12 de February de 2013 em Fortaleza
Blocos e cordões são destaque na segunda noite de desfiles na Domingos Olímpio
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“Todo mundo falava que Fortaleza tinha um carnaval popular. Estou participando pela primeira vez, com meu filho João Marcus. Estou adorando. É muito melhor do que no Rio ou em São Paulo. Lá é em função do turismo. Aqui, a festa é em função do povo!”. Foi assim comemorando e empurrando a cadeira de rodas do filho de 15 anos que o jornalista aposentado Alberto Marinetti desfilou na avenida Domingos Olimpio, no meio do bloco Doido É Tu, o vencedor do ano passado, que reúne pacientes e profissionais dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), a rede de atenção básica para pessoas com transtornos psiquiátricos.
A fala e a vibração desse italiano que passa seis meses em seu país de origem e seis meses no Brasil, porque o clima é melhor para a saúde do filho, são a melhor tradução do democrático carnaval da Av. Domingos Olímpio, por onde desfilaram, nesta segunda-feira (11) oito blocos e quatro cordões. Na terça-feira (12), último dia de folia, passarão por lá os Afoxés e as Escolas de Samba.
De acordo com o jurado Renato Remígio, gestor e produtor cultural, a diferença entre blocos e cordões é que os primeiros têm, necessariamente, de ter uma bateria percussiva. Já os segundos podem incorporar instrumentos de sopro, formando verdadeiras orquestras no desfile.
A democracia na festa da Av. Domingos Olímpio é estimulada pela Prefeitura de Fortaleza. Lá, os “Sujos”, personagens que desfilam entre os cortejos da programação oficial e encantam a plateia, concorrem a uma premiação. A população que os assiste vota, aprova, aplaude e incentiva tipos já conhecidos de muitos carnavais, como a Tiazinha e o Chaves.
Entre os blocos “sujos”, que também fazem o percurso da Av. Domingos Olímpio alternando com os blocos que concorrem à premiação, dentro da programação oficial, se destacou o Adeus, Amélia, organizado pela Coordenadoria de Mulheres da Prefeitura de Fortaleza. A proposta é, segundo Larissa Gaspar, deixar para trás todas as formas de opressão. A ideia fica explícita no refrão do samba que embalava o cortejo: “João, cozinhe o teu feijão/ Basílio, cuida dos teus filhos/ Zeca, lava tuas cuecas”, de autoria da cantora Ana Célia Fernandes, que também puxava a música.
Blocos e cordões são destaque na segunda noite de desfiles na Domingos Olímpio
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“Todo mundo falava que Fortaleza tinha um carnaval popular. Estou participando pela primeira vez, com meu filho João Marcus. Estou adorando. É muito melhor do que no Rio ou em São Paulo. Lá é em função do turismo. Aqui, a festa é em função do povo!”. Foi assim comemorando e empurrando a cadeira de rodas do filho de 15 anos que o jornalista aposentado Alberto Marinetti desfilou na avenida Domingos Olimpio, no meio do bloco Doido É Tu, o vencedor do ano passado, que reúne pacientes e profissionais dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), a rede de atenção básica para pessoas com transtornos psiquiátricos.
A fala e a vibração desse italiano que passa seis meses em seu país de origem e seis meses no Brasil, porque o clima é melhor para a saúde do filho, são a melhor tradução do democrático carnaval da Av. Domingos Olímpio, por onde desfilaram, nesta segunda-feira (11) oito blocos e quatro cordões. Na terça-feira (12), último dia de folia, passarão por lá os Afoxés e as Escolas de Samba.
De acordo com o jurado Renato Remígio, gestor e produtor cultural, a diferença entre blocos e cordões é que os primeiros têm, necessariamente, de ter uma bateria percussiva. Já os segundos podem incorporar instrumentos de sopro, formando verdadeiras orquestras no desfile.
A democracia na festa da Av. Domingos Olímpio é estimulada pela Prefeitura de Fortaleza. Lá, os “Sujos”, personagens que desfilam entre os cortejos da programação oficial e encantam a plateia, concorrem a uma premiação. A população que os assiste vota, aprova, aplaude e incentiva tipos já conhecidos de muitos carnavais, como a Tiazinha e o Chaves.
Entre os blocos “sujos”, que também fazem o percurso da Av. Domingos Olímpio alternando com os blocos que concorrem à premiação, dentro da programação oficial, se destacou o Adeus, Amélia, organizado pela Coordenadoria de Mulheres da Prefeitura de Fortaleza. A proposta é, segundo Larissa Gaspar, deixar para trás todas as formas de opressão. A ideia fica explícita no refrão do samba que embalava o cortejo: “João, cozinhe o teu feijão/ Basílio, cuida dos teus filhos/ Zeca, lava tuas cuecas”, de autoria da cantora Ana Célia Fernandes, que também puxava a música.