Motociclistas batedores da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) têm desempenhado papel importante para auxiliar o transporte das vacinas que chegam em Fortaleza. Os batedores otimizam o trajeto e deixam as vias livres. O trabalho é desenvolvido em parceria com a Polícia Militar.
Um comboio é formado desde o aeroporto até as unidades hospitalares que recebem o imunizante. O suporte inclui o auxílio ao trabalho de escolta, com agentes realizando bloqueios provisórios nas vias transversais, e o controle dos semáforos centralizados, que possibilitam maior fluidez do tráfego com a programação da “onda verde” durante os percursos.
"Um deslocamento que dura em média 40 minutos é feito em 10 minutos, por exemplo. Isso aumenta a nossa responsabilidade em evitar qualquer interrupção na circulação que possa prejudicar o trajeto. Fomos treinados para tomar decisões rápidas em situações de grande pressão", explica o agente Marcos Antônio, batedor há 16 anos e instrutor do curso de capacitação.
Dos 359 agentes que compõem o corpo técnico do órgão, cerca de 40 estão aptos a exercer esse tipo de função. “É gratificante saber que nosso trabalho é capaz de otimizar a entrega das vacinas, que simbolizam a esperança diante de um momento tão difícil. Fazer parte disso me faz acreditar que vamos vencer e quanto mais vidas pudermos ajudar a salvar, assim faremos", finaliza.
Desde o início da vacinação em Fortaleza, os batedores da AMC têm auxiliado esse processo de entrega dos insumos. A operação é montada pelos agentes, que avaliam e definem o melhor percurso, considerando preferencialmente vias mais largas e com fluxo baixo de pessoas. Após planejar o trajeto, os batedores repassam o roteiro aos técnicos do Controle de Tráfego em Área de Fortaleza (CTAFOR) para que o semáforo esteja aberto nas vias onde transitarem.
Além do suporte na entrega das vacinas, os agentes da AMC também atuam no transporte de órgãos a serem transplantados e na escolta de autoridades.
Para se tornar batedor, o agente de trânsito já tem que ser motociclista operacional há, no mínimo, um ano e deve participar de uma capacitação com duração de 20 a 30 dias. Durante aulas teóricas e práticas, é ensinada toda a técnica de pilotagem segura e escolta, que lidera a maior parte do treinamento.
Escolta de segurança
Além dos agentes que otimizam o trânsito para a passagem das vacinas, a Guarda Municipal também participa da operação atuando com equipes motorizadas na logística e distribuição das doses do imunizante contra a Covid-19.
O trabalho de escolta visa garantir a segurança das vacinas desde a sua chegada na cidade ao ponto de distribuição, de onde são remanejadas aos locais de vacinação.