A Prefeitura de Fortaleza está ampliando, por meio da Autarquia de Urbanismo e Paisagismo (UrbFor), a implantação de hortas medicinais em diversos postos de saúde da Capital. A iniciativa é da Coordenadoria de Ensino, Pesquisa e Programas Especiais (Ceppes) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), em parceria com a Autarquia de Urbanismo e Paisagismo de Fortaleza (UrbFor) e tem o objetivo de beneficiar a população por meio do uso de fitoterápicos.
Ao todo, 32 postos de saúde serão contemplados com cerca de 40 mudas cada, além do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) da Regional II. Cada unidade contará com espécies como capim santo, erva cidreira, malvarisco, boldo, chambá, malva santa, courama, dentre outras.
“Nosso intuito é levar as farmácias vivas para perto dos profissionais de saúde e beneficiar a comunidade, ampliando as alternativas de tratamentos, difundindo o conhecimento das propriedades terapêuticas da plantas e orientando sobre o uso correto delas”, destaca Edvan Florêncio, educador popular da Ceppes da Secretaria Municipal da Saúde.
As visitas para verificação, preparação do solo e canteiros estão sendo realizadas por técnicos da UrbFor. Antes das hortas serem implantadas, são avaliados fatores como a disponibilidade de água para os canteiros, a procedência da água e se as áreas estão afastadas de esgotos. Tudo para garantir a produção de plantas saudáveis.
A manutenção dos canteiros vem sendo feita por profissionais dos próprios postos de saúde, que passaram por uma formação em manipulação e uso de fitoterápicos, além de procedimentos básicos de manejo e cuidados necessários de hortas medicinais como aguação, adubação e transplantio de mudas.
O projeto foi iniciado em abril deste ano e já conta com 24 hortas em funcionamento. A previsão é de que até janeiro de 2020 mais 10 hortas sejam implantadas.
Unidades que já receberam as hortas medicinais:
Posto Floresta
Posto Airton Monte
Posto Meton de Alencar
Posto João XXIII
Posto Waldemar de Alcântara
Posto Irmã Hercília
Posto Edmar Fujita
Posto Dom Aloísio Lorscheider
Posto Oliveira Pombo
Posto Francisco Monteiro
Posto Valdevino de Carvalho
Posto João Elísio Holanda
Posto Edmilson Pinheiro
Posto Maria Graziela
Posto Galba de Araújo
Posto Alarico Leite
Posto Frei Tito
Posto Aída Santos
Posto Eliezer Studart
Posto Anastácio Magalhães
Posto Chico Passeata
Posto Pereira de Almeida
Posto João Pessoa
Posto Clodoaldo Pinto
Horto Florestal Municipal Falconete Fialho
As mudas utilizadas nos postos de saúde são todas produzidas no Horto Municipal, em um setor específico, e obedecem a normas técnicas que incluem uso de água de boa qualidade, uso de compostos orgânicos livres de patógenos e, sobretudo, com correta identificação botânica - fator imprescindível quando se trata de plantas que serão utilizadas com fins curativos.
“Além das mudas nativas, frutíferas e ornamentais que compõem o paisagismo da Cidade, produzimos uma média de 1.500 mudas de plantas medicinais por mês, que se destinam aos postos de saúde, escolas e também são doadas à população que visita o Horto e o Zoológico”, afirma Regis Tavares, superintendente da UrbFor.
O Horto Florestal Municipal Falconete Fialho é administrado pela Autarquia de Urbanismo e Paisagismo de Fortaleza (UrbFor) e possui um programa permanente de doação de mudas à população que funciona de terça à sexta, das 9h às 12h, na entrada do Zoológico Municipal Sargento Prata. Espécies medicinais como o capim santo, chambá (conhecida como anador), guaco e hortelã estão entre as mais procuradas pelos munícipes.
Sobre o uso de plantas medicinais
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o uso de produtos a base de plantas medicinais. Grande parte da população brasileira utiliza produtos como chás, xaropes e tinturas nos seus cuidados com a saúde, seja pelo conhecimento da medicina tradicional indígena, quilombola, entre outros povos e comunidades tradicionais, seja pelo uso popular na medicina popular, de transmissão oral entre gerações, ou nos sistemas oficiais de saúde, como prática de cunho científico.
Além dos benefícios à saúde da população, a implantação de farmácias vivas em postos de saúde promove o uso sustentável da biodiversidade e incentiva o desenvolvimento comunitário, a solidariedade e a participação social.