Para marcar o Dia Municipal da Visibilidade de Travestis e Transexuais, celebrado anualmente no dia 29 de janeiro, a Prefeitura de Fortaleza realiza uma série de ações que visam refletir sobre cidadania trans na cidade. A partir desta quarta-feira (26/01), uma programação envolvendo poder público e movimentos sociais LGBTs pautará a luta pelo fim da transfobia e por respeito às pessoas trans, levantando o tema “TRANSborde respeito: vidas trans existem!”.
Labelle Silva, titular da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (Coediv), que integra a Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), destaca a importância da mobilização. “Garantir visibilidade para pessoas travestis e transexuais é sobretudo gerar oportunidades reais que possam efetivar cidadania e vida digna para uma população que necessita e luta cotidianamente por respeito”, afirma.
As atividades terão início nesta quarta-feira, com um tira-dúvidas sobre terapia-hormonal para travestis, transexuais e pessoas não-binárias. O encontro será facilitado por Luci Rivka, que é médica, escritora, não-binárie, membro da Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares. O objetivo é tirar dúvidas sobre terapia hormonal no contexto do processo transexualizador, fornecendo informações que contribuam para maior segurança e melhoria da qualidade de vida de travestis, transexuais e pessoas não-binárias. O evento ocorrerá de forma on-line, através da plataforma Google Meet (https://meet.google.com/krd-fqkn-hxt).
Já no dia 31 de janeiro, também às 18 horas, será realizado o tira-dúvidas sobre retificação do registro civil para travestis, transexuais e pessoas não-binárias, facilitado por Kol Nunes, advogada do Centro de Referência LGBT Janaína Dutra. Ela irá explicar, passo-a-passo, todos os procedimentos necessários para que travestis, transexuais e pessoas não-binárias consigam adequar seus documentos oficiais à sua identidade de gênero. O evento também será realizado de forma on-line, através da plataforma Google Meet (https://meet.google.com/bsd-bgbr-gte).
Produção audiovisual
Na sexta-feira (28/01), será lançado o vídeo institucional “TRANSborde respeito: vidas trans existem!”, produzido em parceria com o Instituto Cultural Iracema. A produção tem em seu elenco personalidades do movimento social de pessoas trans no estado do Ceará: Paula Costa, da Associação de Travestis do Ceará (Atrac); Paolla Giorgiê, professora da Secretaria Municipal de Educação (SME); Lukresya Nascimento, do Coletivo Transpassando; Renata Sampaio, do Grupo T; Viviane Venancio e Labelle Silva, da Coediv; Enzo Gomes, da Associação Transmasculina do Ceará (Atransce); Dan Souza, professora; e Dominy Martins, Mister Ceará/Nordeste Trans. O lançamento do vídeo será às 18h, no canal do YouTube do Instituto Iracema.
Grupo de apoio
Para encerrar a programação, dia 1º de fevereiro, às 18h, haverá sessão do Grupo de Apoio e Convivência para Travestis, Transexuais e Pessoas Não-binárias. O grupo é um espaço de escuta, acolhimento e fortalecimento entre pares. Todas as sessões são gratuitas e são mediadas pela psicóloga Lutiana Melo, do Centro de Referência LGBT Janaína Dutra. Em razão do recente aumento dos casos de infecção por Covid-19, a temporada 2022 do grupo iniciará em formato virtual, através da plataforma Google Meet (https://meet.google.com/bcd-sojr-mmr).
Sobre a data
Em 29 de janeiro, é celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Trans, marco da luta pela cidadania e respeito às travestis, homens e mulheres trans. A data foi criada em 2004 e tem como objetivo ressaltar a importância do respeito a esse grupo na sociedade brasileira. É uma data simbólica destinada a lembrar a luta de pessoas trans (travestis, mulheres e homens transexuais) pelo respeito à identidade gênero, orientação sexual, e direitos básicos que são diariamente negados dentro da sociedade. O Dia Municipal da Visibilidade de Travestis e Transexuais faz parte do Calendário Oficial de Fortaleza, sendo instituído pela Lei Municipal nº 9.573/09.
O preconceito e a discriminação contra pessoas trans (travestis, mulheres/homens trans e não bináries) é crime (Lei nº 7.716/1989). Se você for discriminada/o por ser uma pessoa LGBT, denuncie.
Serviço
Centro de Referência LGBT Janaína Dutra
Endereço: Rua Guilherme Rocha, 1469 - Centro
Telefone: 3452.2047
E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.