09 de November de 2022 em Social

Centros Pop são as principais instituições de apoio à população de rua em Fortaleza, aponta pesquisa da UFC

Estudo ouviu 285 pessoas em situação de rua entre os anos de 2019 e 2021


interior do centro pop
Entre as instituições mais citadas pelas pessoas em situação de rua como fonte de apoio social a que sempre recorrem, os Centros Pop são os mais indicados em 33,9% das respostas

Uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Psicologia Comunitária da Universidade Federal do Ceará (Nucom UFC) apontou que os Centros de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centros Pop) são as principais instituições de apoio social à população de rua em Fortaleza. Realizado pelo pesquisador Carlos Eduardo Esmeraldo Filho, em parceria com o Nucom UFC, o estudo ouviu 285 pessoas em situação de rua entre os anos de 2019 e 2021, em Fortaleza.

A pesquisa intitulada “Pessoas em situação de rua de Fortaleza: a expressão da pobreza e modos de enfrentamento” foi iniciada como tese de doutorado de Carlos Eduardo e ampliada para um estudo coletivo do Nucom.

A equipe visitou equipamentos públicos de assistência social da Prefeitura de Fortaleza, como os Centros Pop e o Centro de Convivência para Pessoas em Situação de Rua. Também foram ouvidas as pessoas atendidas pelo Projeto Corre para a Vida (Governo do Estado do Ceará) e a Casa do Povo da Rua (Pastoral do Povo de Rua).

Entre as instituições mais citadas pelas pessoas em situação de rua como fonte de apoio social a que sempre recorrem, os Centros Pop são os mais indicados em 33,9% das respostas. O Centro de Convivência foi citado por 21,6%.

Os equipamentos de assistência da Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social de Fortaleza (SDHDS) oferecem diariamente serviços socioassistenciais, como alimentação, acompanhamento psicológico, jurídico, acesso à documentação oficial, Cadastro Único para Programas Sociais, higiene pessoal, atividades educativas e artísticas, entre outros.

“A gente viu casos de pessoas que tiveram boas relações com educadores e funcionários da política de assistência social, e esse vínculo que eles construíram foram importantes para o enfrentamento da situação de rua. Muita gente coloca a importância dessa rede de apoio de maneira geral, incluindo o trabalho do Centro Pop, do Centro de Convivência”, afirma o doutor em Psicologia, Carlos Eduardo Esmeraldo Filho.

Os diagnósticos da pesquisa analisam múltiplos aspectos relacionados à pobreza, como Trabalho e Renda; Saúde; Educação; Direitos Humanos; Dimensão Subjetiva e Relações familiares e sociais. Na categoria Enfrentamento, são analisadas as práticas individuais, coletivas e o apoio social. No aspecto Opressão, os participantes da pesquisa responderam sobre as formas de preconceito e discriminação sofridas.

“A gente criou um instrumento chamado Índice Multidimensional da Pobreza. A partir deste dado, nós temos um cálculo que dá para analisar a pobreza, sem considerar somente renda, mas incluindo várias outras dimensões. A população em situação de rua sofre discriminação intensa, mas que existe uma fonte de apoio importante no Centro Pop”, explica Carlos Eduardo.

A pesquisa foi transformada no livro “Viver nas Ruas: trajetórias, desafios e resistências” e os resultados foram apresentados às pessoas atendidas no Centro Pop do Centro, em junho, e no Centro Pop Benfica, em setembro.

Acesse a tese

Proteção Social

Iracema Machado, gerente da Célula de Proteção Social Especial (CEPE) da SDHDS, explica que os Centros Pop são unidades públicas municipais, que desenvolvem ações de cuidados básicos, atendimento, acompanhamento técnico e espaços de convivência. Também são realizados os serviços de abordagem social e encaminhamentos para a rede socioassistencial, em vista da garantia de direitos.

“Todo esse trabalho gera para os usuários dessa política pública uma possibilidade de reconstrução de suas vidas e a superação da situação de rua. A intenção é proporcionar a ressignificação das suas vivências, contribuindo para novas trajetórias, a partir das demandas apresentadas pelos mesmo, bem como pelos caminhos apontados nos acompanhamentos”, explica a gerente.

