A diabetes é uma doença do metabolismo da glicose causada pela falta ou má absorção de insulina. Podendo ser crônica ou adquirida, a doença possui sintomas que podem ser sutis, mas que, se não tratados, podem trazer sérias consequências à vida do paciente.
“A diabetes é uma das enfermidades mais frequentes nos postos de saúde, e que ainda traz diversos outros problemas de saúde, se não tratada adequadamente. Por esse motivo, o atendimento realizado a este público na rede municipal é multidisciplinar”, explica Ana Estela Leite, titular da Saúde de Fortaleza.
Alguns dos sintomas mais comuns são o excesso de urina e de sede, aumento do apetite, impotência sexual, infecções na pele e nas unhas, demora na cicatrização de feridas, visão embaçada, emagrecimento, entre outros. Os sintomas são característicos nos três tipos de diabetes: tipo 1 (crônica), tipo 2 (adquirida, normalmente devido à alimentação) e gestacional (comum na gravidez por questões hormonais).
Caso não seja realizado tratamento adequado, que consiste, prioritariamente, na mudança de dieta e de hábitos de vida e possível uso de medicamentos, a doença pode levar a outras patologias cardiovasculares, neuropatia, cegueira, insuficiência renal crônica, dentre outras, que pode levar à necessidade de tratamento por hemodiálise ou até mesmo transplante renal.
Uma das principais complicações da diabetes, ligadas à neuropatia, é o pé diabético, causado pelo surgimento de lesões nos pés que não são sentidas por causa da doença e acabam levando à amputação parcial ou total do membro. Na rede municipal, apenas em 2021, mais de 2,1 mil pessoas realizaram tratamento na Rede Municipal para pé diabético.
Acompanhamento
Antes de chegar a um nível maior de gravidade, no entanto, o Município oferta acompanhamento aos portadores da doença, através da Rede de Atenção Primária à Saúde. Nos casos de suspeita ou confirmados de diabetes, os pacientes podem buscar um dos 116 postos de saúde, onde serão classificados quanto ao seu risco e terão seu plano de cuidado definido.
Dependendo do risco, esses usuários poderão ser acompanhados nos postos ou nos Centros Especializados de Atenção ao Diabético e Hipertenso (CEADH). Fortaleza conta com sete centros, implantados em alguns postos e policlínicas da Capital. Atualmente, o projeto atende 34 mil pessoas com diabetes. O acompanhamento é realizado por especialistas endocrinologistas, cardiologistas, oftalmologistas, cirurgiões vasculares e enfermeiras capacitadas em pé diabético.