Em alusão ao Maio Amarelo, movimento de conscientização para a prevenção de acidentes de trânsito, a Prefeitura de Fortaleza realiza ação educativa de respeito aos limites de velocidade. A mobilização acontece nesta segunda-feira (08/05), a partir das 7h30, no cruzamento das avenidas Osório de Paiva com Gomes Brasil, na Parangaba.
Educadores e agentes da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) vão abordar condutores para orientar sobre os riscos do excesso de velocidade expondo faixas com frases de alerta e distribuindo material informativo relacionado ao tema. Para sensibilizar o público também está prevista exposição de um veículo destruído.
Salvar vidas
Ultrapassar o limite de velocidade permitido é apontado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o fator responsável por uma a cada quatro mortes no trânsito. Por conta disso, a própria instituição recomenda que a velocidade máxima das vias urbanas seja de 50 km/h.
Fortaleza tem adotado essa recomendação em cerca de 50 vias e já obteve mlhorias significativas em segurança viária. Em vias cuja velocidade foi readequada, o número de acidentes com mortes caiu 68,1%. "A Av. Leste-Oeste, primeira da Capital a operar com 50 km/h, registrava uma média de 11 óbitos por ano. Em 2022, não registrou nenhuma", reforça o superintendente da AMC, Antônio Ferreira.
Durante o mês, as vias Dom Manoel, Aguanambi, Porto Velho e Treze de Maio passarão a operar com esse novo limite. As avenidas foram escolhidas em razão da alta taxa de acidentalidade. Entre janeiro de 2019 e março de 2023, foram registradas 12 ocorrências fatais, 469 com vítimas feridas e 70 registros de atropelamentos.
Será dado um período educativo de três meses até que os condutores se adaptem à mudança. "Ao readequarmos o limite de 60 para 50 km/h, aumentamos em dez vezes a chance de um pedestre sobreviver em caso de atropelamento", afirma o gestor.
Oitavo ano consecutivo de redução
Pelo oitavo ano consecutivo, Fortaleza registrou redução no número de mortes no trânsito. Em 2022, a capital cearense contabilizou 158 óbitos nas vias da cidade com taxa de mortalidade de 6,0 para cada 100 mil habitantes. O número é 58% menor em relação ao do ano de 2014, no qual 377 pessoas perderam a vida. A queda foi de 14,7% quando comparado a 2021.
Os usuários de motocicletas representaram quase metade das mortes, liderando a estatística com 47%, seguido por pedestres (44%), ciclistas (5%) e ocupantes de automóvel (4%).