Na manhã desta terça-feira (04/02), no auditório do Paço Municipal, foi realizada reunião para analisar metas e traçar novas diretrizes para a Revisão do Plano Diretor Participativo de Fortaleza. O encontro contou com a participação de secretários, técnicos e membros da sociedade civil que compõem o Núcleo Gestor.
Na ocasião, representantes do poder público apresentaram dados do Plano Diretor 2009-2019, analisaram as diretrizes, metas e objetivos alcançados. Segundo a coordenadora de Planejamento da Secretaria do Planejamento, Orçamento e Gestão (Sepog), Paíta Façanha, o encontro foi proveitoso, já que foi possível fazer uma autoanálise. "É importante esse momento para nós, enquanto Governo e gestão atual, estudarmos o que estamos fazendo para contribuir. Fizemos um exercício muito rico de análise e vimos que o poder público tem atuado e contribuído com o alcance das metas que foram propostas", disse.
Ainda segundo a Coordenadora, por meio dos números apresentados, as secretarias que tiveram metas citadas no Plano Diretor de 2009 puderam analisar os pontos onde houve progresso, bem como estipular novos objetivos para incorporar à revisão do novo Plano. "Cada área apresentou esses indicadores. Do ponto de vista da habitação, do direito à moradia, da mobilidade urbana, por exemplo, são políticas que conseguimos mostrar boa desenvoltura, foram metas alcançadas, tiveram saltos positivos. Nós da Sepog mostramos um pouco da visão de gestão por resultados, que é a atuação do Governo declarada a partir de determinados problemas que a gestão quer resolver. E tivemos avanços", explicou.
Membros da sociedade civil que participaram do momento puderam nivelar conhecimentos técnicos e observar se a Cidade acompanhou o desenvolvimento proposto há dez anos. "Nós queríamos esse nivelamento e conhecer, de fato, o que é o Plano Diretor de 2009 e saber como ele tem sido executado. Então, a gente precisava desse encontro para pensar nas questões elaboradas e a partir daí, propor ações para a metodologia de revisão que atenda a essa demanda", explicou Camila Cabral, representante do Instituto Verde Luz, umas das entidades que fazem parte do Núcleo Gestor.
Para Lia Parente, diretora de Planejamento do Instituto de Planejamento de Fortaleza (Iplanfor), o Plano Diretor ideal é aquele que propõe objetivos, mas que também fornece condições para que as ações sejam bem executadas. "Há muitos objetivos que não sugerem ações concretas. O Plano precisa estabelecer metas, com prazos e números. Temos que ter gestos e intenções. E não adianta colocar intenções que não tenhamos capacidade para executar dentro do prazo. Se não corremos o risco de ficar no devaneio e não ter uma base objetiva e concreta de ações que resolvam a problemática", explicou.
O Núcleo Gestor segue realizando as reuniões estabelecidas em cronograma. As informações tratadas no encontro desta terça-feira servirão de base para as discussões que pretendem adequar a Cidade aos desafios urbanos do futuro. Segundo Camila Cabral, o momento motivou os dois lados. "As próprias secretarias fizeram essa revisão e viram que há pontos que podem receber mais atenção. E nós, enquanto sociedade civil, agora temos um parâmetro de como esse trabalho pode começar a ser executado. As pessoas precisam estar mais envolvidas nessa participação", disse.