do evento lotou o Estoril no fim de tarde do último domingo, dia 14

A conversa foi mediada pelo cineasta Hálder Gomes, diretor de Cine Holliúdy, e abordou a vida e carreira de Xico (Foto: Kaio Machado)

O público lotou o Estoril, no fim da tarde do último domingo (14/12), para ver e ouvir o bate-papo com o jornalista e escritor cearense Xico Sá, que participou da edição de estreia do Cearenses pelo Mundo. A conversa foi mediada pelo cineasta Hálder Gomes, diretor de Cine Holliúdy, e abordou a vida e carreira de Xico. Famoso por suas crônicas repletas de humor, Xico Sá falou de diversos assuntos, entre eles, alguns de seus prediletos: futebol, literatura, jornalismo, cinema e mulheres.

Durante a prosa, que durou cerca de 1h30min, Xico, um fanático por futebol, comentou sobre seus times, o Santos e o Icasa, e revelou ter jogado no time juvenil de Juazeiro do Norte. Xico dividiu com o público de onde veio sua paixão pela escrita e o desejo de se tornar escritor.

“Foi Graciliano Ramos. Quando eu li Vidas Secas, eu tive um susto. Quando eu li Graciliano Ramos, eu disse, 'que diabo é isso?', porque tratava da minha vida, tratava da nossa existência. Uma narrativa que era riquíssima e eu tive o susto da percepção. (…) O jeito de escrever, de pontuar, aquela forma seca de escrever. Com Graciliano eu disse 'isso é outra coisa', além do que eu tinha lido. Aí foi quando eu comecei a pensar em ser escritor”, revelou.

O autor de “O Livro das Mulheres Extraordinárias” também conversou sobre sua saída do Ceará, influenciada, principalmente, por um tio. Falou sobre jornalismo e o seu ingresso na profissão; um pouco sobre cinema e o seu vício pela leitura de roteiros; e de suas influências cinematográficas como os filmes de Faroeste. Mas, principalmente, Xico falou sobre o arte de contar bem histórias e no fato de acreditar, ainda, no poder das narrativas.

“Eu tenho muita crença na narrativa. Acho que quando você faz uma coisa forte, você é lido, você é visto. Se vai ser por um milhão de pessoas ou por cem leitores arrombados de bom, tanto faz. Vai ser lido de todo jeito. Eu acho que o que importa é a gente ter crença de que vai contar uma boa história, fazer um bom filme, um bom livro, uma boa foto. Então, não tem jeito, estamos condenados a contar uma história”, acredita.

A coordenadora de Ação Cultural da Secultfor, Germana Vitoriano, comemorou a estreia do Cearenses pelo Mundo: “sucesso absoluto. Assim avalio essa primeira edição, uma sintonia mais que perfeita entre o Xico Sá, Hálder Gomes e o público. De fato, o Cearenses pelo Mundo promete deixar marcas em muitas mentes e corações”.

A primeira edição do Cearenses pelo Mundo foi uma realização da Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, com produção do Instituto Teatro Público e apoio cultural da XI Bienal Internacional do Livro do Ceará.


Sobre Xico SáFrancisco Reginaldo de Sá Menezes, o Xico Sá, nasceu no Crato, na região do Cariri, no dia 6 de outubro de 1962. É jornalista e escritor, transitando por diversos assuntos e temas, que vão desde futebol, política até mulheres, sempre com muita liberdade e irreverência, algumas de suas principais marcas. Começou sua carreira no Recife e foi colunista da Folha de São Paulo por diversos anos, até sair em meados deste ano por discordar publicamente do posicionamento político do jornal.

Fez parte da bancada do programa Cartão Verde, da TV Cultura; participou do programa Saia Justa, exibido pelo canal a cabo GNT; e, atualmente, participa do programa Amor e Sexo, da Rede Globo, e do Extra Ordinários, do SporTV. Uma curiosidade é que o Reginaldo no nome de batismo de Xico é uma homenagem ao cantor Reginaldo Rossi, de quem sua mãe era fã.