O prefeito José Sarto assinou, nesta quinta-feira (26/1), decreto que institui grupo de trabalho para propor melhorias ao transporte público de Fortaleza. Vinculada à Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP), a equipe terá a responsabilidade de realizar estudos sobre a viabilidade do passe livre estudantil e identificar fontes alternativas de financiamento do transporte público.
A ideia de criação do grupo de trabalho havia sido anunciada pelo prefeito no último dia 29 de dezembro em entrevistas à imprensa.
“O grupo será composto por gestores de órgãos e instituições relacionados ao transporte público de Fortaleza. Queremos promover um amplo debate para qualificar o serviço prestado na nossa Cidade. Temos um desafio posto nacionalmente e estamos tratando com toda a seriedade, a fim de reduzir as despesas das famílias fortalezenses e de melhorar os deslocamentos na Capital”, afirmou o prefeito.
A ação do colegiado é de natureza propositiva, com a finalidade de subsidiar a formulação, implementação e acompanhamento de estratégias relacionadas ao fortalecimento de políticas públicas para o setor. As atividades terão duração de 180 dias, cabendo prorrogação por igual período, e não geram quaisquer despesas ao Município de Fortaleza.
Conforme o decreto, a Secretaria de Conservação e Serviços Públicos (SCSP) coordenará os trabalhos, enquanto a secretaria executiva será atribuição da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor).
Além da SCSP e da Etufor, o grupo de trabalho será composto por dirigentes ou gestores do Instituto de Planejamento de Fortaleza (Iplanfor), da Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação de Fortaleza (Citinova), Secretaria de Finanças (Sefin), Secretaria de Governo (Segov) e pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus).
Como afirmou João Pupo, secretário da SCSP, um dos desafios do grupo é enfrentar a queda da arrecadação, uma vez que, desde a pandemia, o uso do transporte público foi reduzido na cidade.
"O desafio é mais amplo. Pretendemos fazer um diagnóstico preciso da situação do transporte coletivo urbano em Fortaleza. Lembrando que a cidade não é uma ilha, essa crise é nacional. Várias cidades sofreram queda de arrecadação por meio da tarifa, e aqui não foi diferente. Em 2019, nós transportávamos quase 1 milhão e 300 mil fortalezenses, o número agora é por volta de 500 mil", declarou Pupo.
O presidente do Sindiônibus, Dimas Barreira, e o presidente da Etufor, David Bezerra, concordaram com o secretário Pupo e destacaram que a criação de fontes de custeio são de suma importância para toda a população do Município, não apenas usuários do transporte coletivo.
"É preciso repensar o nosso sistema de transporte, pois ele faz parte da infraestrutura da cidade. Não é um serviço apenas para os passageiros, pois mesmo quem não usa é impactado por ele. A cidade precisa do transporte urbano para funcionar. Um dos focos do nosso estudo vai ser, a pedido do prefeito Sarto, a possibilidade de contemplar os estudantes com passe-livre", disse Dimas Barreira.
O decreto prevê ainda que podem ser convidados outros representantes de órgãos e entidades, públicas e privadas, além de pesquisadores e especialistas, que possam contribuir para qualificar a atuação do Grupo, cuja participação ocorrerá em caráter informativo.