A Prefeitura de Fortaleza realizou, nesta sexta-feira (29/04), no hotel Mareiro, o Seminário Famílias Acolhedoras: uma Realidade, que teve por objetivo divulgar o trabalho realizado pelo Serviço Família Acolhedora, implantado em 2018 na Capital e que visa garantir o direito constitucional à convivência familiar e comunitária, bem como a individualização do atendimento e a desinstitucionalização de crianças e adolescentes são afastados da convivência familiar por medida protetiva judicial. O seminário foi uma parceria entre a Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS) e o Instituto Fazendo História, que acompanha e capacita a equipe do projeto.
O evento também teve como meta buscar engajamento para mais pessoas colaborarem com o projeto. Hoje, Fortaleza conta com 20 famílias acolhedoras. No entanto, a meta da Prefeitura, por meio da SDHDS, é chegar a 30 famílias para o serviço.
“Hoje, estamos mostrando um pouco da metodologia de funcionamento e como atuamos em Fortaleza e em outros municípios, como o Eusébio”, comentou Iracema Machado, gerente da Proteção Social Especial da SDHDS. “Se uma família fizesse pelo menos uma vez, não precisaria ser várias vezes, já dava para mudar muitas vidas”. Esse foi o depoimento de Michele Birk, 46, que faz parte do projeto desde o início e já acolheu duas crianças durante esse período. A acolhedora contou que os acompanhamentos psicológico e social, disponibilizados pelo programa, são fundamentais no processo de integração familiar e que nunca esteve sozinha. “As pessoas têm a impressão de que eles vão botar uma criança na sua casa e eles vão esquecer de você, não é assim”.
Cíntia Queiroz, 32, mãe adotiva definitiva da Bia, falou sobre a importância do Família Acolhedora para a inteligência emocional da filha e em como essa convivência familiar contribui positivamente para a criança. “Querendo ou não, em um abrigo você não tem um atendimento individualizado. Já na família acolhedora você consegue trabalhar essas questões, então foi muito importante que a minha filha tenha passado pela família acolhedora”. A artista descobriu o Serviço promovido pela Prefeitura no meio do processo de adoção e ficou impressionada. “Eu acho importantíssimo, imprescindível. Hoje, eu penso que todas as crianças deveriam estar nesse processo”, afirmou