Como parte das atividades de fiscalização da campanha “Se beber, não dirija”, lançada pela Prefeitura de Fortaleza com apoio da Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global, a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) e a Guarda Municipal realizaram 2.571 testes de bafômetro, no período de 14 de julho a 15 de agosto, quando ocorreram 39 blitzen pelos agentes de segurança.
Dentre os testes efetuados, 22 motoristas foram flagrados dirigindo sob o efeito de bebida alcoólica. Eles foram autuados, tiveram a habilitação recolhida e vão responder a processo administrativo e criminal. Outros 35 condutores se recusaram a fazer o exame e devem pagar uma multa de R$ 2.934,70, além de terem a habilitação recolhida e de perder o direito de dirigir por um ano, como preconiza o Art. 165 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Para o superintendente da AMC, Arcelino Lima, a tendência é que a prática arriscada de misturar álcool e direção reduza cada vez mais com uma fiscalização efetiva. “O nosso compromisso é o de salvar vidas e não permitir mortes no trânsito por conta da combinação álcool e direção. Somamos esforços diariamente para incentivar uma conduta responsável e segura”, afirma.
No Brasil, a tolerância ao álcool é zero. Conduzir veículo automotor sob influência dessa substância é uma infração de natureza gravíssima X 10 e se a concentração for igual ou superior a 0,30 miligramas de álcool por litro de ar alveolar (no teste do bafômetro) ou o motorista tenha sinais que indiquem alteração de capacidade psicomotora, o mesmo ainda será detido.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), um condutor que desrespeita a lei com um copo de cerveja, por exemplo, tem três vezes mais chance de morrer em um acidente do que um condutor sóbrio. Portanto, ao aplicar as leis de trânsito, espera-se promover uma maior conscientização da população e, o mais importante, preservar vidas.
Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) mostra que o álcool, além de comprometer as capacidades cognitivas, também reduz as chances de sobrevivência. Quanto mais a pessoa tiver bebido, maior sua chance de morrer; um mesmo impacto causa mais ferimentos numa pessoa que ingeriu álcool. O último levantamento da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), feito pelo Governo Federal, identificou que 24,3% dos motoristas em todo o País reconhecem dirigir mesmo após ter consumido álcool.
Durante a fiscalização com blitz, as equipes itinerantes percorrem pontos de maior concentração de bares e áreas de grande registro de acidentes para combater a prática irregular. As ações são contínuas, de segunda a domingo, por meio de um trabalho em conjunto que envolve a AMC, Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Polícia Rodoviária Estadual (PRE), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Policiamento Ostensivo da Capital e Guarda Municipal.
Novos equipamentos reforçam fiscalização
A partir deste mês de agosto, a AMC também recebeu o reforço de sete novos etilômetros ou bafômetros como são popularmente conhecidos. Os equipamentos foram doados através da Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global que também tem investido em capacitações para os agentes de trânsito. A parceria vem fortalecer a política de fiscalização que, em primeira instância, busca sempre preservar vidas.
“A fiscalização é importante porque além de punir quem não respeita a lei, também tem um caráter educativo” argumenta o secretário executivo de Conservação e Serviços Públicos da Prefeitura de Fortaleza, Luiz Alberto Saboia. A partir de agora, a AMC passa a contar com 14 bafômetros para as ações de fiscalização de alcoolemia.