A Prefeitura de Fortaleza apresentou, nesta terça-feira (11/02), em evento paralelo do 10º Fórum Urbano Mundial, em Abu Dhabi (Emirados Árabes), os resultados do programa Acesso mais Seguro, implementado na Capital, desde 2018, em uma parceria firmada com com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), para garantir serviços públicos essenciais em áreas de vulnerabilidade social.
A experiência de Fortaleza foi apresentada pela secretária de Relações Internacionais e Federativas, Patrícia Macêdo, no painel “Acesso às Infraestruturas e Serviços no contexto de Violência Urbana”, organizado pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha e pela British Academy, para discutir sobre a relação entre a violência urbana e o acesso a infraestruturas e serviços como saúde e educação. O painel foi mediado pela professora do British Academy Caroline Knowles e contou, ainda, com exposições de Paola Forgiane, representante do CICV em Genebra, na Suíça, do prefeito de Karachi, no Paquistão, Iftikhar Ali Shallwani, e de Kieran Mitton, do King’s College.
Na capital cearense, 88% das Unidades Básicas de Saúde receberam treinamento da metodologia, beneficiando diretamente 1,5 milhão de pessoas. “Em 2017, após dois incidentes de furto e tentativa de assalto, tivemos uma unidade fechada por dois dias, durante uma campanha de vacinação. Já em episódios que aconteceram em janeiro de 2019, as clínicas de saúde que aplicaram o protocolo funcionaram normalmente, permitindo que os profissionais atendessem a população”, destaca Patrícia Macêdo.
Programa Acesso mais Seguro
Fortaleza é um dos seis municípios brasileiros onde a metodologia Acesso Mais Seguro (AMS) para Serviços Públicos Essenciais é implementada. A rede também é composta por Duque de Caxias/RJ, Florianópolis/SC, Porto Alegre/RS, Rio de Janeiro/RJ e, mais recentemente, Vila Velha/ES. No total, a avaliação é de que o programa beneficiou, potencialmente, mais de 5 milhões de pessoas, com quase 900 unidades de serviço treinadas nessa metodologia.
“As consequências da violência vão muito além de uma vítima de arma de fogo, por exemplo. Quando uma escola é fechada, afeta a educação de milhares de crianças, ou quando é uma unidade de saúde, deixamos de atender a população. Tudo isso também é impacto direto da violência na vida das pessoas”, observa a chefe do escritório do CICV em Fortaleza, Valentina Torricelli.
No Brasil, o trabalho de implementação do AMS é feito em parceria com os governos e autoridades municipais. Desde 2017, mais de 20 mil profissionais de Saúde, Educação e Assistência Social já foram treinados na metodologia Acesso Mais Seguro. Estima-se que mais de 5 milhões de pessoas tenham sido beneficiadas entre 2017 e 2019.
“A intenção da Prefeitura de Fortaleza é não só garantir às pessoas que vivem em áreas de vulnerabilidade social o acesso aos serviços essenciais, notadamente educação e saúde, mas também garantir a segurança dos profissionais que oferecem esse tipo trabalho. O treinamento por meio da metodologia Acesso mais Seguro cuida de quem cuida e essa é uma orientação que a Prefeitura de Fortaleza vem seguindo, com o suporte efetivo e eficiente do CICV, que tem a mais vasta expertise no assunto”, afirma a secretária Patrícia Macêdo.
Clique e leia mais sobre a metodologia Acesso Mais Seguro (AMS) para Serviços Públicos Essenciais.
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