Centros Pop são as principais instituições de apoio à população de rua em Fortaleza, aponta pesquisa da UFC

Estudo ouviu 285 pessoas em situação de rua entre os anos de 2019 e 2021

interior do centro pop
Entre as instituições mais citadas pelas pessoas em situação de rua como fonte de apoio social a que sempre recorrem, os Centros Pop são os mais indicados em 33,9% das respostas

Uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Psicologia Comunitária da Universidade Federal do Ceará (Nucom UFC) apontou que os Centros de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centros Pop) são as principais instituições de apoio social à população de rua em Fortaleza. Realizado pelo pesquisador Carlos Eduardo Esmeraldo Filho, em parceria com o Nucom UFC, o estudo ouviu 285 pessoas em situação de rua entre os anos de 2019 e 2021, em Fortaleza.

A pesquisa intitulada “Pessoas em situação de rua de Fortaleza: a expressão da pobreza e modos de enfrentamento” foi iniciada como tese de doutorado de Carlos Eduardo e ampliada para um estudo coletivo do Nucom.

A equipe visitou equipamentos públicos de assistência social da Prefeitura de Fortaleza, como os Centros Pop e o Centro de Convivência para Pessoas em Situação de Rua. Também foram ouvidas as pessoas atendidas pelo Projeto Corre para a Vida (Governo do Estado do Ceará) e a Casa do Povo da Rua (Pastoral do Povo de Rua).

Entre as instituições mais citadas pelas pessoas em situação de rua como fonte de apoio social a que sempre recorrem, os Centros Pop são os mais indicados em 33,9% das respostas. O Centro de Convivência foi citado por 21,6%.

Os equipamentos de assistência da Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social de Fortaleza (SDHDS) oferecem diariamente serviços socioassistenciais, como alimentação, acompanhamento psicológico, jurídico, acesso à documentação oficial, Cadastro Único para Programas Sociais, higiene pessoal, atividades educativas e artísticas, entre outros.

“A gente viu casos de pessoas que tiveram boas relações com educadores e funcionários da política de assistência social, e esse vínculo que eles construíram foram importantes para o enfrentamento da situação de rua. Muita gente coloca a importância dessa rede de apoio de maneira geral, incluindo o trabalho do Centro Pop, do Centro de Convivência”, afirma o doutor em Psicologia, Carlos Eduardo Esmeraldo Filho.

Os diagnósticos da pesquisa analisam múltiplos aspectos relacionados à pobreza, como Trabalho e Renda; Saúde; Educação; Direitos Humanos; Dimensão Subjetiva e Relações familiares e sociais. Na categoria Enfrentamento, são analisadas as práticas individuais, coletivas e o apoio social. No aspecto Opressão, os participantes da pesquisa responderam sobre as formas de preconceito e discriminação sofridas.

“A gente criou um instrumento chamado Índice Multidimensional da Pobreza. A partir deste dado, nós temos um cálculo que dá para analisar a pobreza, sem considerar somente renda, mas incluindo várias outras dimensões. A população em situação de rua sofre discriminação intensa, mas que existe uma fonte de apoio importante no Centro Pop”, explica Carlos Eduardo.

A pesquisa foi transformada no livro “Viver nas Ruas: trajetórias, desafios e resistências” e os resultados foram apresentados às pessoas atendidas no Centro Pop do Centro, em junho, e no Centro Pop Benfica, em setembro.

Acesse a tese

Proteção Social

Iracema Machado, gerente da Célula de Proteção Social Especial (CEPE) da SDHDS, explica que os Centros Pop são unidades públicas municipais, que desenvolvem ações de cuidados básicos, atendimento, acompanhamento técnico e espaços de convivência. Também são realizados os serviços de abordagem social e encaminhamentos para a rede socioassistencial, em vista da garantia de direitos.

“Todo esse trabalho gera para os usuários dessa política pública uma possibilidade de reconstrução de suas vidas e a superação da situação de rua. A intenção é proporcionar a ressignificação das suas vivências, contribuindo para novas trajetórias, a partir das demandas apresentadas pelos mesmo, bem como pelos caminhos apontados nos acompanhamentos”, explica a gerente.