As 120 crianças e adolescentes de 7 a 17 anos, em situação de vulnerabilidade e risco social, atendidas pelo Projeto Cavaleiro do Futuro, retornam gradualmente suas atividades presenciais neste mês de outubro. Com atividades como equitação e música, a iniciativa é da Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), em parceria com o Centro de Formação e Inclusão Social Nossa Senhora de Fátima e a Polícia Militar - Regimento de Polícia Montada Coronel Moura Brasil. Hoje, 21 crianças e adolescentes que vivem nos acolhimentos institucionais da Prefeitura participam do projeto.
As aulas são realizadas de segunda-feira a sexta-feira, no contraturno escolar, com atividades extracurriculares. Além da equitação e da música, há aulas de artes e treino funcional. Também é disponibilizado o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). O objetivo é desenvolver ações de fortalecimento de vínculos familiares, comunitários e sociais, atividades socioeducativas, profissionalizantes, culturais, esportivas e de lazer, em articulação com as demais políticas públicas, buscando romper com padrões violadores de direitos, preservando a integridade e fortalecendo a autonomia dos participantes.
Durante as atividades, as crianças e adolescentes recebem duas refeições. Desde março de 2020, as atividades estavam sendo realizadas de forma remota, e os beneficiários recebiam cesta básica, kit pedagógico, kit higiene e kit lanche. Com a retomada gradual, as tarefas que ocorriam diariamente serão ofertadas apenas duas vezes por semana, sendo 30 crianças e adolescentes beneficiados por turno. Aqueles que são de grupo de risco ou que não se sentem seguros ainda para retornar de forma presencial continuarão recebendo as atividades na modalidade virtual.
Elizabete Dantas tem 11 anos e entrou recentemente no projeto. Ela não via a hora do retorno das atividades presenciais. “Eu nunca andei de cavalo e estou ansiosa para começar. Também adoro música e sei que vou aprender muito no projeto”, conta.
Dona Verônica é mãe de Luis Gustavo, 14, e Maria Gisele, 13, que fazem parte do projeto desde 2017. “Meus filhos têm evoluído muito. Luiz era hiperativo e muito difícil de ter disciplina. Hoje em dia, tem a cabeça aberta pro futuro. E a minha filha hoje é quase uma artista, aprendeu a se expressar através do desenho. Só digo que esse projeto é essencial pra nossa família”, compartilha.
Para Cláudio Pinho, titular da SDHDS, esta é mais uma oportunidade de inclusão que a Prefeitura oferece para crianças e adolescentes que vivem em situação de vulnerabilidade. "Ele traz uma nova perspectiva de vida, já que muitos deles participam de competições de hipismo e podem sair do projeto profissionalizados”.
As 120 vagas estão preenchidas, mas é possível entrar na fila de espera. O acesso pode ser feito por meio de encaminhamento pelos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas). É possível também buscar o projeto de forma espontânea indo presencialmente à Cavalaria da PM (Avenida Washington Soares, 7250 – Cambeba), de segunda a sexta-feira, de 8h às 11h e de 13h às 16h.