O álcool é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de sinistros de trânsito. Em Fortaleza, cerca de 20% dos pacientes internados no Instituto Dr. José Frota (IJF) que sofreram acidentes declararam ter ingerido a substância antes da ocorrência. Para reverter o quadro, a Operação Lei Seca está sendo intensificada nas vias de maior acidentalidade viária da cidade e próximo a polos geradores de tráfego. A Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) vai reforçar a atuação diariamente com comandos estáticos e itinerantes no intuito de coibir esse tipo de prática e reduzir acidentes.
O objetivo é criar a cultura no cidadão de cumprimento às normas de circulação viária e consequentemente evitar lesões graves e mortes no trânsito. “A fiscalização tem caráter preventivo. Já chegamos a 91 óbitos este ano. Não podemos relaxar nas ações, principalmente, no momento em que a rede hospitalar está sobrecarregada com casos de Covid-19”, relata a superintendente do órgão, Juliana Coelho.
Em virtude da pandemia, os agentes estão redobrando os cuidados ao efetuar o procedimento utilizando luvas, batas e máscaras de proteção. O equipamento também é desinfectado e a piteira descartável, sendo uma por condutor.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um condutor que desrespeita a lei com um copo de cerveja tem três vezes mais chance de morrer em um sinistro do que um motorista sóbrio. O álcool torna os reflexos mais lentos, diminui a vigilância e reduz a capacidade visual, o que contribui para acidentes com alto índice de severidade.
Legislação
No Brasil a tolerância de álcool é zero. Conduzir veículo automotor sob influência dessa substância é uma infração de natureza gravíssima X 10, multa no valor de R$ 2.934,70 e se a concentração for igual ou superior a 0,30 miligramas de álcool por litro de ar alveolar ou o motorista tenha sinais que indiquem alteração de capacidade psicomotora, o mesmo será encaminhado à autoridade policial que adotará as medidas legais.