Ao longo de quatro décadas, do início dos anos 1940 ao final dos 70, o diretor de fotografia, técnico de efeitos especiais e cineasta Mario Bava (1914-1980) escreveu, com uma imaginação visual única, o seu nome na história do cinema de horror, e também no cinema popular italiano, do qual foi o mestre maior, desbravando o caminho para uma geração de diretores cultuados, como Dario Argento e Lucio Fulci. Fechando o ano com chave de ouro, o programa Cineclube 24 Quadros da Vila das Artes realiza uma justa homenagem a esse gênio do cinema, exibindo alguns clássicos que marcaram sua filmografia com a mostra “Mário Brava – O maestro do macabro”. As exibições acontecem sempre às sextas-feiras, às 18h30, no auditório da Vila das Artes
Nos últimos anos, graças ao trabalho dedicado de pesquisadores como o norte-americano Tim Lucas, seu principal biógrafo, e a ótimas restaurações que possibilitaram o lançamento de praticamente todos os seus filmes em versões integrais no mercado de vídeo doméstico, a extensa obra de Bava, que inclui mais de 20 longas-metragens, começou a receber o reconhecimento que merece pelo mundo, com a publicação de inúmeros estudos críticos e organização de retrospectivas.
A mostra teve início com o filme “A Maldição do Demônio” (1960), exibido no último dia 02/12. Nesta semana seguinte, dia 09/12, é a vez de “O Alerta Vermelho da Loucura” (1970) e “Cães Raivosos”(1974) finaliza a programação no dia 16/12.
Sobre o 24 Quadros
O grupo 24 Quadros surgiu em decorrência de encontros semanais, promovidos na Vila das Artes, envolvendo pessoas de diferentes tipos de formação que tinham em comum o gosto pelo cinema, assim como o desejo de promover a cinefilia no contexto cearense, criando mais um espaço de encontro, discussão e entretenimento no âmbito da capital alencarina.
Programação de filmes:
09/12 – O Alerta Vermelho da Loucura (1970)
Sinopse: Dono de uma loja de design nupcial mata noivas na tentativa de desbloquear um trauma de infância reprimido.
16/12- Cães Raivosos (1974)
Sinopse: Rabid Dogs ficou conhecido como “o filme perdido de Mario Bava” desde 74, quando o financiador da produção morreu, impedindo seu lançamento. Porém, vinte anos depois essa pérola foi resgatada da obscuridade por uma companhia de cinema. No filme, três assaltantes em fuga da polícia sequestram uma jovem mulher, um homem e seu filho doente, os colocam no carro e pegam estrada. Um dos melhores filmes de estrada já feitos, com três dos piores psicopatas já vistos no cinema, realizado por um dos maiores diretores italianos.
Serviço:
Mostra Mário Brava – O maestro do macabro
Quando: Sextas-feiras de dezembro de 2016, às 18h30
Onde: Auditório da Vila das Artes (Rua 24 de Maio, 1221 – Centro)