O Núcleo Multidisciplinar de Atenção Individualizada da Prefeitura de Fortaleza iniciou nesta terça-feira (28/06), no auditório da Coordenadoria de Participação Social, a capacitação de 30 agentes de cidadania que realizarão busca ativa e aplicação de pesquisa para diagnóstico da situação de crianças da primeiríssima infância que ficaram órfãs na pandemia da Covid-19. A programação continua nos dias 29 e 30 de junho, de forma virtual.
Os três dias de formação têm como objetivo tornar mais acolhedora a abordagem dos agentes às famílias com crianças que ficaram órfãs na pandemia da Covid-19 e qualificar a aplicação de um instrumental de pesquisa que será realizada na ocasião. Entre os conteúdos, esclarecimentos sobre a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), apresentados pelo coordenador de transparência e integridade da Controladoria e Ouvidoria Geral do Município (CGM), Paulo Cavalcante.
O secretário da Coordenadoria Especial de Participação Social, Bruno Ximenes, destaca que esta é uma das principais estratégias municipais para assegurar a atenção adequada às crianças que perderam seus pais durante a pandemia. “A capacitação irá trazer um olhar mais sensível à essa situação e os agentes de cidadania trabalharão de forma mais especializada”, ressalta.
Para a secretária da Coordenadoria Especial da Primeira Infância, Patrícia Macedo, os agentes são um elo essencial da gestão municipal com as comunidades. “As famílias que eles visitarão estão passando por esse momento delicado do luto e a capacitação é uma forma de orientá-los para uma abordagem que considere esse contexto”, afirma a titular da pasta.
Núcleo Multidisciplinar de Atenção Individualizada
Estratégia liderada pela Coordenadoria Especial da Primeira Infância (Cespi), o Núcleo integra secretarias da Saúde, Educação, Direitos Humanos e Assistência Social, a Fundação da Família e da Criança Cidadã (Funci) e a Assessoria de Assuntos Institucionais na realização de cuidadoso diagnóstico e mobilização de ações e serviços para beneficiar crianças na primeiríssima infância (entre zero e 3 anos) que ficaram órfãs na pandemia da Covid-19.
O Núcleo foi lançado em 13 de junho, na abertura da VIII Semana do Bebê, e atenderá inicialmente 127 crianças mapeadas por meio de cruzamento de dados realizado pela Prefeitura. Em agosto a equipe deverá entregar um diagnóstico multidisciplinar da situação das crianças e o relatório de processos de inserção delas na rede de cuidados do Município.