Nesta quinta-feira (27/07), o arcebispo de Fortaleza, Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques, recebeu, na Residência Arquiepiscopal, representantes da Prefeitura em campanha pelo fim da violência contra pessoas LGBTQIA+.

O titular da Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social de Fortaleza (SDHDS), Francisco Ibiapina, a coordenadora da Diversidade Sexual, Andrea Rossati, o coordenador adjunto, Laecio Teixeira, e o assessor Allan Luz levaram ao Arcebispo o pedido de apoio e sensibilização dos fiéis católicos para o fim da discriminação, agressões e assassinatos contra a comunidade LGBTQIA+.

No encontro, foram apresentados os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023, que mostram o Ceará como o estado onde houve maior registros de homicídios contra população LGBTQIA+ . No dossiê Assassinatos e Violências contra Travestis e Transexuais Brasileiras, o Ceará aparece em segundo lugar nacional, com 84 homicídios de 2017 a 2022.

Diante dos dados, a Coordenadoria de Diversidade Sexual realiza ações de sensibilização contra o discurso e crimes de ódio contra pessoas LGBTQIA+. “Nossa vinda aqui é para pedir parceria, colaboração, uma palavra de fraternidade para que Vossa Eminência, como autoridade máxima dentro da Arquidiocese de Fortaleza, possa sensibilizar os fiéis da Igreja Católica para que nos respeitem e não discriminem, e possa pedir à sociedade que pare de matar as pessoas LGBTQIA+”, afirmou Adrea Rossati.

O arcebispo de Fortaleza manifestou apoio contra toda forma de discriminação. “Toda pessoa humana merece dignidade e não pode sofrer violência. O mandamento de Jesus é amai-vos uns aos outros como eu os amei. O exemplo Dele é fundamental, ele nunca rejeitou ninguém. É isso que Ele nos ensina como pessoas humanas que querem segui-lo: a não fazer rejeição e a violência é o extremo do absurdo”, declarou Dom José.

O secretário de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, Francisco Ibiapina, destacou a importância da abertura de diálogo com diversos segmentos da sociedade. “A Prefeitura de Fortaleza, por meioa da SDHDS, atua de forma permanente para a construção de uma sociedade mais inclusiva, e o diálogo com a Arquidiocese de Fortaleza propicia que possamos promover, cada vez mais, o enfrentamento a discriminação e violência sofridas, ainda hoje, pela comunidade LBGTQIA+”.