Saúde e autonomia para adolescentes: implante subdérmico é oferecido como método contraceptivo em hospitais e postos de saúde de Fortaleza

O implante subdérmico está entre os métodos contraceptivos oferecidos nas unidades básicas de saúde e maternidades de Fortaleza. Destinado às adolescentes de 10 a 19 anos que atendem aos critérios estabelecidos pelas equipes de saúde, o método contribui para a prevenção da gravidez na adolescência. Ele é recomendado para essa faixa etária por sua eficácia, segurança e praticidade, já que não exige administração diária.
De acordo com Léa Dias, assessora técnica da Saúde da Mulher, o implante subdérmico está entre os métodos contraceptivos mais seguros disponíveis. “O Implanon permanece no organismo liberando hormônio continuamente por três anos, proporcionando uma contracepção confiável, especialmente para adolescentes. Vale destacar que nenhum plano de saúde cobre esse método. Trata-se de uma iniciativa exclusiva da Prefeitura Municipal de Fortaleza para a prevenção da gravidez na adolescência”, explica.
Nayara Kethely, uma das adolescentes atendidas pela iniciativa e que foi mãe pela primeira vez aos 16 anos, destaca a importância do acesso ao método. “Acho muito bom que a Prefeitura esteja oferecendo essa opção para as mais jovens. Muitas meninas não querem ser mães tão cedo, e isso ajuda a evitar uma gravidez indesejada”, afirma.
A ginecologista da Rede Municipal de Saúde, Luciane Bessa, explica as vantagens do implante subdérmico. “Ele não depende da rotina da paciente, como ocorre com outros métodos. Não há risco de esquecimento, deslocamento ou interferência por episódios de vômito ou diarreia. O implante permanece no organismo liberando hormônio continuamente por três anos, garantindo uma contracepção eficaz”, destaca.
A iniciativa busca ampliar o acesso a informações e métodos contraceptivos, promovendo maior autonomia e segurança na tomada de decisões sobre a saúde reprodutiva. Até o momento, 621 adolescentes já foram beneficiadas pelo programa.
Redução de casos de gravidez na adolescência
Fortaleza tem registrado uma redução contínua no número de casos de gravidez na adolescência. Em 2024, foram contabilizados 2.718 casos, uma queda de 38,42% em relação a 2019, quando o número foi de 4.414.
Diante de sinais como atraso menstrual, adolescentes devem procurar um dos 134 postos de saúde da cidade para confirmar a gravidez e iniciar o pré-natal o mais cedo possível, preferencialmente no primeiro mês ou até 12 semanas de gestação. Durante o pré-natal, as gestantes realizam testes rápidos, participam de consultas médicas, de enfermagem e odontológicas, além de grupos de educação em saúde.
Na rede pública, as gestantes são vinculadas a maternidades de referência, onde recebem atendimento para o parto e possíveis intercorrências, bem como acompanhamento contínuo na Atenção Primária.
Outros métodos contraceptivos
Além do implante subdérmico, a rede pública oferece outros métodos contraceptivos, como pílulas, injeções, dispositivos intrauterinos (DIU) e preservativos, disponíveis para o público em geral, independentemente da idade. A escolha do método é orientada por profissionais de saúde, garantindo acesso às opções conforme as necessidades individuais.
As equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) também realizam orientações sobre planejamento familiar, exames de rotina e acompanhamento médico e de enfermagem, promovendo suporte integral para uma vida reprodutiva saudável e consciente.
Saúde sexual e reprodutiva: postos de saúde da capital distribuem gratuitamente métodos contraceptivos
Os postos de saúde de Fortaleza desempenham um papel essencial no acesso à saúde sexual e reprodutiva dos fortalezenses, oferecendo gratuitamente métodos contraceptivos. Com o objetivo de fortalecer essa política pública, a Prefeitura de Fortaleza intensifica em fevereiro as ações educativas e o planejamento reprodutivo em unidades de saúde, escolas e equipamentos voltados para a juventude.
Entre os métodos oferecidos pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), estão preservativos interno e externo, anticoncepcionais injetáveis (mensal e trimestral), minipílula, pílula combinada, pílula anticoncepcional de emergência (conhecida como pílula do dia seguinte) e o Dispositivo Intrauterino (DIU). Além disso, as equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) realizam orientações sobre planejamento familiar, exames de rotina e acompanhamento médico e de enfermagem, garantindo suporte integral para uma vida reprodutiva saudável e consciente.
O acesso ao implante subdérmico também está disponível para puérperas adolescentes (10 a 19 anos) no pós-parto, nas maternidades Gonzaguinhas da Barra do Ceará e José Walter. O método é recomendado para essa faixa etária devido à sua segurança, alta eficácia e praticidade, já que não exige uso diário.
Segundo Léa Dias, assessora técnica da Saúde da Mulher, o planejamento reprodutivo vai além do controle de natalidade. “É uma ferramenta poderosa para que as pessoas exerçam sua autonomia reprodutiva e planejem suas vidas com mais segurança. Garantir o acesso à informação e aos serviços é um direito fundamental que transforma realidades.”
Gravidez na adolescência
O início de fevereiro marca a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, período em que ações educativas em saúde são intensificadas nos postos, escolas e equipamentos voltados para a juventude. A campanha, realizada anualmente, tem o objetivo de divulgar, em especial, medidas preventivas.
A SMS reforça a importância do diálogo aberto e educativo sobre a gravidez na adolescência, promovendo debates em escolas por meio dos programas Gente Adolescente e Saúde na Escola. A gestação precoce pode gerar desafios significativos, afetando a saúde física, o desenvolvimento emocional e a trajetória educacional dos jovens. Por isso, escolas, famílias e profissionais de saúde desempenham papéis fundamentais na orientação sobre métodos contraceptivos e na promoção de decisões responsáveis.
Para ampliar o alcance da campanha, postos de saúde e equipamentos da Rede Cuca promovem atividades sobre saúde sexual e direitos reprodutivos, abordando temas como prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (IST). A iniciativa busca fortalecer a conscientização e desmistificar tabus relacionados ao uso de contraceptivos e ao planejamento familiar.
Atendimento e acompanhamento
Diante de sinais como atraso menstrual, adolescentes devem procurar um dos 134 postos de saúde da cidade para confirmar a gravidez e iniciar o pré-natal o quanto antes, preferencialmente no primeiro mês ou trimestre de gestação.
Na rede pública, as gestantes são vinculadas a maternidades de referência para o parto e o atendimento de possíveis intercorrências. Durante o pré-natal, realizam testes rápidos, participam de consultas médicas, de enfermagem e odontológicas, além de grupos de acompanhamento. Em casos de gravidez de alto risco, o atendimento é encaminhado para serviços especializados.
Em 2024, Fortaleza registrou 26.867 nascimentos, dos quais 2.578 foram de mães adolescentes entre 10 e 19 anos. Desses, 8.029 partos ocorreram na Rede Municipal de Saúde.
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