Os avanços obtidos em segurança viária de Fortaleza foram citados em publicação internacional da Global Designing Cities Initiative (GDCI), uma das organizações de design urbano mais influentes do mundo. A Capital reduziu pelo oitavo ano consecutivo o número de mortes no trânsito. De 2022 para 2014, a queda foi de 58,3% no quantitativo de óbitos. 

As políticas públicas integradas de engenharia, fiscalização preventiva e educação para o trânsito tiveram relevância nos resultados alcançados. A readequação da velocidade, apontada como principal medida, apresentou uma diminuição de  68,1% na média de acidentes fatais em 16 vias. Intervenções como faixa de retenção para motocicletas, ampliação da malha cicloviária, travessias elevadas, extensão de calçadas, esquina segura, praças vivas e áreas de trânsito calmo também colaboram para que mais vidas sejam salvas. 

No âmbito educativo,  agentes da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) atuam em todos os turnos nas ruas no intuito de incentivar uma mudança de comportamento dos usuários e o respeito às normas de circulação. Também é feita regularmente a captação de motociclistas e ciclistas para os cursos de pilotagem segura. 

As ações de fiscalização com foco nos fatores de risco são constantes. Somente no ano passado, mais de 25 mil condutores foram submetidos ao teste do etilômetro em 1.319 comandos, sendo 421 específicos da Lei Seca. "Todas as nossas operações são estratégicas, norteadas por um sistema de dados que indica as vias com alta taxa de acidentalidade viária e permite uma análise mais aprofundada dos sinistros", esclarece Antônio Ferreira, superintendente do órgão.

Plano de Segurança no Trânsito

No ano passado, a cidade passou a contar com o Plano Municipal de Segurança no Trânsito, principal instrumento norteador da política de segurança viária. O plano, que institucionaliza uma série de estratégias bem sucedidas ao longo dos últimos anos, tornou Fortaleza a primeira capital do País a criar uma lei municipal sobre o tema.

A política tem como base a abordagem de Sistemas Seguros e Visão Zero, com a premissa que nenhuma morte ou lesão grave no trânsito é aceitável, apesar de reconhecer que erros humanos são inevitáveis, mas que sinistros podem ser menos severos a partir do planejamento urbano.